sexta-feira, 22 de julho de 2011
E quem pune os governantes?
As fotos não deixam dúvidas! Foram tiradas no Tarumã e mostram caçambas da prefeitura e do governo descarregando entulho retirado de dentro da reserva ambiental em um residencial no Tarumã, que fica nos fundos da estrada da praia dourada, mais exatamente da invasão José Alencar.
As caçambas são da empresa Etam, que presta serviços para o governo do Amazonas e também estavam jogando dejetos do SóPraMim, ops, Prosamim, no ano passado. Aliás, um engenheiro desta empresa, após uma moradora fazer denúncia que saiu em um jornal local, recebeu a visita em nome do então governador Eduardo Braga, portando de um revolver calibre 38 na cintura, para intimida-la, dizendo "que ela deveria saber com quem estava se metendo". A denúncia, por razões óbvias, não foram levadas adiante. Esse espaço aí é área de preservação pois tem um braço do Tarumã-Açu, que acabará sendo atingido se continuarem a jogar lixo por lá.
As pessoas que fazem a denúncia agora não querem se identificar por razões óbvias. Com a reportagem feita no ano passado, o IPAAM e a SEMMAS foram ao local e impediram a destruição total da área. Passada a pressão por parte da mídia, como tudo no Brasil e em especial no Amazonas, a devastação do Tarumã segue e segue com quem deveria dar o exemplo.
Mas cabe aqui uma reflexão a ser feita por você, que lê estas mal escritas linhas: E quando é o poder público, naturalmente que sob a responsabilidade de seus gestores, que comete os crimes ambientais, quem os pune? A quem devemos reclamar? Que atitude tomar? Para quem tem cargo eletivo basta não repetir o erro, caso você tenha votado nestes que aí cometeram esse crime! Mas isso é eleitoralmente, como é um crime ambiental, a lei prevê punições que vão de multa a reclusão por até dois anos em caso de reincidência.
Bem, o prefeito Amazonino Mendes nunca ligou para as leis e sempre as desrespeitou certo de sua impunidade. O governador Omar Aziz, por não ter como se reeleger, não tem compromisso em fazer um bom governo, haja visto já ter quase estourado o orçamento do Estado em apenas seis meses.
Não nos cabe apenas lamentar, cabe-nos partirmos para ações mais práticas. Deixar a nossa zona de conforto e, primeiro fazer com que os parlamentares cumpram sua função constitucional de fiscalizar os atos do poder executivo; segundo, nós mesmos fazer essa pressão e mostrar o quanto nos indignamos quando vemos coisas erradas sendo feitas.
Fazer protestos silenciosos é tudo que essas pessoas que cometem não apenas crimes ambientais querem que façamos. Façamos barulho mesmo!
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