Das mais de 1,274 milhão de pessoas atendidas nas unidades de urgência e emergência em cinco meses de 2011, cerca de 40% foram aos locais em busca de consultas médicas para problemas que poderiam ser resolvidos na rede de atenção primária à saúde. A preferência pelas unidades de urgência e emergência, mesmo quando o caso é de menor complexidade, é constatada pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam) no acompanhamento dos atendimentos da rede. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, os prontos-socorros devem atender, prioritariamente, casos em que há risco de morte imediata, como em situações de acidente, agressão física ou problemas clínicos como um infarto. Mas é comum encontrar pelos corredores dos prontos-socorros quem busca atendimento para tratar uma simples gripe, relata o secretário.
A surpresa parece ser apenas do secertário, tendo em vita que a chamada rede primária da saúde, que deveria ser eita pela prefeitura, não atende a demanda por vários fatores. o principal deles é a falta de médicos seguido da falta dfe medicamentos. Ora, se o paciente não encontra atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), aquelas qaue saem bonitinhas na propaganda oficial, vai fazer o quê? Procurar os hospitais e pronto-socorro de emergência. né? Ou então se auto-medicar.
De janeiro a maio deste ano, o número de atendimentos nos prontos-socorros adultos e infantis e nas unidades dos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) da rede estadual de saúde do Amazonas cresceu 22,8% frente ao registrado no mesmo período do ano passado. “Todos são atendidos, embora às vezes ocasione superlotação. Não sendo um caso de urgência e emergência, o atendimento não é prioritário e o que pode ocorrer é que, surgindo uma situação mais complexa, como um caso de infarto de coração ou vítimas de acidente, as atenções serão voltadas para esses casos”, explicou o secretário.
O Hospital e Pronto-Socorro Doutor João Lúcio, que fica no bairro São José, na zona Leste de Manaus, é conhecido por atender vítimas da violência urbana. Unidade de alta complexidade, o hospital detém no seu corpo clínico especialistas de diversas áreas, entre elas neurocirurgia de trauma, cirurgia da cabeça e do pescoço e cirurgia bucomaxilo, que consiste no tratamento cirúrgico de cistos, enxerto ósseo, transplante e reimplante de dentes, entre outras coisas. Em maio, dos 22 mil pacientes atendidos no pronto-socorro, cerca de 8 mil estiveram lá buscando apenas uma consulta médica.
O diretor do HPS João Lúcio, Joaquim Neto, acredita que a rapidez na resolução do problema de saúde, com a medicação e realização imediata de exames, é o principal atrativo para as pessoas que buscam um pronto-socorro com um caso de menor complexidade. “Aqui além de o usuário encontrar a consulta médica, ainda tem a possibilidade do exame e do retorno imediato ao médico. A porta está aberta 24 horas para o acesso a qualquer cidadão em qualquer condição, mas a gente acredita que no momento do atendimento de uma consulta de ambulatório, pode-se negligenciar a possibilidade de uma pronto-resposta a um paciente grave que acaba de chegar”, destacou.
De acordo com o secretário de saúde, um inconveniente para a pessoa que busca o pronto-socorro estando com problemas menos complexos é a exposição a vírus e bactérias que circulam no hospital, de pacientes com quadros de doenças mais graves. “Se estou em casa e meu neto fica gripado, por exemplo, eu não preciso levá-lo para o pronto-socorro por isso. Ele tem que ir para o consultório do pediatra, que após examiná-lo vai orientar sobre como cuidar da gripe”, explica Wilson Alecrim.
Orientações para quem precisa de atendimento
Para pequenos problemas de saúde ou distúrbios passageiros, a população deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Prefeitura de Manaus para receber atendimento. A consulta é por ordem de chegada e ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. As unidades oferecem consultas de clínica médica para problemas como dores de cabeça, de ouvido ou garganta, febre, gripe, pequenos tumores, entre outras coisas.
