Não entendo pessoas que dizem defender liberdade de escolha, mas querem que escolham entre o seu candidato e o suposto "mais forte candidato de oposição". Quem fala em liberdade, tem que falar de opções, alternativas, deixar quem quer que seja escolher o que achar melhor.
Nestes últimos anos tenho visto esta polarização ridícula entre PT e PSDB quando, em priscas eras estavam lado a lado seja no MDB ou em movimentos sociais como o dos estudantes. E estavam brigando por liberdade.
Também tenho visto, com um certo pavor é bem verdade, pessoas que defendem a volta da ditadura militar e alegam que a vinda de médicos cubanos como o começo a revolução comunista. Nada tão nocivo como usar discursos antigos para voltar com velhas práticas.
Tenho lá minhas restrições a respeito de Marina Silva. Penso que ela, enquanto ministra do meio ambiente poderia ter feito mais, pelo menos colocar à mostra as vísceras do governo do qual fez parte e que ela se disse lhe impor amarras.
Mas daí a querer barrar a criação do partido em que ela poderá ser a candidata a presidente em 2014 é por demais patético. Ela causa tanto medo assim? Porque ela não pode ser uma opção para a população.
Conheço um pouco de como as coisas funcionam no Brasil e digo como ser dará o processo do Rede. Vai acontecer com o Rede o mesmo que aconteceu com o PEN em 2012. Tanto o PEN quanto o PSD tiveram seus pedidos de registro junto ao TSE feitos no mesmo dia. Avaliados pela mesma juíza. Ambos cumpriram todas as normas para formar um partido no Brasil. O PSD teve mais visibilidade por conta das várias denúncias de irregularidade na coleta de assinaturas.
O PSD, cheio de medalhões da política e com vários eventuais candidatos a governo e a senado e deputados à reeleição, foi aprovado. O PEN não. Faça as contas e pense no porquê não. O Rede vai cumprir tudo mas não lhe será o registro para disputar as eleições em 2014 simplesmente porque não interessa a quem está no poder hoje e nem à ~oposição~!
Sou filiado ao PEN. Mas antes disso, nasci anarquista. Não apenas defendo que seja criado o Rede como ajudo da forma que posso. Para mim, é melhor ter mais opções do que escolher entre o ruim e o pior. Gosto de nivelar as coisas por cima, não por baixo.
O tempo hoje é outro. Não vivemos mais reféns dos noticiários da ~grande mídia~ e tampouco os mecanismos de repressão deixaram de existir. Eles estão aí como sempre estarão pois servem para manter o status quo sob o álibi sem-vergonha de que em time que está ganhando não se mexe, como se nossas vidas fosse um jogo.
Quem sabe não é isso mesmo: somos apenas peças desse jogo do poder e apenas mudam as mãos que controlam as marionetes!
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domingo, 19 de maio de 2013
terça-feira, 12 de abril de 2011
Apoio testicular é isso!
Que efeito prático pode ter na ida da população uma pessoa participar de uma corrida apenas para aparecer na mídia? De que forma isso pode contribuir para que haja melhor remuneração para o professor das escolas públicas e ele possa ter apenas uma cadeira e preparar uma aula melhor? Ou para ter um médico na casa de saúde do Cidade de Deus?
Fui perguntar para uma moradora lá do Nova Cidade mesmo, quando estive lá nessa segunda-feira. E a resposta não poderia ter sido outra: enquanto esse pessoal só aparece na televisão, o médico não aparece no posto de saúde e as nossas crianças vão para a escola apenas pela merenda escolar.
Essa é uma dura realidade que se tenta esconder usando um novo tipo de pirotecnia de marketing: mostra eu, deixa o resto escondido e tudo o mais será esquecido! Mas isso funciona apenas por um determinado momento, depois cansa, como tudo que é falso. O que é verdadeiro é a falta de água nas torneiras, de médico no posto de saúde, até mesmo a falta da merenda escolar.
Isso tudo me remeta a algo que sempre ouvi sobre apoio testicular, aquele mesmo: apóia, mas não entra! Ir lá ser arroz de festa mas não tomar nenhuma providência é tão útil quanto ir ao local de uma tragédia e apenas posar para a foto para dizer que se sensibilizou com a questão. Me lembra aquele candidato que é tido como bom apenas porque pagou um picolé para as crianças e uma garrafa de pinga para os adultos: entorpece momentaneamente, mas não resolve o problema!
Ao contrário do que possa parecer, a primeira-dama participando de eventos como arroz de festa, apenas demonstra que nada vem sendo feito para se resolver as questões mais importantes, como segurança, saúde e mobilidade urbana.
Desta forma os problemas ao sendo empurrados para o já elevado tapete!
domingo, 3 de abril de 2011
Eu bem te entendo Rodrigo!
Ontem estava vendo os tuites do Rodrigo Araújo (@RodrigoNaoSr) sobre a sua saída do microblog Twitter, para mim tuíter porque eu gosto mesmo é de usar a língua portuguesa, com um pesar e uma dor imensa. Não apenas pela sua saída, mas pelo significado que se encerra aí.
Conheci o Rodrigo via twitter no final de 2009, bem como tantas outras pessoas que se tornaram minhas amigas do mundo virtual para o real. Nessa época as mídias sociais eram uma válvula de escape, o espaço onde se discutia os temas importantes da sociedade de forma livre, sem amarras e expressando nossas opiniões e críticas. Era o verdadeiro espaço democrático!
