Quem chega em Manaus e assiste as propagandas do governo do estado vê um lugar maravilhoso, onde a segurança e a educação chega a todos, as oportunidades de negócios surgem aos montes e tudo funciona àsmil maravilhas. Não é bem assim,
O ano já começou com o estado devendo R$ 350 milhões, já que suas contas não fecharam em 2011. Não obstante esse pequeno detalhe, a fábrica de beneficiamento de pirarucu inaugurada no último dia 25 de agosto, em Maraã (a 635 quilômetros de Manaus), singelamente chamado de a primeira fábrica do 'Bacalhau da Amazônia', está parada por falta de matéria-prima. Ora, isso é falta pura e simplesmente de planejamento.
Sem planejamento não se vai longe. É importante a implantação da fábrica? Sim, claro que é. Mas porque antes disso não se faz um estímulo à produção do peixe em escala comercial também. De que vale a fábrica se não vai ter o que beneficiar? É dinheiro público jogado fora.
Em uma madrugada dessas, assisti no NatGeo, que estão produzindo pirarucu, pirarara e outras espécies amazônicas, incluindo o mais que popular jaraqui, na Tailândia. Não nos admiremos se em dois anos o país asiático se tornar o maior produtor de pirarucu do mundo, a exemplo do que aconteceu com a borracha na virada do século 20.
Lá na Tailândia eles chamam de Pirarucu da Amazônia. Aqui, nós simplesmente negamos o peixe e o chamamos de bacalhau. Nós não, já que para mim é um erro crasso simplesmente negar nossa origem ao mudar o nome do peixe do qual se faz tantos pratos e sua escama serve pra fazer artesanato.
Na saúde, onde sempre tem propagandas de que as gestantes tem bons tratamentos, vi hoje através das redes sociais que a sobrinha de uma amiga estava esperando desde a manhã uma vaga na maternidade Moura Tapajós, que é considerada de referência. Não apenas ela, mas inúmeras outras que estavam na mesma situação. Sangrando, somente agora no final da tarde conseguiram uma vaga e ela teve que ser operada às pressas.
Ontem vi nos noticiários que os pais esperam por dias em filas para matricular seus filhos. Me veio a mente o seguinte: se o aluno pasa de ano, já deveria ter sua matrícula feita na série seguinte automaticamente. Para quem não passou, fazer a matrícula automaticamente na mesma série. Para mim isso é claro feito água. Mas parece que para a secretaria de educação do Amazonas não.
E a gerente da central de matrículas ainda foi parea a televisão dizer que não havia necessidade de fazer fila na frente das escolas, mas que caso não conseguisse vaga na escola perto de sua casa, poderia ir buscar em outra escola fora do bairro. Ou seja, uma negação, contraição pura de que nao é preciso fazer fila.
Ocorre aqui no Amazonas, mas poderia ser em outro estado.
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