Ontem (02.08.2012) aconteceu o primeiro debate para as eleições
municipais. Devo confessar que esperava mais, que fosse mais
democrático. Por exemplo, temos nove candidatos e apenas seis foram
contemplados e participaram. Isso, de cara, impede que o eleitor tenha
acesso às propostas de todos os candidatos e por isso mesmo não tem nada
de democrático. Se bem que, em um processo em que você é obrigado a
votar, jámostra que não vivemos em uma democracia. E não há nada pior
que ter o tempo limitado, e caríssimo, de televisão para piorar a
situação.
Para dar uma situada nos (e)leitores, Manaus tem uma
população de quase dois milhôes de habitantes, um orçamento de R$ 3
bilhões ao ano e problemas estruturais graves como segurança, saneamento
básico (apenas 15% da população tem o serviço e dois terços disso foi
feito pelos ingleses há mais de cem anos e nos últimos 30 anos, seus
igarapés foram transformados em esgoto a céu aberto), saúde, mobilidade urbana e, para acentuar ainda a importância destas eleições, serásede da Copa de Futebol em 2014 e tem muita coisa a ser feita.
Mas já que apenas seis candidatos participaram, vamos fazer uma
pequena análise. Sabino Castelo Branco (PTB), presente no pleito por
medida judicial pois teve seu mandato de deputado federal cassado, e
Henrique Oliveira (PR) sentiram falta de tempo. São daqueles
candidatos-apresentadores que se elegeram baseados apenas no discurso de
combate à criminalidade e no assistencialismo de seus programas
mundo-cão onde não é difícil ouví-los falando que "bandido bom é bandido
morto". De propostas mesmo, nada.
O deputado federal Pauderney
Avelino (DEM) mostrou que tem um programa de governo baseado na audição
de diversos segmentos da sociedade. Com o jargão de "sou engenheiro" foi
direto a pontos cruciais e apontou soluções. Contra si, a exemplo de
outros candidatos, tem que se baseia em uma parceria com o governo
federal e estadual, obviamente tentando captar seus eleitores. É
conhecido por sua boa atuação parlamentar e quer mostra que tambem é bom
em administrar.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), bem diferente do seu já
conhecido perfil de defensora dos trabalhadores, mostrou ser o que ela
realmente nesta campanha: apenas uma candidata que teve seu nome tirado
do colete do governador Omar Aziz (PSD), do senador-imperador Eduardo
Braga (PMDB) e do atual prefeito Amazonino Mendes (PDT), sob um suposto
apoio da presidente Dilma (PT). Já há dúvidas sobre se terá o apoio da
máquna governamental em sua capanha, mas o fato é que suas propostas não
são suas. Ou são do governo estadual ou do governo federal.
O ex-senador Arthur Neto (PSDB) saiu na frente nas pesquisas e manteve o seu
discurso sempre irretocável, mas ainda teve, mesmo depois de 20 anos,
ter que respodner sobre a sua atuação como prefeito no caso dos camelôs.
Apresentou algumas propostas, mas muito genéricas. Falou que fica
apenas quatro anos e deixará a prefeitura nas mãos do vice, Hissa
Abrahão. Isso se conseguir reelegê-lo em 2016. Ou seja, isso demosntra
que não está muito comprometido mesmo com a cidade!
O
ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB) mostrou que ainda tem muitos esqueletos
guardados no guarda roupa. Ainda pensa que Amazonino é seu adversário e
ainda tem que perder tempo precioso dando explicações sobre a
repactuação da concessão da água em 2007 ao invés de falar de propostas.
Falou que fez uma creche em seu mandato enquanto o atual prefeito não
fez nenhuma. Bem, conheço um município vizinho, o Careiro-Castanho, que
já fez três creches para seus poucos mais de 30 mil habitantes.
Ainda
temos pouco mais de dois meses para ouvir o que os candidatos tem para
apresentar de soluções e aprofundar suas propostas, os que têm obviamente, e a nós, eleitores,
teos que nos mostrar mais ativos e questioná-los sobre suas propostas,
de onde tirarão recursos e o que pensam e deixarão não apenas para os próximos quatro anos, mas sim para as próximas gerações.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Brasil: um país longe do Olimpo
Assistindo esses jogos olímpicos, vendo as queixas que muitas pessoas
fazem das performances dos atletas brasileiros, deve-se lembrar de
algumas coisas. Olimpíadas deriva de Olimpus, a morada dos deuses
gregos, lugar muito especial e que poucos teriam acesso, sendo reservado
aos deuses e aos heróis.
Quando fora criado os jogos olímpicos, lá na antiguidade pelos gregos, era um acontecimento tão importante que guerras eram interrompidas e, muitas vezes, ao invés de uma matança entre dois povos, apenas dois homens lutavam entre si e definia-se uma guerra.
Hoje não se interrompem mais guerras, mas ainda surgem heróis a cada edição dos jogos olímpicos da era moderna. Dois momentos olímpicos me vem a cabeça sempre que lembro ou chega a disputa olímpica; O primeiro é a do nadador da Guiné equatorial Eric Moussambani, que disputou a prova dos 100 metros na natação nos jogos de Sidney em 2000. Sem nunca sequer ter treinado em uma piscina olímpica, disputou sozinho e foi considerado o nadador mais lento de todos os tempos. Para nós pode parecer pouco, mas para um país sem tradição olímpica nenhuma Moussambani é um herói.
