Ao assistir reportagem nesta segunda-feira, 19.09, sobre a falta de postos no interior do Amazonas, me ocorreu que, em um estado de dimensões continentais é primordial que se faça o atendimento para que o ribeirinho receba o seu benefício. Dos 17 postos existentes do Instituto Nacional de Seguridade Social, dez estão na capital. Quer dizer, sobram sete para atender os ouros 61 municípios, sendo que as distâncias no Amazonas são enormes e não se medem em quilômetros, mas sim em dias de barco.
Isso é uma prova cabal de que o interior está desassistido e completamente abandonado pelo poder público. Claro, há as medidas paliativas: constrói-se um barco no estaleiro de um amigo apaniguado e presta-se um atendimento sazonal, quando a medida que resolveria seria construir e implantar os postos de atendimento que, na pior das hipóteses, evitaria o transtorno e .eventuais fraudes.
Em municípios próximos ou distantes a situação é a mesma: quem quiser se aposentar ou resolver problema de pensão tem que ir ao município mais próximo ou a Manaus. De alguns lugares para Manaus a viagem é de uma semana. Pelo menos. E há ainda a questão de a pessoa não ter dinheiro para fazer essas viagens, mesmo de barco, quem dirá de avião.
Vi a agonia do prefeito de Apuí, Marcos Macil, fazendo campanha nas redes sociais para que os deputados amazonenses se sensibilizassem com a situação das pessoas que esperam se aposentar naquele município do sul do Amazonas, enquanto o prefeito do careiro, Joel Lobo, aguarda um convênio com o governo federal para a construção de um posto, pois já tem uma área destinada para isso.
Enquanto seu lobo não vem, o jeito para os interioranos será fazer um pé de meia para que possa comprar uma passagem de barco para Manaus e tentar obter o benefício após os longos anos de trabalho.
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