terça-feira, 26 de abril de 2011

O ressurgir da Fênix!

O Movimento Estudantil sempre foi um celeiro de lideranças políticas no Brasil. No Amazonas, infelizmente estava apagado nos últimos anos. Lembro de várias ações nos anos 80, 90 e meados da primeira década de 2000, em prol de benefícios como a meia passagem nos ônibus, meia entrada no cinema e espetáculos culturais, apoio a outras categorias como professores e servidores, bem como aos metalúrgicos.
Quando houve o golpe militar de 1964, os partidos foram proscritos, colocados na ilegalidade e a saída para os que permaneceram foram ingressar nos movimento sociais. O Movimento Estudantil certamente era o mais importante, de onde partiam as ações de defesa dos direitos humanos, de liberdade de expressão, enfim, de cidadania.
Não são poucas as histórias e nomes de pessoas que hoje estão no parlamento e passaram inclusive pela presidência da república que viveram aquele momento. Nem foram poucos os que desapareceram defendo a causa. Não cabe aqui falar sobre isso porque o momento que se vive é outro. Parecido, mas outro. Querem impor uma idéia, oprimir pensamentos. Não conseguirão! O tempo é outro senhor!
Nos anos 90, em 92, para ser mais preciso, houve uma disputa muito grande pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Estava presente apoiando a chapa Mosca na sopa, dos anarquistas, e ainda tinha mais a chapa do PCdoB, do PT e do PSDB. Sempre fui contra a presença dos partidos políticos nos movimento sociais após o processo de abertura, no final dos anos 70 e começo dos 80. Entendo que cada um tem que escolher se integra um partido ou não, mas que o partido não seja determinante nas ações que desenvolvam dentro dos movimento sociais.
Há algumas semanas atrás estive acompanhando o processo de discussão do aumento da tarifa do ônibus dentro da Ufam. Foi com imensa alegria que vi aquele movimento estudantil tomando forma novamente. Foi com satisfação que participei e dei minha contribuição não apenas com idéias, mas também indo aos atos públicos. Vi que a chama ainda estava acesa, pedindo para ser soprada , tal qual o pássaro mitológico, a Fênix, ressurgisse das cinzas.
Falei à época que as pessoas não deviam ter medo dos partidos para desenvolver as ações, muito ao contrário, devem cobrar dos partidos a participação dando a infra-estrutura, pela acolhida que eles tiveram do Movimento Estudantil nos anos de chumbo. Esse deve ser o pensamento!
Nesta quarta-feira, dia 27 de abril, de 9h às 21h, ocorrem as eleições para a diretoria do DCE 2011/12 da UFAM. Três chapas disputam, 10, 20 e 70. E desde já devo dizer que independente de quem saia vitorioso do pleito, o ressurgir do movimento estudantil dentro da Ufam resgata um importante segmento da sociedade. Essa é a vitória que os  participantes das eleições constroem nesse momento.
Que após a apuração, tanto eleitos quanto os que não alcançaram êxito, tenham a maturidade e a hombridade de somar esforços para atingirem os objetivos do próprio movimento estudantil. Sem desmerecer as outras unidades de ensino superior do Amazonas, seja ela privada ou particular, mas é sim o da Ufam que tem maior importância. Que a Fênix ressurja forte e assuma o seu lugar na sociedade!

http://www.youtube.com/watch?v=k-qYu-zRiGM

segunda-feira, 25 de abril de 2011

É, o Omar está certo!

Foi com uma profunda tristeza que eu li os jornais noticiarem que o governador Omar Aziz dizer que Manaus não deve resolver a questão de mobilidade urbana para a Copa 2014. Isso me levo a refletir sobre o tema, ao qual eu fiz o post anterior, imaginando que escrevi um monte de bobagem.

Devemos ter um sistema de transporte coletivo de primeira qualidade, em que as pessoas não andam amontoadas em ônibus caindo em pedaços e que frequentemente são vistos parados pelas vias públicas atravancando ainda mais o já confuso trânsito de Manaus.

Devemos ter uma tarifa de ônibus condizente com esses mesmos ônibus e as rotas curtas que não justificam os lucros dos empresários. Aliás, porque será que eles ainda se mantém no serviço se vivem reclamando que não têm lucro? Dêem oportunidade a outras empresas, já que para participar da licitação da prefeitura de Manaus, algumas empresas apenas mudaram de CNPJ, mas usam as garagens e ônibus já existentes.

Devemos estar com as obras para resolver a questão de mobilidade urbana quando sequer definimos se será monotrilho ou BRT a ser utilizado. Sugiro um híbrido, o BRTrilho, quem sabe resolve, né? Isso porque o coordenador da Comissão Gestora do projeto Copa 2014, Miguel Capobiango, afirmar que nem uma nem outra das duas soluções apontadas pelo governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus, respectivamente, não ficarão pronto antes da Copa. Ah, o aeroporto não ficará também. Como faz?

É, o Omar realmente está certo. Não precisaremos da mobilidade urbana para a Copa de 2104. Precisamos dela para hoje, aliás, precisamos para ontem! 


terça-feira, 19 de abril de 2011

Mobilidade urbana em Manaus é falácia!

Muito se tem falado sobre mobilidade urbana em Manaus, mas pouco se tem falado sobre um requisito que precede o tema: transparência! O que de fato a Associação Internacional das Federações de Futebol (Fifa) exigiu em seu caderno de encargos? Isso deveria ser posto à disposição e está sendo guardado a sete chaves não se sabe com que intenções.