Além disso, as UBS’s atendem casos de menor complexidade na área de pediatria, ginecologia, e também oferecem vacinação e realizam pequenos curativos. Nos casos de menor complexidade envolvendo a área de pediatria, o atendimento pode ser feito também em um dos 12 Centros de Atenção Integral à Criança (Caics), que fazem parte do sistema da rede estadual de saúde.
Para os idosos, a recomendação para consultas médicas em clínica geral é procurar os Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (Caimis, que também oferecem atividades complementares para os pacientes, como caminhadas e oficinas na área de saúde. A rede estadual dispõe de três Caimis para atendimento ao público.
Em casos mais complicados, que exigem maior cuidado médico, a população deve se encaminhar para uma das Policlínicas ou Fundações. Idosos e crianças também têm acesso a exames mais especializados para identificar e tratar casos mais complicados nos Caics e Caimis. As Policlínicas e Fundações também recebem pacientes com quadros mais graves através de encaminhamentos feitos por médicos das UBS’s, Caics e Caimis.
As Policlínicas e Fundações atendem a partir de consultas agendadas. As unidades oferecem exames como ultrassonografia, Raio-X e consultas em especialidades médicas como cardiologia, ginecologia, oftalmologia, dermatologia, gastroenterologia, ortopedia e mastologia. São seis fundações com atendimento especializado e seis policlínicas.
Para os casos que necessitem de exames mais aprofundados, exijam internação ou cirurgia nos pacientes, o atendimento pode ser realizado em um dos seis hospitais da rede estadual de saúde.
Os Serviços de Pronto Atendimento (SPA) são especializados no atendimento de casos de urgência simples como dores agudas, pequenos cortes, queimaduras, ferimentos, mordidas de animais, quedas, furadas de prego, unhas encravadas, diarreias, vômitos, febres, entre outras coisas. É possível fazer ainda curativos, nebulização e troca de sonda nos SPA’s. A capital dispõe de nove SPA’s e eles funcionam 24 horas por dia, inclusive durante os finais de semana e feriados.
“O sistema de saúde se organiza pelo nível de tamanho do problema. Pronto socorro é para urgência e emergência. As UBS’s para aquilo que não é urgente. E os SPAs, para as urgências que não são tão graves. Por exemplo, uma pessoa está em casa e leva um pequeno corte no braço que precisa levar cinco pontos. Não precisa ir ao pronto-socorro. Vai ao SPA mais próximo da sua casa. Agora se essa mesma pessoa sofre um traumatismo no braço com fratura, o atendimento é no pronto-socorro”, exemplifica o secretário de saúde, Wilson Alecrim.
Para atendimentos de urgência e emergência, a população deve se dirigir a um dos prontos-socorros da rede estadual de saúde. Eles também funcionam 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana, e são voltados ao atendimento de casos urgentes e graves como traumas causados por acidentes de trânsito, agressão física, queimaduras extensas, ferimentos por arma branca ou arma de fogo, envenenamento, ingestão de corpo estranho, afogamento, choque elétrico, mal-estar súbito (desmaio), dores intensas e repentinas.
Ao todo, a rede conta com cinco unidades na capital. Três para o público infantil: o Pronto-Socorro da Criança da Zona Sul; da Zona Leste; Zona Oeste. E outros dois para o público geral, que são o Hospital e Pronto Socorro Doutor João Lúcio e o Hospital Pronto-Socorro 28 de Agosto.
A partir de release da Agecom.
Muito boas as orientações! Também me recuso a ir em pronto-socorro se sei qual é o problema. Aliás, fui hoje à policínica da Codajás (Cachoeirinha) e o único senão foi a espera para marcar os exames e a fisioterapia, mas normal: faço raio-x amanhã e ainda pude escolher o horário. Nada tenho a reclamar de lá. Abraços!
ResponderExcluirPaz,
ResponderExcluirNossa estrutura da saúde pública nunca prestou um bom atendimento as pessoas.
É sofrimento e mais sofrimento1
Infelizmente na hora da possível mudança, escolhemos os mesmo. Há quanto tempo não é o mesmo grupo que manda no nosso Estado?
Até quando vai ser assim?
Abraços