Foi nesse período que começou o calvário de algumas pessoas como a Bianca Abinader e o Ismael Benigno Neto, que passaram a ser perseguidos por emitirem suas opiniões. Veio as eleições em 2010 e os candidatos passaram a ocupar o tuíter. Natural! O cyberespaço é livre e democrático. Mas a questão é que fazer a crítica e emitir opinião passou a ser algo perigoso. A criação de perfis fakes para atacar os críticos do poder foi algo usado de forma covarde. Não foram poucas as vezes que foram desmascarados, mas nem assim a estratégia mudou e segue mesmo depois de seis meses após a campanha.
Eu mesmo, depois de muita aporrinhação dos fakes, ataques e ameaças, deletei meu perfil. Mas depois pensei e decidi que não deixaria espaço para a mediocridade e menos ainda para os que ainda pensam que podem tudo e nada acontece. Sou de uma geração que viveu a época de ditadura e saiu às ruas defendendo não apenas o voto mas, sobretudo, a liberdade de expressão e o fim da censura.
Não me iludo, sei que as coisas melhoraram significativamente, mas ainda impera um certo domínio da informação que chega ao grande público. As redes sociais dão uma grande oportunidade a uma parcela ainda pequena da população, mas uma parcela crítica, formador de opinião. Essa parcela é pequena simplesmente porque a internet em Manaus é de péssima qualidade e preço muito alto.Mas ainda incomoda muito.
Havia conversado com o Rodrigo bem como outros tuiteiros de Manaus sobre a forte pressão que estamos sofrendo diariamente e no que resultou. Antes as pessoas falavam abertamente, davam retuítes em opiniões fortes, comentavam nos posts mais polêmicos de blogueiros igualmente polêmicos. Hoje, nem existem tantas opiniões contundentes, RTs são raros e comentários inexistem. O motivo? Ataques gratuitos e ameaças.
Quando as pessoas emitem suas opiniões, acabam se expondo. Entre tantas alegações dos tuiteiros que evitam se manifestar, está o de que alguns são funcionários públicos e temem algum tipo de retaliação. Outros porque possuem família e se preocupam com o futuro dos filhos, etc... Rodrigo fazia suas críticas justamente porque pensa no futuro dos filhos. Não quer deixar, a exemplo de muitos, um legado de uma cidade, um estado e um país de corrupção e de desmandos.
Ao mesmo tempo que ainda insistia em emitir opiniões de forma peculiar, Rodrigo foi sentindo que as pessoas cada vez mais se importavam menos e iam cuidar de suas vidas. Estão certas. Quer dizer, mais ou menos. Foram deixando de lado o exercício da cidadania através da emissão de opinião, foram cedendo ao que eu chamo de impostura de uma idéia através da supressão do contraditório, da crítica e da discussão dos problemas da sociedade em que vivemos. E isso tem um exemplo muito grande com a derrota do senador Arthur Virgílio.
Entendo a atitude do Rodrigo porque realmente chega uma hora que cansa e você acaba se prejudicando por expor sua opinião e se expondo. Sei de outras pessoas que também ainda se mantém no tuiter porque quando as opiniões divergentes somem, instala-se uma ditadura. Ah, aí você pensa que ditadura sé dá apenas quando os militares assumem o poder. Não. Ditadura é qualquer regime totalitário que se instala seja por imposição de uma idéia, conceitos ou pura e simplesmente por capricho. Não se pode fazer a crítica porque tem que se calar as vozes dissonantes.
Felizmente o Rodrigo apenas deletou o seu perfil no tuiter. Vi algumas pessoas falando como se ele tivesse morrido e sei que certamente muitas pessoas fizeram até festa de tanto que comemoraram. Mas a vida segue e sei que o Rodrigo continua com suas mesmas opiniões e ideais. Sei que ele participará na vida real de manifestações e ações de cidadania. Esse é o Rodrigo Araújo que eu conheço e admiro.
Creche do Careiro será inaugurada até o final de maio
A creche que atenderá 225 crianças no Careiro será inaugurada até o final de maio. Com 70% da obra concluída, esta é a primeira das três que foram obtidas aravés de convênios com o governo federal através do Ministério da Educação (MEC). “Se poder contar com ajuda do governo do estado, temos que buscar parcerias com o govenro federal. Mas para isso temos que estar com as contas em dia. Recursos existem, mas o que falta são bons projetos para trazer esses recursos. Foi assim com o governo Lula e até agora tem sido assim com o governo da presidente Dilma”, explicou o prefeito Joel Lobo.
Servindo de referência para outros município, como Apuí, Autazes, Careiro da Várzea e Iranduba, Lobo diz que isso é fruto de ter uma equipe tecnica bastante competente, que faz os levantamentos necessários para que os projetos sejam aprovados. “Não há segredo. É preciso que a prefeitura esteja adimplente porque é isso que a credencia para receber os recursos. É assim que conseguimos firmar convênios para adquirir as lanchas e ônibus para fazer o transportes escolar, para construir quadras, escolas creches. E isso nos deixa livres para fazer outras obras com recursos próprios”, revelou Lobo.
Será construída mais uma creche com capacidade de atender 250 crianças e uma outra para atender o maternal em um baro da cidade que ainda não foi definido. “Temos que investir no futuro e no presente do município. No futuro quando garantimos educação e cuidados desde a mais tenra idade e, no presente, quando damos condições para que os pais vão ao trabalho despreocupados por saberem que os filhos estão sendo bem cuidados”, concluiu o prefeito.
terça-feira, 29 de março de 2011
Democracia não é só votar!