Sobre mobilidade urbana foi feito uma exigência simples: um transporte rápido e seguro do aeroporto ao local dos jogos e para a rede hoteleira. Não estipulou se seria metrô, monotrilho, trem-bala ou helicóptero. Ora, hoje existem soluções mais práticas que o monotrilho e o BRT, soluções apontadas pela megalomania dos governantes e já devidamente reprovada pelos órgãos controladores (Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União).

Os motivos já foram fartamente expostos pela imprensa: falhas de origem nos projetos e, pasme você, superfaturamento! Gente, isso já foi negado peremptória e categoricamente tanto pelo prefeito Amazonino Mendes quanto pelo ex-governador, Eduardo Braga, e pelo atual, Omar Aziz. Superfaturamento não existe no Amazonas. Existe sobrefaturamento, é bem diferente!

E tem uma coisa que muitas pessoas estão desconsiderando ou, o que é pior, omitindo nessa discussão: o gasoduto que passa por toda a extensão da Constantino Nery. Essa é uma questão muito relevante e que não está sequer sendo posta em discussão. De que forma as obras afetarão o gasoduto? Há um plano de atendimento a emergência em caso de acidentes no gasoduto? Será necessário refazer o gasoduto?

E a rede de transmissão de energia? Já não era tempo de fazer essa rede, pelo menos na Constantino Nery e Djalma Batista, subterrânea? Qual a dificuldade de já se ter feito isso quando das obras do gasoduto? Mas por aqui é assim: arvora-se em beneficiar os amigos empreiteiros agora com uma obra de cada vez. Nem que isso represente ter que refazer a mesma obra duas ou três vezes mais tarde.

Mas voltemos às exigências da Fifa. Um transporte do aeroporto até o estádio e à rede hoteleira nos traz um questionamento: onde fica a rede hoteleira? Bem, temos o Tropical Hotel, na zona Oeste, que pode ser feito de ônibus mesmo. Há os hotéis do Pólo Industrial, que possuem um via até razoável e que pode ser resolvido sem grandes investimentos e em tempo hábil. Outros hotéis estão sendo construídos na região próxima a Arena da Amazônia, que já serão assistido pelo que for feito ligando o aeroporto à arena.

Construir um transporte até o estádio não quer dizer que ele deva ir até o centro histórico de Manaus, até porque vai comprar uma briga feia e desnecessária com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Basta ir até onde hoje fica o terminal 1, não precisa ir até o centro. Para ligar a via principal da Torquato Tapajós à zona Leste, basta ir pela Max Teixeira até a bola do Tancredo Neves e de lá usar um sistema de capilaridade com ônibus.

Aliás, por falar em ônibus, há um princípio básico que não é respeitado aqui em Manaus: se houver um sistema de transporte coletivo confiável, as pessoas deixariam seus carros em casa e teria um trânsito mais fluído na cidade. Pense na seguinte situação: temos uma cidade com uma população de quase dois milhões de habitantes possuir apenas 1.500 ônibus é de uma desproporcionalidade sem tamanho.

A cidade cresceu, a frota de carros igualmente, mas em compensação a frota de ônibus permaneceu, como não foram criadas novas rotas para atender as demandas de uma cidade que cresceu a passos largos nos últimos 20 anos. Ora, se for fazer a regra de três simples (não é preciso fazer malabarismos matemáticos não, viu Marcos Cavalcante?) 1.500 ônibus para 2 milhões pessoas, dá um ônibus para cada 1.334 habitantes. Levando em consideração que são em média 45 lugares sentados, não vai dar outra: ônibus lotado, sobretudo nos horários de pico.

E a tarifa? Ora, há duas semanas uma empresa interessada em implantar o monotrilho em Manaus levou uma delegação de repórteres para a Malásia afim de mostrar as vantagens desse sistema. O Walmir Lima, do Diário do Amazonas, divulgou que lá eles cobram R$ 0,60 e aqui em Manaus o que foi proposto será de R$ 2,50. Precisa falar algo mais?

Para reduzir as tarifas dos ônibus? A prefeitura de Manaus fomenta o cartel. Não é de hoje que defendo que deveriam deixar as cooperativas de transporte operarem no sistema. Isso sim seria concorrência e forçaria os empresários não apenas a oferecer um serviço melhor, mas a manter a tarifa em um patamar aceitável. O motivo? Cooperativas não visam lucro, e sim o bem estar dos cooperados. Hoje elas remuneram 80% mais que as empresas e os motoristas trabalham menos. E operam da mesma maneira. Conversei com o Equias Subrinho, presidente da Federação das Cooperativas de Transporte do Amazonas (Fecootram) e ele me disse o seguinte: "Não estamos operando no sistema urbano porque não deixaram".

Quando começarem a pensar em mobilidade urbana para a população e não apenas para os apaniguados, quem sabe poderemos ter um sistema de transporte coletivo digno.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ronda dos bairros com a velha estrutura?

O governo do Amazonas lançou esta semana o programa “Ronda dos Bairros”, baseado no programa que foi lançado em Salvador em 2008, que foi inspirado no homônimo lançado meses antes em Fortaleza (CE). O cidadão deverá ter o número do celular do policial que circulará por determinada área e, com isso, poderá ser atendido rapidamente. Na teoria, isso funcionaria perfeitamente. Mas vejamos algumas situações reais para ver se dará certo mesmo.