O outro momento é o da chegada da Maratona da suiça Gabriele Andersen nas olimpíadas de Los Angeles em 1984. Extenuada, Gabriele recusou ajuda e mostrou e honrou o ideal olímpico que, ao contrário do que muitos pensam, não é: o importante é competir, mas sim: mais alto, mais rápido, mais forte!
Gabriele foi sim mais forte que o seu limite! Foi mais alto que o sonho de muitos e foi mais rápido que até mesmo a vencedora daquela maratona que, por incrível que pareça, poucos lembram! Eu não lembro, por exemplo.
Portanto, antes de criticar um atleta que foi representar um país no maior evento esportivo do mundo, pense que certamente aquele é um momento mágico, onde o atleta talvez suba ou não no lugar mais alto do pódio, mas certamente ele levará consigo o trabalho de dezenas de pessoas feito durante anos e, amis que isso, carrega nos ombros não apenas a esperança, mas a torcida de milhões de compatriotas!
Mas nós, brasileiros, não sabemos cobrar do poder público o espaço que nos cabe no Olimpo. Com uma população de 190 milhões de habitantes, temos recursos humanos de sobra para levar bem mais 258 atletas para Londres, 19 a menos que em Pequim 2008. E, se quiser fazer bonito em casa, em 2016, terá que correr muito não apenas com as obras, melhoria de infra-estutura, mas sopbretudo iniciar uma política de fortalecimento do esporte. Sabe-se que desde quando o presidente Fernando Collor retirou da grade curricular a prática desportiva da Educação Física, a revelação de novos talentos caiu vertiginosamente e foram raros os talentos que surgiram. Mais por esforço próprio do que por um programa esportivo decente, visando todas as modalidades olímpicas. Deve-se seguir o exemplo da China, que começou a desenvolver um programa esportivo, aliado à sua já famosa disciplina oriental e hoje é uma potência olímpica, tendo superado inclusive os Estados Unidos. Em 200, em Sidney, ficou em 3º lugar, em 2004, em Sidney, passou para o segundo lugar e em 2008, em casa, liderou o quadro de medalhas.
Só que para seguir exte exemplo, devemos nos lembrar que já começamos com um atraso de pelo menos oito anos. Temos muito a crescer e chegar no Olimpo, no entanto, o Brasil ainda está longe, muito longe!
Quando fora criado os jogos olímpicos, lá na antiguidade pelos gregos, era um acontecimento tão importante que guerras eram interrompidas e, muitas vezes, ao invés de uma matança entre dois povos, apenas dois homens lutavam entre si e definia-se uma guerra.
Hoje não se interrompem mais guerras, mas ainda surgem heróis a cada edição dos jogos olímpicos da era moderna. Dois momentos olímpicos me vem a cabeça sempre que lembro ou chega a disputa olímpica; O primeiro é a do nadador da Guiné equatorial Eric Moussambani, que disputou a prova dos 100 metros na natação nos jogos de Sidney em 2000. Sem nunca sequer ter treinado em uma piscina olímpica, disputou sozinho e foi considerado o nadador mais lento de todos os tempos. Para nós pode parecer pouco, mas para um país sem tradição olímpica nenhuma Moussambani é um herói.
O outro momento é o da chegada da Maratona da suiça Gabriele Andersen nas olimpíadas de Los Angeles em 1984. Extenuada, Gabriele recusou ajuda e mostrou e honrou o ideal olímpico que, ao contrário do que muitos pensam, não é: o importante é competir, mas sim: mais alto, mais rápido, mais forte!
Gabriele foi sim mais forte que o seu limite! Foi mais alto que o sonho de muitos e foi mais rápido que até mesmo a vencedora daquela maratona que, por incrível que pareça, poucos lembram! Eu não lembro, por exemplo.
Portanto, antes de criticar um atleta que foi representar um país no maior evento esportivo do mundo, pense que certamente aquele é um momento mágico, onde o atleta talvez suba ou não no lugar mais alto do pódio, mas certamente ele levará consigo o trabalho de dezenas de pessoas feito durante anos e, amis que isso, carrega nos ombros não apenas a esperança, mas a torcida de milhões de compatriotas!
Mas nós, brasileiros, não sabemos cobrar do poder público o espaço que nos cabe no Olimpo. Com uma população de 190 milhões de habitantes, temos recursos humanos de sobra para levar bem mais 258 atletas para Londres, 19 a menos que em Pequim 2008. E, se quiser fazer bonito em casa, em 2016, terá que correr muito não apenas com as obras, melhoria de infra-estutura, mas sopbretudo iniciar uma política de fortalecimento do esporte. Sabe-se que desde quando o presidente Fernando Collor retirou da grade curricular a prática desportiva da Educação Física, a revelação de novos talentos caiu vertiginosamente e foram raros os talentos que surgiram. Mais por esforço próprio do que por um programa esportivo decente, visando todas as modalidades olímpicas. Deve-se seguir o exemplo da China, que começou a desenvolver um programa esportivo, aliado à sua já famosa disciplina oriental e hoje é uma potência olímpica, tendo superado inclusive os Estados Unidos. Em 200, em Sidney, ficou em 3º lugar, em 2004, em Sidney, passou para o segundo lugar e em 2008, em casa, liderou o quadro de medalhas.
Só que para seguir exte exemplo, devemos nos lembrar que já começamos com um atraso de pelo menos oito anos. Temos muito a crescer e chegar no Olimpo, no entanto, o Brasil ainda está longe, muito longe!
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