Muito de fala sobre vivermos em uma democracia, sobre o quanto se lutou para que tivéssemos o direito de ir às urnas como se esse fosse o ato derradeiro de cidadão. Mas não é isso apenas. Não basta apenas votar e voltar para a casa alugada em um bairro sem urbanização da periferia, dentro de um ônibus velho e lotado passando por ruas esburacadas.
Aliás, por viver nessas condições, o cidadão deveria exercer o principal fundamental da democracia: cobrar a quem ele deu o direito de defender os seus direitos no parlamento ou, executar, no caso dos gestores. Normalmente o papel de fiscalizar os atos do executivo é dos parlamentares, mas não é o que ocorre porque os mesmos confundem, ou se deixam levar pro ser amigo do rei e acabam deixando de lado quem os elegeu.
No caso dos governantes, por fazerem campanhas milionárias, por vezes gastando dez vezes mais do que receberão em salário, precisam reembolsar empreiteiras, empresas de ônibus e outros fornecedores da União, Estados e Municípios através das licitações. Foi assim com a Consladrões, ops, Consladel, que deu R$ 470 mil para a campanha do prefeito Amazonino Mendes, e levou um contrato de R$ 93 milhões.
Mas o exercício de cidadão aqui no Amazonas está se tornando mais difícil. O hábito de ser crítico e dizer o que se pensa vem se tornando insuportável, sobretudo nas redes sociais, em função de haver uma verdadeira tropa de choque, do tipo daquela que defendia o ex-presidente Fernando Collor. Mas pior que isso é o efeito que causa nas outras pessoas: elas não fazem mais o debate que era peculiar no twitter, por exemplo. A definição que melhor explica a situação foi dada neste dia 28, pelo Ismael Neto: a gente já é meio hanseniano aqui no TT...
Que o exercício de liberdade de opinião seja preservado. Sempre!
Aliás, por viver nessas condições, o cidadão deveria exercer o principal fundamental da democracia: cobrar a quem ele deu o direito de defender os seus direitos no parlamento ou, executar, no caso dos gestores. Normalmente o papel de fiscalizar os atos do executivo é dos parlamentares, mas não é o que ocorre porque os mesmos confundem, ou se deixam levar pro ser amigo do rei e acabam deixando de lado quem os elegeu.
No caso dos governantes, por fazerem campanhas milionárias, por vezes gastando dez vezes mais do que receberão em salário, precisam reembolsar empreiteiras, empresas de ônibus e outros fornecedores da União, Estados e Municípios através das licitações. Foi assim com a Consladrões, ops, Consladel, que deu R$ 470 mil para a campanha do prefeito Amazonino Mendes, e levou um contrato de R$ 93 milhões.
Mas o exercício de cidadão aqui no Amazonas está se tornando mais difícil. O hábito de ser crítico e dizer o que se pensa vem se tornando insuportável, sobretudo nas redes sociais, em função de haver uma verdadeira tropa de choque, do tipo daquela que defendia o ex-presidente Fernando Collor. Mas pior que isso é o efeito que causa nas outras pessoas: elas não fazem mais o debate que era peculiar no twitter, por exemplo. A definição que melhor explica a situação foi dada neste dia 28, pelo Ismael Neto: a gente já é meio hanseniano aqui no TT...
Que o exercício de liberdade de opinião seja preservado. Sempre!
quinta-feira, 10 de março de 2011
Careiro 2 x 0 Manaus. MEC dará recursos para creches em Manaus
Passados dois anos de mandato, a promessa de campanha do atual prefeito, Amazonino Mendes, de construir mil creches ficou apenas na promessa, mas em sessão realizada nesta quinta-feira, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) recebeu a informação de que o governo federal liberou recursos para a construção de cinco creches na capital amazonense. Enquanto isso, no Careiro-Castanho, foi firmado convênio para a construção da segunda creche. Os recursos virão através do Ministério da Educação (MEC) pelo Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).
A representante da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a deputada Conceição Sampaio (PP), aproveitando o embalo, pediu que fosse encaminhado requerimento para o Palácio do Planalto e essas verbas fossem estendidas para a construção de creches nos demais municípios do Amazonas.
O governo federal mantém um projeto de convênios com prefeituras para a construção de creches. Mas no Amazonas, apenas um, o Careiro-Castanho, dos 62 municípios, firmou convênio para a construção de creches padrões de 224 crianças Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que é um programa de assistência financeira ao Distrito Federal e aos municípios para a construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil. E não apenas uma, mas sim duas, que está em processo de licitação e a primeira já está na fase final de construção.
A representante da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a deputada Conceição Sampaio (PP), aproveitando o embalo, pediu que fosse encaminhado requerimento para o Palácio do Planalto e essas verbas fossem estendidas para a construção de creches nos demais municípios do Amazonas.
O governo federal mantém um projeto de convênios com prefeituras para a construção de creches. Mas no Amazonas, apenas um, o Careiro-Castanho, dos 62 municípios, firmou convênio para a construção de creches padrões de 224 crianças Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que é um programa de assistência financeira ao Distrito Federal e aos municípios para a construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil. E não apenas uma, mas sim duas, que está em processo de licitação e a primeira já está na fase final de construção.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O tempo é outro senhor!
Até bem pouco tempo atrás, antes de as mídias sociais virarem uma verdadeira febre, o fluxo de informações era basicamente o que o poder público permitisse sair. Sim, era, e ainda é, uma censura nem sempre velada, mas acontece.
A grosso modo, pode ser feito um processo evolutivo. Nos anos de chumbo, acontecia assim: os censores iam nos veículos de comunicação e diziam que não podiam dar a matéria da bomba que ia explodir em uma banca ou em uma escola em determinado horário. A notícia era censurada antes de acontecer.
Depois a censura passou a ser política, com os veículos não podendo apoiar este ou aquele candidato e, portanto, não deveria divulgar um evento em que a pessoa estivesse participando.
Por outro lado, a sociedade foi se organizando e ocupando os seus espaços, realizando manifestações, mesmo que pagando um preço alto, com vidas, perda de liberdade e, na minha opinião, o mais cruel de todos os castigos: ser degredado, mandado embora de sua nação e de perto das pessoas que se ama. Foi assim desde os festivais de música até as greves dos metalúrgicos em São Paulo, diretas já e, mais tarde, o Fora Collor.
Pode parecer romantismo, mas não é. Digo isso com a propriedade de quem brigou enfrentando a polícia pela meia passagem em meados dos anos 80, o comício das diretas, apoio à campanha dos professores e depois a luta pela democratização na comunicação, defendendo as rádios comunitárias no começo dos anos 90.
Enquanto isso, sempre que possível o poder constituído arranja um jeito de tentar dificultar o acesso da população às informações. Ultimamente era o poder econômico, tendo em vista que as verbas publicitárias tiveram suas fatias devidamente engordadas nos últimos anos e ainda é uma poderosa ferramenta para que os meios de comunicação ao menos dessem uma aliviada nas notícias, quando saírem.
Só que os avanços tecnológicos provocaram uma ampliação do acesso à informação, senão da maioria da população, mas ao menos nos setores mais críticos. Com o advento da internet, este processo se acelerou e ganhou proporções inusitadas após o surgimento das redes sociais.
O caso da derrubada de Rosni Mubarak, no Egito, e, localmente, no tétrico "então morra. morra", do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.
O vídeo, inicialmente mostrado em uma versão editada de um minuto, mostra o quanto a arrogância e a prepotência de uma figura pública. Caiu na rede e logo virou o assunto das mídias sociais em Manaus. A Secretaria Municipal de Comunicação tentou consertar colocando o vídeo na íntegra e acionou os meios de comunicação para que a idéia de que as frases infelizes perdessem força ao se alegar que foram usadas fora de contexto.
Se Manaus tivesse uma internet de qualidade, o vídeo poderia ter sido mostrado no íntegra e não a versão editada. Na versão integral, o concerto saiu pior que o soneto. Ficou mais evidente a estupidez com que o prefeito trata seu eleitorado. Do ignorar os apelos dos moradores, que aguardavam até com alegria, e isto pode ser ouvido pelo ensaio de um "Amazonino, cadê você", passando pelo "não diga besteira".
E quem ver o vídeo na íntegra, vai perceber as contradições de Amazonino, que chega dizendo que não dinheiro, não tem lugar, não tem material, fez a besteira, e saiu prometendo que ia ser o pai daquela comunidade, que ia dar madeira, lugar e, por fim, dizendo que "quem vai invadir é o Negão". Mas essa análise só se torna possível porque ao dar acesso à informação completa, deu a opotunidade de encaminhar a veículos de comunicação da chamada grande mídia, ganhando repercussão de proporções nacionais e mundiais.
É uma pena que o Amazonas, um estado que traz em seu currículo algumas conquistas consideráveis como ter sido o primeiro estado a abolir a escravidão quatro anos antes de a Princesa Isabel assinar a lei Áurea, o primeiro a fazer uma greve no país, o primeiro a ter iluminação pública, a ter um cabo transcontinental ligando Manaus a Londres para ter a cotação da borracha, ainda tenha que depender dos veículos de massa de São Paulo e Rio de Janeiro, para que estes desmandos e rompantes de arrogância e prepotência sejam mostrados.
Após as mídias sociais, os meios de comunicação, sobretudo os provincianos, têm que se reinventar e se adaptar a esta nova realidade. Mais ainda quando o acesso à internet, que hoje pode ser feito pelo telefone celular, for popularizado. O morador desabrigado da Zona Leste dirá, via tuíter, para o prefeito ou governador: O tempo é outro senhor!
Depois a censura passou a ser política, com os veículos não podendo apoiar este ou aquele candidato e, portanto, não deveria divulgar um evento em que a pessoa estivesse participando.
Por outro lado, a sociedade foi se organizando e ocupando os seus espaços, realizando manifestações, mesmo que pagando um preço alto, com vidas, perda de liberdade e, na minha opinião, o mais cruel de todos os castigos: ser degredado, mandado embora de sua nação e de perto das pessoas que se ama. Foi assim desde os festivais de música até as greves dos metalúrgicos em São Paulo, diretas já e, mais tarde, o Fora Collor.
Pode parecer romantismo, mas não é. Digo isso com a propriedade de quem brigou enfrentando a polícia pela meia passagem em meados dos anos 80, o comício das diretas, apoio à campanha dos professores e depois a luta pela democratização na comunicação, defendendo as rádios comunitárias no começo dos anos 90.
Enquanto isso, sempre que possível o poder constituído arranja um jeito de tentar dificultar o acesso da população às informações. Ultimamente era o poder econômico, tendo em vista que as verbas publicitárias tiveram suas fatias devidamente engordadas nos últimos anos e ainda é uma poderosa ferramenta para que os meios de comunicação ao menos dessem uma aliviada nas notícias, quando saírem.
Só que os avanços tecnológicos provocaram uma ampliação do acesso à informação, senão da maioria da população, mas ao menos nos setores mais críticos. Com o advento da internet, este processo se acelerou e ganhou proporções inusitadas após o surgimento das redes sociais.
O caso da derrubada de Rosni Mubarak, no Egito, e, localmente, no tétrico "então morra. morra", do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.
O vídeo, inicialmente mostrado em uma versão editada de um minuto, mostra o quanto a arrogância e a prepotência de uma figura pública. Caiu na rede e logo virou o assunto das mídias sociais em Manaus. A Secretaria Municipal de Comunicação tentou consertar colocando o vídeo na íntegra e acionou os meios de comunicação para que a idéia de que as frases infelizes perdessem força ao se alegar que foram usadas fora de contexto.
Se Manaus tivesse uma internet de qualidade, o vídeo poderia ter sido mostrado no íntegra e não a versão editada. Na versão integral, o concerto saiu pior que o soneto. Ficou mais evidente a estupidez com que o prefeito trata seu eleitorado. Do ignorar os apelos dos moradores, que aguardavam até com alegria, e isto pode ser ouvido pelo ensaio de um "Amazonino, cadê você", passando pelo "não diga besteira".
E quem ver o vídeo na íntegra, vai perceber as contradições de Amazonino, que chega dizendo que não dinheiro, não tem lugar, não tem material, fez a besteira, e saiu prometendo que ia ser o pai daquela comunidade, que ia dar madeira, lugar e, por fim, dizendo que "quem vai invadir é o Negão". Mas essa análise só se torna possível porque ao dar acesso à informação completa, deu a opotunidade de encaminhar a veículos de comunicação da chamada grande mídia, ganhando repercussão de proporções nacionais e mundiais.
É uma pena que o Amazonas, um estado que traz em seu currículo algumas conquistas consideráveis como ter sido o primeiro estado a abolir a escravidão quatro anos antes de a Princesa Isabel assinar a lei Áurea, o primeiro a fazer uma greve no país, o primeiro a ter iluminação pública, a ter um cabo transcontinental ligando Manaus a Londres para ter a cotação da borracha, ainda tenha que depender dos veículos de massa de São Paulo e Rio de Janeiro, para que estes desmandos e rompantes de arrogância e prepotência sejam mostrados.
Após as mídias sociais, os meios de comunicação, sobretudo os provincianos, têm que se reinventar e se adaptar a esta nova realidade. Mais ainda quando o acesso à internet, que hoje pode ser feito pelo telefone celular, for popularizado. O morador desabrigado da Zona Leste dirá, via tuíter, para o prefeito ou governador: O tempo é outro senhor!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Descontruindo um discurso com mentiras
Nos poucos momentos da manhã que eu me dedico a ver televisão, sempre que posso procuro ver o que fazem nossos representantes. Na manhã desta segunda-feira, 21 de fevereiro, já ouço de cara a reclamação do meu irmão de que cortaram a transmissão de um especial sobre o Teatro Amazonas para a sessão da Câmara Municipal de Manaus.
Eu como gosto de política, fui assistir no quarto enquanto meu irmao buscava algo mais interessante para assistir. Não, ele não é alienado, apenas não tem paciência para as sandices ditas nos parlamentos. E ele tem razão!
Vi o vereador Mário Frota, alegando defender-se da tribuna de ofensas que o presidente da Superintendência de Transportes Urbanos de Manaus, Marcos Cavalcante, teria feito a ele no programa da Baby Rizzato, na TV A Crítica, em relação ao fato de o edil ter entrado com uma ação para que a licitação dos transportes coletivos fosse alterada para que as cooperativas de transportes pudessem participar do processo, respaldado por uma lei federal sancionada pelo presidente Lula no dia 15 de dezembro.
As cooperativas, já anunciou Marcos Cavalcante, ficarão de fora da licitação por uma razão muito simples: no final de 2009, Amazonino tentou aumentar a tarifa do serviço de transporte executivo de R$ 2,50 para R$ 3,00. As cooperativas, como não visam lucro, se negaram a aumetar a tarifa e, depois de dois dias, conseguiram fazer com que Amazonino recuasse e retornasse à tarifa anterior. Duas semanas depois, após ameaçar tirar a concessão das cooperativas, Amazonino conseguiu que a tarifa fosse para R$ 3,0o para beneficiar duas emrpesa e prejudicar uma boa parte da população!
Até aí nada demais, mas o que veio depois foi um achincalhe à inteligência de qualquer um. O vereador Homero de Miranda Leão Neto, presidente da Frente Parlamentar Cooperativista de Manaus (Frencoop Manaus), deveria endossar a palavra de Frota, mas ao contrário, atacou como se ele estivesse condenando todo o processo licitatório, no que foi acompanhado logo a seguir peloo vereador Leonel Feitosa, ambos da base governista.
Ambos, Homero Neto e Feitosa distorceram o que Frota falou e, ao ouvir o vereador do PDT pedir direito de resposta, tentaram cercear a réplica a que tinha direito com a seguinte argumentação: ele não teria direito por ter sido citado, caso contrário teriam que dar direito de resposta até ao dizer bom dias aos outros colegas.
O fato é que, sem ter argumentos para defender, usaram a mais antiga e vil das táticas: desqualificação do crítico! essa estratégia, hoje em dia, se mostra tão ineficiente quanto um ato de desespero. Não foi ele quem disse que as cooperativas estariam fora da licitação, assim como não foi ele quem disse que as cooperativas tem o direito garantido por lei federal de participar deste processo. Mas foi o desqualificado! Ou pelo menos tentaram! Homero Neto, por ser da base aliada e, sobretudo, por ser presidente da Frencoop Manaus, tem a obrigação de apoiar e pedir a revisão do edital. E não atacar quem defende esta tese! Assim se faz política em Manaus!
Eu como gosto de política, fui assistir no quarto enquanto meu irmao buscava algo mais interessante para assistir. Não, ele não é alienado, apenas não tem paciência para as sandices ditas nos parlamentos. E ele tem razão!
Vi o vereador Mário Frota, alegando defender-se da tribuna de ofensas que o presidente da Superintendência de Transportes Urbanos de Manaus, Marcos Cavalcante, teria feito a ele no programa da Baby Rizzato, na TV A Crítica, em relação ao fato de o edil ter entrado com uma ação para que a licitação dos transportes coletivos fosse alterada para que as cooperativas de transportes pudessem participar do processo, respaldado por uma lei federal sancionada pelo presidente Lula no dia 15 de dezembro.
As cooperativas, já anunciou Marcos Cavalcante, ficarão de fora da licitação por uma razão muito simples: no final de 2009, Amazonino tentou aumentar a tarifa do serviço de transporte executivo de R$ 2,50 para R$ 3,00. As cooperativas, como não visam lucro, se negaram a aumetar a tarifa e, depois de dois dias, conseguiram fazer com que Amazonino recuasse e retornasse à tarifa anterior. Duas semanas depois, após ameaçar tirar a concessão das cooperativas, Amazonino conseguiu que a tarifa fosse para R$ 3,0o para beneficiar duas emrpesa e prejudicar uma boa parte da população!
Até aí nada demais, mas o que veio depois foi um achincalhe à inteligência de qualquer um. O vereador Homero de Miranda Leão Neto, presidente da Frente Parlamentar Cooperativista de Manaus (Frencoop Manaus), deveria endossar a palavra de Frota, mas ao contrário, atacou como se ele estivesse condenando todo o processo licitatório, no que foi acompanhado logo a seguir peloo vereador Leonel Feitosa, ambos da base governista.
Ambos, Homero Neto e Feitosa distorceram o que Frota falou e, ao ouvir o vereador do PDT pedir direito de resposta, tentaram cercear a réplica a que tinha direito com a seguinte argumentação: ele não teria direito por ter sido citado, caso contrário teriam que dar direito de resposta até ao dizer bom dias aos outros colegas.
O fato é que, sem ter argumentos para defender, usaram a mais antiga e vil das táticas: desqualificação do crítico! essa estratégia, hoje em dia, se mostra tão ineficiente quanto um ato de desespero. Não foi ele quem disse que as cooperativas estariam fora da licitação, assim como não foi ele quem disse que as cooperativas tem o direito garantido por lei federal de participar deste processo. Mas foi o desqualificado! Ou pelo menos tentaram! Homero Neto, por ser da base aliada e, sobretudo, por ser presidente da Frencoop Manaus, tem a obrigação de apoiar e pedir a revisão do edital. E não atacar quem defende esta tese! Assim se faz política em Manaus!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Encalhados no porto de R$ 26 milhões
Tem certas coisas que quando conto para amigos e conhecidos de outros estados eles dificilmente acreditam no primeiro momento. Neste dia 16 estava voltando do Castanho e, como estava vindo de carro com um amigo, tivemos que esperar a balsa das 18h porque perdemos a que acabara de sair às 17h. Na verdade, por não ter fiscalização nenhuma, acabou sendo a balsa das 19h que saiu às 19h30.
Neste intervalo de espera, ficamos conversando e de repente me dei conta de que tinha uma obra parada ali. Era um dos 42 portos que tiveram verba liberada pelo Ministério dos Transportes para o Governo do Estado e sei quantos que não saíram da prancheta. A obra foi iniciada em março de 2009 e com previsão de entrega para as vésperas das eleições de 2010. Até aí tudo bem, porque deveria haver um acordo sobre quem seria candidato e apoiaria o outro no pleito.
No entanto, quis o destino que os caminhos tanto do então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e do então governador Eduardo Braga, fossem para lados opostos. Com a relação azedada entre os dois, a obra, de grande importância para a melhoria da qualidade dos serviços que atendem pelo menos os municípios de Careiro da Várzea, Autazes, Manaquiri e Castanho, andou a passos de tartaruga. Aliás, deixemos o quelônio amazônida de lado que ele não tem nada a ver com isso. A obra simplesmente parou, mesmo os recursos da ordem de R$ 26 milões já tendo sido liberados.
Reparem no tempo decorrido: a obra iniciou em março de 2009, deveria ter sido entregue em 2010 e, em meados de fevereiro, ainda não passou de um monte de areia que alguns moradores aproveitam para fazer as suas pequenas obras ou reparos em casa. Ninguém me disse isso não, eu vi com estes olhos que hão de virar pedra!
A obra é de grande importância para a população, renderia votos para ambos os lados, já que Alfredo Nascimento saiu candidato para o governo e Braga saiu para o Senado. A bem da verdade uma inversão de papéis! Ma o pensamento político de Braga, que apoiou o vice Omar, foi além: não basta vencer e fazer vencer o seu candidato, tem que inviabilizar de todas as formas os adversários. E isto foi feito sem levar em consideração que a população daqueles municípios seriam, e foram, prejudicadas.
Recorrentemente vejo queixas, no Twitter, de usuários das balsas do Porto de São Raimundo. Na televisão e jornais, sempre que há um feriado prolongado aquela pauta batida nas saídas da cidade mostram que, pelo menos ali no São Raimundo, melhorou alguma coisa, mas o sufoco ainda continua o mesmo. Se bem que com a construção da ponte, ainda sem data para ser inaugurada, praticamente eliminará aquele porto que custou R$ 22 milhões.
Agora, muito se fala em ética na política, em um nova forma de administrar, em levar desenvolvimento para o interior, mas tudo isso não passa de discurso vazio e promessas de campanha. O Ministério Público faz vistas grossas e ouvido de mercador e deixa passar batido isso tudo, como se tudo estivesse tranquilo. Vale lembrar que é uma obra com recursos federais, portando cabe fiscalização do Ministério Público Federal.
Durante a campanha não se viu nos horários eleitorais de cada candidato a discussão do tema. Nem Alfredo foi mais contundente na cobranças das obras que ele liberou o recurso e nem Braga fes estardalhaço nestas ações. Fizeram o velho jogo de compadre.
No que isso vai dar eu não sei, mas que dá uma vergonha extrema de ver este tipo de coisa acontecendo, nem preciso repetir, já que sempre digo isso. Mas o momento de trazer o asunto á baila e fazer a minha parte de cidadão. A você, cabe também divulgar e discutir, no salão de beleza ou no boteco da esquina, não apenas este tema como também outros. Afinal de contas, você paga altos impostos para que obras sejam feitas. Mas feitas de verdade.
Neste intervalo de espera, ficamos conversando e de repente me dei conta de que tinha uma obra parada ali. Era um dos 42 portos que tiveram verba liberada pelo Ministério dos Transportes para o Governo do Estado e sei quantos que não saíram da prancheta. A obra foi iniciada em março de 2009 e com previsão de entrega para as vésperas das eleições de 2010. Até aí tudo bem, porque deveria haver um acordo sobre quem seria candidato e apoiaria o outro no pleito.
No entanto, quis o destino que os caminhos tanto do então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e do então governador Eduardo Braga, fossem para lados opostos. Com a relação azedada entre os dois, a obra, de grande importância para a melhoria da qualidade dos serviços que atendem pelo menos os municípios de Careiro da Várzea, Autazes, Manaquiri e Castanho, andou a passos de tartaruga. Aliás, deixemos o quelônio amazônida de lado que ele não tem nada a ver com isso. A obra simplesmente parou, mesmo os recursos da ordem de R$ 26 milões já tendo sido liberados.
Reparem no tempo decorrido: a obra iniciou em março de 2009, deveria ter sido entregue em 2010 e, em meados de fevereiro, ainda não passou de um monte de areia que alguns moradores aproveitam para fazer as suas pequenas obras ou reparos em casa. Ninguém me disse isso não, eu vi com estes olhos que hão de virar pedra!
A obra é de grande importância para a população, renderia votos para ambos os lados, já que Alfredo Nascimento saiu candidato para o governo e Braga saiu para o Senado. A bem da verdade uma inversão de papéis! Ma o pensamento político de Braga, que apoiou o vice Omar, foi além: não basta vencer e fazer vencer o seu candidato, tem que inviabilizar de todas as formas os adversários. E isto foi feito sem levar em consideração que a população daqueles municípios seriam, e foram, prejudicadas.
Recorrentemente vejo queixas, no Twitter, de usuários das balsas do Porto de São Raimundo. Na televisão e jornais, sempre que há um feriado prolongado aquela pauta batida nas saídas da cidade mostram que, pelo menos ali no São Raimundo, melhorou alguma coisa, mas o sufoco ainda continua o mesmo. Se bem que com a construção da ponte, ainda sem data para ser inaugurada, praticamente eliminará aquele porto que custou R$ 22 milhões.
Agora, muito se fala em ética na política, em um nova forma de administrar, em levar desenvolvimento para o interior, mas tudo isso não passa de discurso vazio e promessas de campanha. O Ministério Público faz vistas grossas e ouvido de mercador e deixa passar batido isso tudo, como se tudo estivesse tranquilo. Vale lembrar que é uma obra com recursos federais, portando cabe fiscalização do Ministério Público Federal.
Durante a campanha não se viu nos horários eleitorais de cada candidato a discussão do tema. Nem Alfredo foi mais contundente na cobranças das obras que ele liberou o recurso e nem Braga fes estardalhaço nestas ações. Fizeram o velho jogo de compadre.
No que isso vai dar eu não sei, mas que dá uma vergonha extrema de ver este tipo de coisa acontecendo, nem preciso repetir, já que sempre digo isso. Mas o momento de trazer o asunto á baila e fazer a minha parte de cidadão. A você, cabe também divulgar e discutir, no salão de beleza ou no boteco da esquina, não apenas este tema como também outros. Afinal de contas, você paga altos impostos para que obras sejam feitas. Mas feitas de verdade.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A culpa é da população!