Em primeiro lugar presume-se que o serviço de telefonia celular, com os quais os policiais serão acionados, funcione perfeitamente, o que está muito longe da nossa realidade. Em alguns pontos da cidade, principalmente na periferia, é simplesmente impossível. Supõem-se ainda que o cidadão tenha crédito mas, se ele não tiver? Liga a cobrar? Corre para um orelhão, esse objeto obsoleto hoje em dia?

O Ronda será lançado inicialmente na zona Norte, o que compreende a Cidade Nova e os demais bairros limítrofes. São mais de 500 mil habitantes e, para cobrir essa quantidade de pessoas, seriam necessários mil policiais, levando em consideração a razão de 1 policial para cada 500 habitantes (a ONU considera o número ideal 1 para cada 250). Hoje a Polícia Militar do Amazonas conta com um efetivo de quatro mil homens e, até 2014, a previsão é ter 10 mil em todo o estado. Dados do comandante Almir David Barbosa. Dan Câmara, o anterior, dizia que o efetivo era de 7 mil.

Bem, para dar mobilidade a esse contingente seriam necessários pelo menos 250 viaturas, considerando-se quatro policiais por viatura. Isso sem contar que ainda tem combustível e manutenção, o que ensejaria mais pessoas para fazer essa manutenção. A estimativa é de que em agosto o Ronda esteja operando a pleno vapor. Bem, para isso deve ser lançado processo de licitação, que deve durar três meses, se tudo correr em conformidade.

Mas o fator mais preocupante decididamente não é este. Mas sim a qualidade dos policiais que atuarão no Ronda dos Bairros. Nos primeiros três meses de 2011, 215 policiais foram presos ou afastados por envolvimento em crimes de diversas naturezas: extorsão, tráfico, associação ao tráfico, assaltos e homicídios. O vídeo que circulou o mundo mostrando policiais atirando covardemente em um menor dá uma exata dimensão do quanto ainda é preciso avançarmos.

A Secretaria de Segurança anuncia que fará exames toxicológicos nos novos policiais, mas não pode fazer o mesmo com os que já entraram. A avaliação psicológica é feita a cada seis meses mas, com apenas três psicólogos, fica impossível fazer um bom acompanhamento de todo o efetivo.

Minha sugestão para a questão? Não tenha pressa em implantar um programa de grande monta como esse. É preciso fazer reciclagem no atual efetivo, expulsar os maus policiais, cortar na própria carne para que a população volte a confiar no policiamento. E que os R$ 200 milhões anunciados para a implantar o programa Ronda dos Bairros sejam bem aplicados!


sábado, 16 de abril de 2011

Páscoa solidária: ação cidadã!

Não tem como não se sensibilizar. Não tem como não se envolver. Não tem como não participar. Não em como se promover. Não tem como deixa de fazer. Assim eu imagino essa ação cidadã que ganhou o nome de Páscoa Solidária. Serão distribuídos 874 ovos em uma comunidade da periferia de Manaus.


Foi uma união de forças lindas que dá gosto de ver, mais ainda de participar. Pessoas de diferentes idades, classes sociais, religiões, profissões, mas todas com o mesmo objetivo: dar alegria a crianças que sequer conhecem. E fomos além da expectativa. A idéia era fazer 500 ovos e foi arrecadado dinheiro para 900. Os outros 26 ovos serão entregues no abrigo Monte Salém.


Foram três dias de intensa atividade de tuiteiros sob a batuta da médica Bianca Abinader e da Islânia Lima. foram dezenas de pessoas que fizeram doação em dinheiro e participaram da produção dos ovos de páscoa. Uma lição de humildade, desprendimento, de vontade de ajudar ao próximo, de dar alegrias a crianças que certamente não receberiam ovos se não fosse essa iniciativa.


Não entendo que, ainda assim, algumas pessoas que se dizem do bem, fizeram críticas à iniciativa. Talvez porque estava sendo feito por pessoas que mantém uma postura crítica frente aos problemas que enfrentamos diariamente. Mas o fato é de que isso incomoda pelo simples motivo de que foi vedado a autopromoção! Nunca foi esse o objetivo. Infelizmente, sequer pudemos divulgar o local onde acontecerá a entrega e nem onde foi feito. Por questões de segurança.


Mas deixemos isso de lado e façamos valer o nosso direito de cidadãos e mostrar que a humanidade ainda tem esperança.  

Post scriptum: Uma coisa é certa, quem não sabia, aprendeu a trabalhar com chocolate!
P.S.2: Sabe, não importa se nenhum veículo de comunicação vai cobrir ou não. Isso nem importa mesmo! Quem tem que saber que estão sendo doados ovos de páscoa são as crianças beneficiadas e quem ajudou a fazê-los. Quem faz um ato beneficente não quer holofotes. Corrigindo. Quer sim as luzes dos holofotes! Mas holofotes diferentes, daqueles que somente é possível ver nos olhos e nos sorrisos de crianças felizes. Desses holofotes queremos sim as luzes! Queremos todo esse brilho. 
E todo o esforço de coletar o dinheiro, de tirar um pouco ou todo o final de semana para construir essa realidade, valeu muito a pena. É muito, mas muito diferente mesmo se doar dessa forma do que pura e simplesmente usar o "prestígio" para fazer um pouco mais. Como diz a música do Beto Guedes e Ronaldo Bastos, Canção de índio, não preciso dizer mais nada: 
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho 
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor



terça-feira, 12 de abril de 2011

Se apertar, eles peidam!

