terça-feira, 26 de abril de 2011

O ressurgir da Fênix!

O Movimento Estudantil sempre foi um celeiro de lideranças políticas no Brasil. No Amazonas, infelizmente estava apagado nos últimos anos. Lembro de várias ações nos anos 80, 90 e meados da primeira década de 2000, em prol de benefícios como a meia passagem nos ônibus, meia entrada no cinema e espetáculos culturais, apoio a outras categorias como professores e servidores, bem como aos metalúrgicos.
Quando houve o golpe militar de 1964, os partidos foram proscritos, colocados na ilegalidade e a saída para os que permaneceram foram ingressar nos movimento sociais. O Movimento Estudantil certamente era o mais importante, de onde partiam as ações de defesa dos direitos humanos, de liberdade de expressão, enfim, de cidadania.
Não são poucas as histórias e nomes de pessoas que hoje estão no parlamento e passaram inclusive pela presidência da república que viveram aquele momento. Nem foram poucos os que desapareceram defendo a causa. Não cabe aqui falar sobre isso porque o momento que se vive é outro. Parecido, mas outro. Querem impor uma idéia, oprimir pensamentos. Não conseguirão! O tempo é outro senhor!
Nos anos 90, em 92, para ser mais preciso, houve uma disputa muito grande pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Estava presente apoiando a chapa Mosca na sopa, dos anarquistas, e ainda tinha mais a chapa do PCdoB, do PT e do PSDB. Sempre fui contra a presença dos partidos políticos nos movimento sociais após o processo de abertura, no final dos anos 70 e começo dos 80. Entendo que cada um tem que escolher se integra um partido ou não, mas que o partido não seja determinante nas ações que desenvolvam dentro dos movimento sociais.
Há algumas semanas atrás estive acompanhando o processo de discussão do aumento da tarifa do ônibus dentro da Ufam. Foi com imensa alegria que vi aquele movimento estudantil tomando forma novamente. Foi com satisfação que participei e dei minha contribuição não apenas com idéias, mas também indo aos atos públicos. Vi que a chama ainda estava acesa, pedindo para ser soprada , tal qual o pássaro mitológico, a Fênix, ressurgisse das cinzas.
Falei à época que as pessoas não deviam ter medo dos partidos para desenvolver as ações, muito ao contrário, devem cobrar dos partidos a participação dando a infra-estrutura, pela acolhida que eles tiveram do Movimento Estudantil nos anos de chumbo. Esse deve ser o pensamento!
Nesta quarta-feira, dia 27 de abril, de 9h às 21h, ocorrem as eleições para a diretoria do DCE 2011/12 da UFAM. Três chapas disputam, 10, 20 e 70. E desde já devo dizer que independente de quem saia vitorioso do pleito, o ressurgir do movimento estudantil dentro da Ufam resgata um importante segmento da sociedade. Essa é a vitória que os  participantes das eleições constroem nesse momento.
Que após a apuração, tanto eleitos quanto os que não alcançaram êxito, tenham a maturidade e a hombridade de somar esforços para atingirem os objetivos do próprio movimento estudantil. Sem desmerecer as outras unidades de ensino superior do Amazonas, seja ela privada ou particular, mas é sim o da Ufam que tem maior importância. Que a Fênix ressurja forte e assuma o seu lugar na sociedade!

http://www.youtube.com/watch?v=k-qYu-zRiGM

Um comentário:

  1. "Entendo que cada um tem que escolher se integra um partido ou não, mas que o partido não seja determinante nas ações que desenvolvam dentro dos movimento sociais."

    Realidade essa, dificil de ser controlada, a não ser, com a expulsão permanente de partidos políticos do meio.

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