Com os recentes casos de morte causados pela dengue, vi em vários programas na televisão manauara as autoridades apressando-se em justificar que os óbitos foram causados por focos em locais de difícil acesso ou que os moradores das áreas em que as campanhas do combate à dengue não havia chegado.
Ora, desde há muito tempo é sabido que neste período a dengue tem um aumento de casos em função das chuvas. Ainda neste dia 9 de fevereiro o deputado Marcos Rotta, em seu programa na Band Manaus, disse com todas as letras que o problema da dengue era culpa dos moradores que mantinham locais como foco do mosquito da dengue! Tenha santa paciência! Para que ele tenha noção de que tem uma parcela significativa de culpa nisso, já que como fiscal do poder executivo estadual, ele tem que cobrar ações do governo para o caombate à doença, vale lembrar que aquele espelho d´água na frente da ALEAM é também um foco de mosquito da dengue.
Mas jogar a culpa na população não se restringe apenas ao caso de dengue. Outro dia vi no Amazônia em Notícias, na TV Amazonas, o superintendente da ManausTrans e a presidente do Detran apressnado-se em colocar a culpa dos acidentes de trânsito nos motoristas e pedestres, como se tudo o que os dois órgãos fazem impedisse os acidentes. Campanhas educacionais funcionam se forem feitas perenemente, acompanhadas de medidas duras.
A Lei Seca foi aprovada em todo o Brasil mas me parece funcionar apenas no Rio de Janeiro, onde são feitas não apenas campanhas educativas, mas também são feitas blitzen todos os dias, por todas as áreas da cidade e em horários diversos. Com isto mudou-se a postura dos motoristas, criou-se uma nova cultura, a do motorista da vez, quando um amigo fica sem beber quando acompanha os amigos na balada. Por que não fazer o mesmo em Manaus? O que custa? Nada!
No quesito lixo nos igarapés, pode até parecer que o poder público tenha razão quando muitas pessoas jogam os vasilhames pet em qualquer lugar. Mas até onde se sabe, o que adianta colcoar o lixo na rua perto do horário em que o carro do lixo vai passar, se por vezes ele não passa e a chuva chega antes? Porque o poder público não obriga as empresas fabricantes e usuárias dos pets de fazer a coleta, já que ela se beneficiará também com a reciclagem do material? Porque o cidadão tem que ser o responsável por tudo isso?
Estes são apenas algumas questões em que o poder público tem a obrigação de agir e tomar as medidas necessárias para evitar este tipo de problemas, não apenas começar a tomar medidas paliativas e ir colocando a culpa na população por se omitir de sua obrigação. Você, cidadão, tem que cobrar do poder público, caso contrário, ele sempre vai colocar a culpa do que acontece de ruim, na sua pessoa!
Ora, desde há muito tempo é sabido que neste período a dengue tem um aumento de casos em função das chuvas. Ainda neste dia 9 de fevereiro o deputado Marcos Rotta, em seu programa na Band Manaus, disse com todas as letras que o problema da dengue era culpa dos moradores que mantinham locais como foco do mosquito da dengue! Tenha santa paciência! Para que ele tenha noção de que tem uma parcela significativa de culpa nisso, já que como fiscal do poder executivo estadual, ele tem que cobrar ações do governo para o caombate à doença, vale lembrar que aquele espelho d´água na frente da ALEAM é também um foco de mosquito da dengue.
Mas jogar a culpa na população não se restringe apenas ao caso de dengue. Outro dia vi no Amazônia em Notícias, na TV Amazonas, o superintendente da ManausTrans e a presidente do Detran apressnado-se em colocar a culpa dos acidentes de trânsito nos motoristas e pedestres, como se tudo o que os dois órgãos fazem impedisse os acidentes. Campanhas educacionais funcionam se forem feitas perenemente, acompanhadas de medidas duras.
A Lei Seca foi aprovada em todo o Brasil mas me parece funcionar apenas no Rio de Janeiro, onde são feitas não apenas campanhas educativas, mas também são feitas blitzen todos os dias, por todas as áreas da cidade e em horários diversos. Com isto mudou-se a postura dos motoristas, criou-se uma nova cultura, a do motorista da vez, quando um amigo fica sem beber quando acompanha os amigos na balada. Por que não fazer o mesmo em Manaus? O que custa? Nada!
No quesito lixo nos igarapés, pode até parecer que o poder público tenha razão quando muitas pessoas jogam os vasilhames pet em qualquer lugar. Mas até onde se sabe, o que adianta colcoar o lixo na rua perto do horário em que o carro do lixo vai passar, se por vezes ele não passa e a chuva chega antes? Porque o poder público não obriga as empresas fabricantes e usuárias dos pets de fazer a coleta, já que ela se beneficiará também com a reciclagem do material? Porque o cidadão tem que ser o responsável por tudo isso?
Estes são apenas algumas questões em que o poder público tem a obrigação de agir e tomar as medidas necessárias para evitar este tipo de problemas, não apenas começar a tomar medidas paliativas e ir colocando a culpa na população por se omitir de sua obrigação. Você, cidadão, tem que cobrar do poder público, caso contrário, ele sempre vai colocar a culpa do que acontece de ruim, na sua pessoa!
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