Essa expressão, muito usada nos anos 80, cabe como uma luva na atual situação que vivemos. E quem deu a senha foram justamente quem mais se organizou: os mototaxistas! Foi assim quando começou a ser discutido a regulamentação da categoria a pressão sempre foi grande e começou por Brasília. Há dois meses a categoria encostou o prefeito e os vereadores na parede e conseguiram a agilização do processo de votação na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Na votação desta terça-feira, mais pressão e, de novo, os vereadores cederam. A estratégia dos mototaxistas é bastante simples, tática de guerrilha mesmo: acompanham a pauta de votação, fazem reuniões em locais estratégicos e depois seguem em suas motos para o destino escolhido. Não sem fazer barulho e paralisar o trânsito já caótico. Com uma pauta de reivindicações bem definidas, e não extensas, resolvem rapidamente as questões.

Aí você força um pouco a memória e lembra de uma manifestações dos estudantes que reuniu uns cinco mil alunos devidamente liberados pelos diretores de escolas, gritando palavras de ordem do tipo: 10% do PIB para a educação! Esse não conta porque passou longe de representar legitimamente os estudantes. Sequer foram recebidos pelo prefeito e apenas protocolizaram uma pauta de reivindicações que deve estar engavetada até agora. Isso se não foi para cesta! Sim, essa mesma que você está pensando aí! Esse tipo de barulho é ineficiente por ser uma jogada ensaiada!

O exemplo dos mototaxistas é mais contundente por vir da base, de quem depende realmente daquela oportunidade de trabalho, e de quem está disponível a dar sua contribuição para que o sistema de transporte funcione, ainda que seja um remendo esdrúxulo, um paliativo ou uma opção para pequenas distâncias e para locais onde o sistema de transporte coletivo não alcance. Ou seja, os mototaxistas não são apenas uma categoria, eles são a prova cabal de que tanto a prefeitura quanto estado são inoperantes em resolver a questão dos transporte.

E se pensam que não tenho solução, eis apenas uma: deixem as cooperativas operarem no sistema urbano. Como elas não visam lucro e sim o bem estar dos cooperados, a margem de lucro cai e a tarifa baixa! Ah, esqueci, não é o bem da população que está sendo objetivado, e sim o dos empresários! Tá explicado!

As cooperativas ainda não decidiram ir para as ruas, pois acreditam na força da negociação por exercerem um direito que foi obtido em 2006. Se forem, vai se repetir o que aconteceu em 2009. Afinal, não há nada que atemorize mais um governo do que o povo nas ruas exigindo os seus direitos. Então, moral da história, se pressionar o poder público, indo às ruas, na Câmara, na Assembléia, na prefeitura e na sede do governo, não dá outra, eles peidam!


Apoio testicular é isso!

Que efeito prático pode ter na ida da população uma pessoa participar de uma corrida apenas para aparecer na mídia? De que forma isso pode contribuir para que haja melhor remuneração para o professor das escolas públicas e ele possa ter apenas uma cadeira e preparar uma aula melhor? Ou para ter um médico na casa de saúde do Cidade de Deus?

Fui perguntar para uma moradora lá do Nova Cidade mesmo, quando estive lá nessa segunda-feira. E a resposta não poderia ter sido outra: enquanto esse pessoal só aparece na televisão, o médico não aparece no posto de saúde e as nossas crianças vão para a escola apenas pela merenda escolar.

Essa é uma dura realidade que se tenta esconder usando um novo tipo de pirotecnia de marketing: mostra eu, deixa o resto escondido e tudo o mais será esquecido! Mas isso funciona apenas por um determinado momento, depois cansa, como tudo que é falso. O que é verdadeiro é a falta de água nas torneiras, de médico no posto de saúde, até mesmo a falta da merenda escolar.

Isso tudo me remeta a algo que sempre ouvi sobre apoio testicular, aquele mesmo: apóia, mas não entra! Ir lá ser arroz de festa mas não tomar nenhuma providência é tão útil quanto ir ao local de uma tragédia e apenas posar para a foto para dizer que se sensibilizou com a questão. Me lembra aquele candidato que é tido como bom apenas porque pagou um picolé para as crianças e uma garrafa de pinga para os adultos: entorpece momentaneamente, mas não resolve o problema!

Ao contrário do que possa parecer, a primeira-dama participando de eventos como arroz de festa, apenas demonstra que nada vem sendo feito para se resolver as questões mais importantes, como segurança, saúde e  mobilidade urbana.

Desta forma os problemas ao sendo empurrados para o já elevado tapete!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Programa Nacional de Hidrovias terá R$ 14 bi em oito anos

A região norte será beneficiada com investimentos de R$ 14 bilhões nos próximo oito anos para a implementação do Programa Nacional de Hidrovias. O anúncio foi feito pelo diretor geral do Departamento Nacional de InfraEstrutura dos Transportes (DNiT), Luís Antônio Pagot, na tarde desta sexta-feira, 08.04, durante a transmissão de cargo da superintendência que abrange Amazonas e Roraima. Assume o DNIT-AM-RR o engenheiro Afonso Lins. Até 2014 serão investidos R$ 2,9 bilhões no Amazonas.

