A profissão de jornalismo não é aquele glamour todo que passa em filmes e novelas. Não é estar em cima das notícias o tempo todo, já que o fato não escolhe hora nem local. E, como não somos adivinhos, estamos sempre atrás da notícia.
Sempre queremos dar notícias boas, mas a prática é outra: notícia ruim é que vende! Essa lógica perversa se baseia na insana idéia de que os seres humanos ficam mais curiosos com tragédias e desastres, falcatruas e atos de corrupção, crimes e coisas absurdas das quais nem gosto de lembrar ou falar. Não gosto de incitar nenhum tipo de ato anormal! E para mim ato anormal é qualquer um que agrida de qualquer forma um outro ser humano.
A bem da verdade meu desejo é inverter essa lógica perversa! Por isso coloco aqui algumas coisas que eu realmente gostaria de noticiar:
Queria noticiar que todos os parlamentares do Amazonas cumprem seu papel de fiscalizar o Executivo e não que a maioria é subserviente.
Queria noticiar que não há problemas no trânsito e o sistema de transporte coletivo de Manaus é exemplar!
Queria noticiar que não há policiais corruptos e a segurança vai bem no Amazonas!
Queria noticiar que não houve obras fantasmas no Alto Solimões e que os recursos foram realmente aplicados!
Queria noticiar que a ponte sobre o rio Negro não foi superfaturada e já foi entregue!
Infelizmente, somos jornalistas e não ficcionistas. O nosso compromisso é com a informação, mesmo que a dos donos dos veículos de comunicação não seja e, na maioria das vezes, aquelas reportagens que queremos mostrar ficam guardadas em gavetas. Ou pura e simplesmente são cortadas!
Felizmente, os avanços tecnológicos são tantos que não existem apenas os veículos de comunicação e há a possibilidade de divulgar essas notícias não mais apenas em nossa cidade ou estado. As fronteiras praticamente sumiram e podemos mandar um e-mail, dar um tuíte ou postar um vídeo no YouTube e as pessoas poderão acessar as informações das mais variadas!
Dessa forma, o jornalismo ganhou mais força! Mesmo que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), GIlmar Mendes, diga que não precisa de diploma para ser jornalista. Mas ainda assim é preciso ter o registro! E isso é o mais importante! A luta é essa! Se a categoria fosse mais unida, não chegaríamos a tanto. os donos de veículos fomentam essa rixa, rivalidade, entre colegas, para que eles não se unam e fiquem fortes! Fortes, podem exigir melhores condições de trabalho e salários mais dignos! Fortes, podem tudo!
Infelizmente, tenho compromisso com a informação e essa é a mais dura delas a passar: jornalistas não são unidos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário