sábado, 28 de abril de 2012

Segurança não se resolve só com Ronda nos Bairros!

Não é porque fui vítima de assalto na noite desta sexta-feira quando ia comprar pão na padaria perto de casa. Foi o sétimo assalto que ocorreu no estabelecimento. No conjunto onde moro, as notícias de assalto são quase diárias. Como disse o dono da padaria: estou fazendo ocorrência porque cumpro uma formalidade, porque sei que não resolve nada. Isso revela algo preocupante que pode passar despercebido: a desesperança nas soluções dos problemas decorrentes.

Já ouvi vários relatos de assaltos e todos eles tem uma coisa em comum: poucos objetos são recuperados por dois motivos. O primeiro é que os bandidos logo repassam para receptadores ou trocam em bocas de fumos pertences como jóias e celulares, e o outro, que é mais grave, é que os próprios policiais ficam quando apreendem, sobretudo quando tem dinheiro ou mesmo celulares envolvidos.

Segurança pública envolve inclusive uma reavaliação da própria polícia. Não são raros os casos em que policiais estão envolvidos em crimes dos mais diversos. Já pedi este dado da Secretaria de Segurança mas nunca os recebi. Quando são passados para a imprensa não são confiáveis. Há sempre um medo de que possa haver retaliação quando se faz a denúncia contra policiais. E o motivo é simples: o policial pode simplesmente acabar com sua vida forjando um flagrante!

Não raro ouço de pessoas próximas de mim isto: prefiro negociar com um bandido que com um policial. O banido talvez você nunca mais veja, já o policial pode estar presente fazendo ronda perto de sua casa ou local de trabalho. Estou falando dos maus policiais que, felizmente, são minoria mas fazem um estrago danado à imagem da briosa polícia.

Mas voltando á questão da segurança, o policiamento ostensivo é importante, pois resolve, ou pelo menos diminui, ou ainda nos dá essa falsa sensação se segurança. Mas não basta isso. é preciso que políticas públicas sejam desenvolvidas paralelas a isso.E sao medidas de médio e logo prazo. Essas medidas, a meu ver, envolvem educação, esporte e cultura.

Educação porque tem que começar na escola, que deveria ser a extensão de casa. É preciso haver um uso maior das ependências de escla atémesmo para evitar que las sejam roubadas ou vandalizadas nos finais de semana. Raras são as escolas que possuem quadras de esprotes, por exemplo, e funcionam no fnal de semana.  Ah, mas isso tem custo. Claro, é preciso ser encarado como investimento. Da mesma forma que R$ 1 investido em saúde ecomimza R$ 4 em saúde a posteriori, quando se invste R$ 1 em educação, economiza-se sabe lá quanto em segurança, sistema penitenciário, saúde e tudo o mais. Chega de miopia cerebral, por favor!

Esporte e cultura porque são as melhores opções para ocupar o espaço e o tempo ocioso das escolas e das crianças! Formaremos melhores cidadãos e, quem sabe, potenciais atletas e artistas que certamente nos encherão de orgulho em um futuro não muito distante. Mas é preciso que comecem a tomar estas medidas já, urgentemente. Caso contrário, teremos um verdadeiro batalhão de marginais nas ruas!

É isso!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Imagine se investisse em turismo?

Atrair 755 mil turistas em um ano pode ser considerada uma vitória! Não que o estado e, mais ainda, esta cidade-estado chamada Manaus tivesse estrutura. O Amazonas tem um potencial turístico enorme, está em um lugar em que o mundo todo quer conhecer, mas no entanto carece de uma infra-estrutura melhor e explorar de forma mais objetiva.
Já escrevi anteriormente que o Amazonas é um estado turístico mas não para turistas. Mas os dados divulgados pelo governo do estado hoje mostram que ainda há muito a crescer. A estimativa do Rio de Janeiro, estado mais visitado do Brasil, era de que três milhões, isso mesmo, TRÊS MILHÕES, de turistas visitassem a cidade apenas no verão.
Hoje, um turista que vem a Manaus tem poucas opções! Em apenas dois dias pode ir ao Teatro Amazonas, Encontro das Águas, alguns museus e... vai fazer o quê mais? Sem contar que o serviço para turistas em Manaus é sofrível: falta pessoas que falem mais de um idioma, as áreas onde pode-se comer os pratos típicos são localizados em locais pouco seguros, a orla da cidade é realmente de dar vergonha tamanha a desorganização e sujeira, enfim, uma série de coisas básicas que merecem uma atenção melhor por parte do poder público.
No Amazonas há diversos locais que podem ser explorados em pesca esportiva, turismo de aventura, ecoturismo e tantas outras vertentes que podem ser exploradas e sequer são incentivadas. Estamos sentados em uma mina de ouro e não a estamos sabendo explorar.