Dentro dessas propostas de hidrovias, estão a construção de novos portos em Manaus, Itacoatiara e Parintins, que garantirá o crescimento da região no transporte dos insumos dos produtos da Zona Franca de Manaus, bem como o de produtos da e para a América do Sul. “Serão feitos investimentos nas hidrovias para ligar o Amazonas não apenas para o restante do país, mas também para toda a América do Sul através das hidrovias do Madeira e também a construção de portos em Tabatinga e no Rio Negro. Assim a região crescerá de forma consistente”, afirmou Pagot.

Para o novo superintendente do DNIT-AM-RR, Afonso Lins, o maior desafio será a reestruturação da rodovia BR-319 e a BR-230. “Não há dúvida da importância que tem hoje a conclusão da BR-319 que reduzirá custos de transportes dos produtos da Zona Franca e também do transportes da safra do Centro-Oeste. Falta apenas as licenças ambientais, mas isso já está sendo tratado e acredito que o mais breve possível poderemos iniciar as obras que faltam”, afirmou Lins.

Quanto a BR 230, a Transamazônica, todos os procedimentos já estão sendo feitos, como estudo de impacto ambiental e sendo encaminhados todos os licenciamentos para que as obras comecem. “Temos uma legislação a respeitar e é isso que faremos. Como bem o disse o Pagot, os órgãos fiscalizadores devem ser respeitados, não temidos. Veremos todas as necessidades e cumpriremos as exigências vigentes”, disse Lins.

Estiveram presentes os prefeitos de Apuí, Marcos da Macil, do Careiro, Joel Lobo, e de Itacoatiara, Antônio Peixoto. Marcos da Macil disse que a conclusão da BR-319 e se sair a BR 230 será fundamental para o desenvolvimento do sul do Amazonas. “O Afonso Lins conhece a realidade da nossa região e sabe da importância dessas ruas rodovias. Isso será suficiente para que chegue o desenvolvimento não apenas para Apuí, mas para toda a região”, disse. O prefeito Joel Lobo salientou que a BR-319 beneficiará a produção da região do Careiro. “Poderemos reduzir custos de insumos de matérias-primas para a pecuária com a melhoria da qualidade da BR-319 e, com isso, reduzir o preço final ao consumidor desses produtos”, explicou Lobo.

Para o prefeito de Itacoatiara, Antônio Peixoto, o novo porto de Itacoatiara será de fundamental importância para que o município volte a crescer. “Tivemos muitos projetos que foram deixados de lado porque não havia uma infra-estrutura portuária que desse suporte. Agora com esse novo porto, esses projetos podem ser retomados e Itacoatiara voltará a crescer como merece sua população”, concluiu.

Violência: um assunto para se discutir!

Campanha de desarmamento, campanhas pela paz nas ruas, nas favelas, contra isso contra aquilo, mas parece que nada pára a escalada da violência no Brasil. A tragédia que aconteceu em Realengo, no Rio de Janeiro traz um si um componente que as pessoas ignoram ou deixam de lado por mostrar o “lado negro” de cada um.

Entre atônitos e indignados, não foram raras as manifestações de verdadeira ira, um dos pecados capitais, que eu vi se manifestarem pelas redes sociais. Até mesmo o ressurgimento da discussão da pena de morte surgiu e houve quem defendesse. Entendo esse tipo de manifestação pela comoção causada pelo covarde e insano ataque de uma pessoa a uma escola. Mas é preciso ter cuidado para que de remédio não se passe a veneno ao errar na dose do medicamento. É difícil dominar a indignação e não exagerar no que se diz e no que se passa a defender!


Também foi questionada a cobertura feita pelos veículos de comunicação, mostrando de forma sensacionalista o fato já por demais sensacional. A busca pela informação não deve quebrar os padrões morais e éticos, menos ainda chegar ao exagero de querer mostrar crianças feridas no horário da refeição. A notícia, por mais tenebrosa que seja, deve dada com sobriedade. Vi que o ataque às torres gêmeas em 2001 acusou impacto no rapaz que perpretou o ataque na escola em Realengo. Isso por si só já deve ser usado como exemplo para que os caros amigos jornalistas tratem melhor as informações dessa natureza.

Imagino o quanto os apresentadores de programas sensacionalistas irão vociferar pelos próximos meses pedindo das autoridades a tomada de medidas das mais estapafúrdias possíveis e imagináveis. Gostaria que a primeira fosse a retirada do ar desses mesmos programas mundo cão, verdadeiras escolas da supressão de direitos básicos constitucionais e de apologia a violência. Ah, eles têm direito de expressão? Claro. Mas isso não permite a eles descumprir a Código Penal Brasileiro:
Código Penal
SECÇÃO II
Dos crimes contra a paz pública
Artigo 297º
Instigação pública a um crime
1 – Quem, em reunião pública, através de meio de comunicação social, por divulgação de escrito ou outro meio de reprodução técnica, provocar ou incitar à prática de um crime determinado é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal,
2 – É correspondentemente aplicável o disposto no nº 2 do artigo 295º.
Artigo 298º
Apologia pública de um crime
1 – Quem, em reunião pública, através de meio de comunicação social, por divulgação de escrito ou outro meio de reprodução técnica, recompensar ou louvar outra pessoa por ter praticado um crime, de forma adequada a criar perigo da prática de outro crime da mesma espécie, é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.
2 – É correspondentemente aplicável o disposto no nº 2 do artigo 295º
Artigo 299º
Associação criminosa
1 – Quem promover ou fundar grupo, organização ou associação cuja finalidade ou actividade seja dirigida à prática de um ou mais crimes é punido com pena de prisão de um a cinco anos.

