Dando uma rápida passada no noticiário e lendo/vendo a reação após o jornal O Estado de S. Paulo ter divulgado o depoimento do publicitário Marcos Valério a Procuradoria Geral da República, percebe-se claramente a campanha de desqualificação do publicitário. Ora, essa é a primeira estratégia da negação dos fatos. Desqualifique o acusador, afinal "ele foi condenado por participar de um esquema vil", não tem "envergadura moral" para acusar ninguém, está "procurando diminuir sua própria pena".
Todos esses são argumentos válidos não fossem as circunstâncias. Sim, foi condenado em um esquema que envolve vários paladinos da justiça e que igualmente foram condenados. Não tem mais envergadura moral agora. Mas e quando comandou o esquema do mensalão, Marcos Valério prestava?
Dilma apressou-se em dizer que "não se pode atacar o presidente Lula assim. Tem que respeitar sua história". Claro que tem que respeitar a história dele, mas nem por isso tem que se deixar de averiguar as denúncias feitas por Valério. Uma coisa não anula a outra. Mesmo que se tente desqualificar o acusador.
Paulo Okamoto negou que tivesse ameaçado Valério de morte. Ora, vai assumir em público e ser réu confesso? O que esperavam meus caros colegas jornalistas?
Lula limitou-se a dizer que é "mentira" o que Valério disse. O que esperavam também? Que ele dissesse que se sentiu traído pelo publicitário?
E nesta terça-feira foi a vez do bicheiro (veja lá se existe essa classificação de profissão na Receita Federal? Só no Brasil existe esses monstrengos. Dá-se como profissão a prática de uma contravenção) Carlinhos Cachoeira, após ter recebido em tempo recorde um alvará de soltura, afirmar que vai falar na CPI que leva seu nome. Saiu da prisão dizendo que vai conversar com seu advogado para ver o que vai falar. “Agora eu acho que vou falar realmente. Amanhã tem a coisa da CPI, né, o relatório final. Vou falar de alguns personagens que a Delta tem diretamente participado na vida deles e que hoje estão na CPI fazendo um relatório totalmente sem escrúpulo nenhum”, disparou.
Quem viver verá!
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