Abaixo o release enviado pela Agência de Comunicação do Estado.


Amazonas bateu a marca de 755 mil turistas em 2011



O Estado do Amazonas, em 2011, registrou um fluxo de 755.058 turistas residentes no Brasil e no exterior. O registro do ano passado representa um crescimento de 12% em relação a 2010, quando o Estado recebeu 675.713 turistas.



Esses dados são baseados no Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH), na Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH) e na movimentação de passageiros do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.



Do total de turistas que o destino recebeu no ano passado, 400.466 eram turistas nacionais e 266.254 eram estrangeiros. Nesse fluxo ainda foi registrado um volume de 88.338 pessoas que não especificaram sua procedência.



De acordo com a presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Oreni Braga, esse aumento no fluxo reflete o trabalho realizado pelo Governo do Estado na divulgação do Amazonas como destino turístico nas feiras nacionais e internacionais do segmento e que representa vários pontos positivos para o Estado, entre eles a movimentação financeira gerada pela visita dos turistas.



“Com certeza, esse é um dos principais ganhos para o destino, mas esse aumento acende uma luz de alerta para trabalhar mais e melhor para preparar cada vez mais nosso Estado”, disse a titular da pasta do turismo.



Um dos destaques do fluxo de turistas de 2011 foi o aumento de 13% no volume dos turistas nacionais. Em 2010, o Amazonas recebeu 352.879. Já no ano passado, esse número foi para 400.446. “O brasileiro começou, de fato, a conhecer o Amazonas e isso estamos percebendo nos últimos anos. Umas das justificativas para isso é a forte atuação do Governo do Estado nos principais eventos do setor fora e dentro do Brasil”, enfatizou Oreni.



A movimentação de internacional registrou um aumento de 10% em relação a 2010 (quando o Estado recebeu 241.510), chegando a marca de 266.254 turistas. O fluxo ainda registrou a chegada de 88.338 turistas que não especificou sua procedência.



Movimentação no aeroporto registra crescimento – De acordo com dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a movimentação doméstica de passageiros no Aeroporto Internacional de Eduardo Gomes no ano passado foi de 3.228.621 passageiros, o que representou um crescimento de 16% em relação a 2010, quando foi registrado 2.787.657.

Dia do índio? E há o que comemorar?

Datas comemorativas sempre me remeteram a um questionamento profundo: porque homenagear se temos um débito a honrar? Eleger um dia para prestar solidariedade é um desencargo de consciência pura e simplesmente.
E no caso específico do índio o desencargo é ainda maior. O Brasil não foi descoberto, foi invadido! Quando chegaram por estas plagas os portugueses, já encontraram os gentios que, por não serem cristãos foram considerados com alma somente
Na comemoração dos 500 anos do "descobrimento" em 2000, um índio pataxó não incluído nas falas, conseguiu exprimir a exata medida do que representa a chegada dos portugueses: São 500 anos de sofrimentos, de massacres, de exclusão, de preconceito, de exploração, de extermínio de nossos parentes, aculturamento, estupro de nossas mulheres, devastação de nossas terras, de nossas matas, que nos tomaram com invasões. Hoje querem reafirmar a mentira do descobrimento"
A igreja perdiu perdão, mas de fato nada se faz quando se notícia casos como o da criança indígena que foi queimada viva no Maranhão. O índio Galdino Pataxó somente teve repercussão porque foi no centro do poder brasileiro.
No Alto Solimões, desterrados, dezenas de índios Ticunas suicidam todos os anos. Alguns nãpo entram sequer nas estatísticas e muitos deles são vistos bêbados ou jogados pelas sarjetas das cidades da região. Mais do que comemorar, o momento é de resgatar não apenas a história, mas também a dignidade e a altivez desta nação que foi dizimada em um verdadeiro genocídio em toda a América.
É isso!