2 – Na mesma pena incorre quem fizer parte de tais grupos, organizações ou associações ou quem os apoiar, nomeadamente fornecendo armas, munições, instrumentos de crime, guarda ou locais para as reuniões, ou qualquer auxílio para que se recrute
Ora, defender a lei quebrando a lei visando alguma vantagem, invariavelmente um lugar em uma Câmara Municipal ou Assembleia Legislativa, explorando a ignorância e incitando crime de ódio, para mim, parece ser a mesma coisa que pegar uma arma, invadir uma escola e atirar em crianças.

A situação revela fragilidades e expõe que temos muito ainda a avançar em vários quesitos, mas sobretudo no que tange às relações sociais. Não vale querer usar religião ou outro tipo de causa única porque o ser humano é bem mais complexo que isso. Não há apenas uma causa!

É um momento para refletirmos sobre o assunto e buscar soluções. O que nos diferencia dos animais é a inteligência! Usemo-la!


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ser jornalista não é das tarefas mais fáceis!

A profissão de jornalismo não é aquele glamour todo que passa em filmes e novelas. Não é estar em cima das notícias o tempo todo, já que o fato não escolhe hora nem local. E, como não somos adivinhos, estamos sempre atrás da notícia.

Sempre queremos dar notícias boas, mas a prática é outra: notícia ruim é que vende! Essa lógica perversa se baseia na insana idéia de que os seres humanos ficam mais curiosos com tragédias e desastres, falcatruas e atos de corrupção, crimes e coisas absurdas das quais nem gosto de lembrar ou falar. Não gosto de incitar nenhum tipo de ato anormal! E para mim ato anormal é qualquer um que agrida de qualquer forma um outro ser humano.

A bem da verdade meu desejo é inverter essa lógica perversa! Por isso coloco aqui algumas coisas que eu realmente gostaria de noticiar:

Queria noticiar que todos os parlamentares do Amazonas cumprem seu papel de fiscalizar o Executivo e não que a maioria é subserviente.

Queria noticiar que não há problemas no trânsito e o sistema de transporte coletivo de Manaus é exemplar!

Queria noticiar que não há policiais corruptos e a segurança vai bem no Amazonas!

Queria noticiar que não houve obras fantasmas no Alto Solimões e que os recursos foram realmente aplicados!

Queria noticiar que a ponte sobre o rio Negro não foi superfaturada e já foi entregue!

Infelizmente, somos jornalistas e não ficcionistas. O nosso compromisso é com a informação, mesmo que a dos donos dos veículos de comunicação não seja e, na maioria das vezes, aquelas reportagens que queremos mostrar ficam guardadas em gavetas. Ou pura e simplesmente são cortadas!

Felizmente, os avanços tecnológicos são tantos que não existem apenas os veículos de comunicação e há a possibilidade de divulgar essas notícias não mais apenas em nossa cidade ou estado. As fronteiras praticamente sumiram e podemos mandar um e-mail, dar um tuíte ou postar um vídeo no YouTube e as pessoas poderão acessar as informações das mais variadas!

Dessa forma, o jornalismo ganhou mais força! Mesmo que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), GIlmar Mendes, diga que não precisa de diploma para ser jornalista. Mas ainda assim é preciso ter o registro! E isso é o mais importante! A luta é essa! Se a categoria fosse mais unida, não chegaríamos a tanto. os donos de veículos fomentam essa rixa, rivalidade, entre colegas, para que eles não se unam e fiquem fortes! Fortes, podem exigir melhores condições de trabalho e salários mais dignos! Fortes, podem tudo!

Infelizmente, tenho compromisso com a informação e essa é a mais dura delas a passar: jornalistas não são unidos!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Quantas vidas mais?

Todos os dias as notícias de acidentes de trânsito passam por nós de forma corriqueira. Ontem, foi mais um que, de forma violenta, engrossou a triste estatística do trânsito em Manaus. E aí os problemas são inúmeros que vai desde a manutenção dos ônibus, passa pela sinalização das vias e termina com a engenharia de tráfego que simplesmente inexiste.

O ônibus biarticulado foi herança do sistema expresso, implantado pelo então prefeito Alfredo Nascimento (pronto, agora o Amazonino pode dizer que isso é problema da gestão antepassada, e não apenas da passada), portanto, não tem menos de oito anos circulando na cidade e carece de maior atenção na revisão.

Diariamente discutimos (para quem é usuário do tuíter) problemas no trânsito, apontamos eventuais soluções, mas o fato é que o poder público de fato faz quase nada. A impressão que tenho, e não apenas eu, é que se espera chegar a níveis insustentáveis para se declarar estado de emergência e poder tomar medidas sem licitação.

Conversei ontem com o presidente da Federação das Cooperativas de Transportes do Amazonas (Fecootram), Equias Subrinho, e o questionei sobre se as cooperativas tinham condições de entrar no sistema urbano. A resposta foi positiva e ele disse que não entrou até o momento porque não deixaram.

Porque cito logo de cara as cooperativas para atuar no sistema de transporte? Por não visarem fins lucrativos e sim o bem estar dos cooperados, elas podem baixar os custos e manter a tarifa no mesmo preço de hoje: R$ 2,25. E provaram isso em 2009, quando o prefeito quis passar a tarifa do transporte executivo de R$ 2,50 para R$ 3,00 e as cooperativas se recusaram porque muitas pessoas migrariam para o já saturado sistema urbano.

O resultado dessa “rebeldia” foi colhido no final do ano passado, quando foi anunciado o edital de licitação do transporte: as cooperativas foram excluídas da licitação pura e simplesmente. No lugar foram colocadas empresas que já operam no sistema. Tire suas conclusões! Aliás, já havia sugerido que as cooperativas fizessem transporte escolar e reduzissem o número de carros em filas duplas na frente das escolas particulares. Também não lhes foi permitido. Porque será?

Mas a questão é: quantas vidas mais serão tiradas e quantas pessoas mais serão mutiladas em acidentes de trânsito? Este ano foram mais de cem atropelamentos e igual número de acidentes com vítimas. Cresci ouvindo que acidentes de trânsito no Brasil matam por ano mais do que os 50 mil que morreram na guerra do Vietnam. Isso sempre me incomodou. Será que não há nada que eu possa fazer? Pelo menos levantar a discussão de forma séria?

Eu penso que devemos pressionar as autoridades a tomarem medidas mais eficazes. Ora, se colocar um redutor de velocidade na saída de um viaduto complica o fluxo de veículos, porque o órgão responsável não o retira? Construir uma passagem de nível na entrada do Campus Universitário não melhoraria o tráfego da área? Por vezes eu me pergunto se as soluções apontadas, tanto o BRT quanto o monotrilho, e amos com preços sobrefaturados são solução. 

O que nos falta? Falta exercemos o nosso papel de cidadão e parar de reclamar do usuário que está no mesmo ônibus lotado. Tem que reclamar do poder público para exigir que as empresas coloquem mais veículos circulando ao menos no horário de pico. Tem que parar de buzinar e xingar o motorista ao lado porque o trânsito está parado e pedir providências para que as autoridades melhorem o tráfego na cidade, afinal de contas, essa é a função delas. Ou não?


domingo, 3 de abril de 2011

Eu bem te entendo Rodrigo!

Ontem estava vendo os tuites do Rodrigo Araújo (@RodrigoNaoSr) sobre a sua saída do microblog Twitter, para mim tuíter porque eu gosto mesmo é de usar a língua portuguesa, com um pesar e uma dor imensa. Não apenas pela sua saída, mas pelo significado que se encerra aí.

Conheci o Rodrigo via twitter no final de 2009, bem como tantas outras pessoas que se tornaram minhas amigas do mundo virtual para o real. Nessa época as mídias sociais eram uma válvula de escape, o espaço onde se discutia os temas importantes da sociedade de forma livre, sem amarras e expressando nossas opiniões e críticas. Era o verdadeiro espaço democrático!

Foi nesse período que começou o calvário de algumas pessoas como a Bianca Abinader e o Ismael Benigno Neto, que passaram a ser perseguidos por emitirem suas opiniões. Veio as eleições em 2010 e os candidatos passaram a ocupar o tuíter. Natural! O cyberespaço é livre e democrático. Mas a questão é que fazer a crítica e emitir opinião passou a ser algo perigoso. A criação de perfis fakes para atacar os críticos do poder foi algo usado de forma covarde. Não foram poucas as vezes que foram desmascarados, mas nem assim a estratégia mudou e segue mesmo depois de seis meses após a campanha.

Eu mesmo, depois de muita aporrinhação dos fakes, ataques e ameaças, deletei meu perfil. Mas depois pensei e decidi que não deixaria espaço para a mediocridade e menos ainda para os que ainda pensam que podem tudo e nada acontece. Sou de uma geração que viveu a época de ditadura e saiu às ruas defendendo não apenas o voto mas, sobretudo, a liberdade de expressão e o fim da censura.
Não me iludo, sei que as coisas melhoraram significativamente, mas ainda impera um certo domínio da informação que chega ao grande público. As redes sociais dão uma grande oportunidade a uma parcela ainda pequena da população, mas uma parcela crítica, formador de opinião. Essa parcela é pequena simplesmente porque a internet em Manaus é de péssima qualidade e preço muito alto.Mas ainda incomoda muito.
Havia conversado com o Rodrigo bem como outros tuiteiros de Manaus sobre a forte pressão que estamos sofrendo diariamente e no que resultou. Antes as pessoas falavam abertamente, davam retuítes em opiniões fortes, comentavam nos posts mais polêmicos de blogueiros igualmente polêmicos. Hoje, nem existem tantas opiniões contundentes, RTs são raros e comentários inexistem. O motivo? Ataques gratuitos e ameaças.

Quando as pessoas emitem suas opiniões, acabam se expondo. Entre tantas alegações dos tuiteiros que evitam se manifestar, está o de que alguns são funcionários públicos e temem algum tipo de retaliação. Outros porque possuem família e se preocupam com o futuro dos filhos, etc... Rodrigo fazia suas críticas justamente porque pensa no futuro dos filhos. Não quer deixar, a exemplo de muitos, um legado de uma cidade, um estado e um país de corrupção e de desmandos.

Ao mesmo tempo que ainda insistia em emitir opiniões de forma peculiar, Rodrigo foi sentindo que as pessoas cada vez mais se importavam menos e iam cuidar de suas vidas. Estão certas. Quer dizer, mais ou menos. Foram deixando de lado o exercício da cidadania através da emissão de opinião, foram cedendo ao que eu chamo de impostura de uma idéia através da supressão do contraditório, da crítica e da discussão dos problemas da sociedade em que vivemos. E isso tem um exemplo muito grande com a derrota do senador Arthur Virgílio.

Entendo a atitude do Rodrigo porque realmente chega uma hora que cansa e você acaba se prejudicando por expor sua opinião e se expondo. Sei de outras pessoas que também ainda se mantém no tuiter porque quando as opiniões divergentes somem, instala-se uma ditadura. Ah, aí você pensa que ditadura sé dá apenas quando os militares assumem o poder. Não. Ditadura é qualquer regime totalitário que se instala seja por imposição de uma idéia, conceitos ou pura e simplesmente por capricho. Não se pode fazer a crítica porque tem que se calar as vozes dissonantes.

Felizmente o Rodrigo apenas deletou o seu perfil no tuiter. Vi algumas pessoas falando como se ele tivesse morrido e sei que certamente muitas pessoas fizeram até festa de tanto que comemoraram. Mas a vida segue e sei que o Rodrigo continua com suas mesmas opiniões e ideais. Sei que ele participará na vida real de manifestações e ações de cidadania. Esse é o Rodrigo Araújo que eu conheço e admiro.


Ginásio mostra crescimento do Careiro-Castanho
















A inauguração do ginásio da escola João Lobo, no bairro de Novo Horizonte, feito com verbas de requerimento individual do ex-deputado federal Marcelo Serafim (PSB), encerra um ciclo dos investimentos em educação no Careiro-Castanho, município a 100 Km a Leste de Manaus. “Não é possível consolidar os investimentos em educação sem qualificar os professores, sem oferecer um salário digno aos educadores, sem oferecer merenda de qualidade e sem dar a alternativa de as crianças e os jovens praticarem esportes. Consideramos que é o ciclo completo de investimentos na área de educação, que garante a melhoria da qualidade de vida”, afirmou o prefeito Joel Lobo (DEM).

Este ciclo será repetido em outros bairros e nos demais distritos do Careiro-Castanho e será ampliado com a entrega de praças da juventude. “Acreditamos que o Careiro é o município do interior com a melhor infra-estrutura de esportes e devemos transformá-lo em pólo da área”, disse Lobo, referindo-se ao fato de que até o final do mês será inaugurada a Praça da Juventude com a presença do ministro dos Esportes, Orlando Silva Júnior. Ele ressalta ainda que todos os professores do município possuem graduação no ensino superior.

O deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) representou o ex-deputado federal Marcelo Serafim, que viabilizou a construção do ginásio coberto através de emenda individual e salientou que a realização das obras no Careiro se dá devido à seriedade e respeito com o dinheiro público que a tual gestão tem por utilizar os recursos próprios ou através de convênios com o governo federal. “Essas obras mostram a capacidade do refeito, a seriedade que ele tem com a coisa pública e mostra que é possível fazer muitas obras sem que seja preciso se ajoelhar frente ao governo do estado. Quando o estado prejudica o prefeito Joel Lobo, ele na verdade está castigando o povo do Careiro”, disse Ramos.

Também esteve presente o prefeito de Apuí, Marcos da Macil, que aproveitou para conhecer outras obras como a creche que está em fase final de obras, os poços do programa Água para Todos, que já atinge 10 mil pessoas em um município com pouco mais de 36 mil habitantes, e a Praça da Juventude. “Não é vergonha para mim vir aqui no Careiro para saber como funciona projetos que beneficiam a população, pois esse é o nosso objetivo enquanto prefeito da minha cidade. Se deu certo aqui, podemos sim levar esses projetos para serem adaptados à nossa realidade”, concluiu Macil.

Creche do Careiro será inaugurada até o final de maio

A creche que atenderá 225 crianças no Careiro será inaugurada até o final de maio. Com 70% da obra concluída, esta é a primeira das três que foram obtidas aravés de convênios com o governo federal através do Ministério da Educação (MEC). “Se poder contar com ajuda do governo do estado, temos que buscar parcerias com o govenro federal. Mas para isso temos que estar com as contas em dia. Recursos existem, mas o que falta são bons projetos para trazer esses recursos. Foi assim com o governo Lula e até agora tem sido assim com o governo da presidente Dilma”, explicou o prefeito Joel Lobo.

Servindo de referência para outros município, como Apuí, Autazes, Careiro da Várzea e Iranduba, Lobo diz que isso é fruto de ter uma equipe tecnica bastante competente, que faz os levantamentos necessários para que os projetos sejam aprovados. “Não há segredo. É preciso que a prefeitura esteja adimplente porque é isso que a credencia para receber os recursos. É assim que conseguimos firmar convênios para adquirir as lanchas e ônibus para fazer o transportes escolar, para construir quadras, escolas creches. E isso nos deixa livres para fazer outras obras com recursos próprios”, revelou Lobo.

Será construída mais uma creche com capacidade de atender 250 crianças e uma outra para atender o maternal em um baro da cidade que ainda não foi definido. “Temos que investir no futuro e no presente do município. No futuro quando garantimos educação e cuidados desde a mais tenra idade e, no presente, quando damos condições para que os pais vão ao trabalho despreocupados por saberem que os filhos estão sendo bem cuidados”, concluiu o prefeito.