quarta-feira, 30 de março de 2011

Continuem sem discutir política!

Por Eustáquio Libório

A Comissão Especial da Reforma Política do Senado Federal aprovou, na noite desta terça-feira, o sistema eleitoral proporcional com lista fechada. Por esse sistema, o eleitor vota no partido, o qual define os candidatos e a ordem de preferência para eleição.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) votou a favor e o senador Eduardo Braga (PMDB) votou no sistema apelidado de “distritão”. O sistema aprovado pela comissão senatorial parece ser o escamoteamento do candidato para o eleitor, principalmente em um país onde poucos são os partidos que têm militância forte, além da baixa participação do povo nas agremiações partidárias.

Isso quer dizer que independe no candidato que você votar, quem vai decidir o candidato que assumirá o cargo para o qual você votou é: o partido! Prestem atenção em quem votou no quê!

Nota do blogueiro: Ora, é o maior retrocesso que existe em política o fato de o partido escolher quem será eleito. A votação do eleitor perde validade, já que pela contagem, de acordo com a proposta vencida e defendida pela senadora Vanessa Grazziotin, o partido manda uma lista com o nome, em ordem de quem vai assumir, independente da quantidade de votos que o candidato receba! Logo...

terça-feira, 29 de março de 2011

Democracia não é só votar!

Muito de fala sobre vivermos em uma democracia, sobre o quanto se lutou para que tivéssemos o direito de ir às urnas como se esse fosse o ato derradeiro de cidadão. Mas não é isso apenas. Não basta apenas votar e voltar para a casa alugada em um bairro sem urbanização da periferia, dentro de um ônibus velho e lotado passando por ruas esburacadas.

Aliás, por viver nessas condições, o cidadão deveria exercer o principal fundamental da democracia: cobrar a quem ele deu o direito de defender os seus direitos no parlamento ou, executar, no caso dos gestores. Normalmente o papel de fiscalizar os atos do executivo é dos parlamentares, mas não é o que ocorre porque os mesmos confundem, ou se deixam levar pro ser amigo do rei e acabam deixando de lado quem os elegeu.

No caso dos governantes, por fazerem campanhas milionárias, por vezes gastando dez vezes mais do que receberão em salário, precisam reembolsar empreiteiras, empresas de ônibus e outros fornecedores da União, Estados e Municípios através das licitações. Foi assim com a Consladrões, ops, Consladel, que deu R$ 470 mil para a campanha do prefeito Amazonino Mendes, e levou um contrato de R$ 93 milhões.

Mas o exercício de cidadão aqui no Amazonas está se tornando mais difícil. O hábito de ser crítico e dizer o que se pensa vem se tornando insuportável, sobretudo nas redes sociais, em função de haver uma verdadeira tropa de choque, do tipo daquela que defendia o ex-presidente Fernando Collor. Mas pior que isso é o efeito que causa nas outras pessoas: elas não fazem mais o debate que era peculiar no twitter, por exemplo. A definição que melhor explica a situação foi dada neste dia 28, pelo Ismael Neto: a gente já é meio hanseniano aqui no TT...

Que o exercício de liberdade de opinião seja preservado. Sempre!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Insegurança: mais uma ameaça para a Manaus sede da copa!

Quando veio à tona o caso dos policiais que atiraram em um menor de forma covarde, tamém se descortina problemas que sempre são encobertos pela propaganda oficial, instrumento poderoso muito utilizado em regimes totalitários. Mais que isso, denota que quando se está à frente de desafios enormes, e sediar uma Copa do Mundo é um deles, a capacidade de resolver as questões são inversamente proporcionais e vão minguando.

O episódio demonstra apenas que não temos uma polícia preparada para sequer para resolver questões internas, quem dirá para fazer atendimento e proteção a turistas. Duvido que a Secretaria de Segurança tenha sequer dados sobre assaltos a turista nos últimos anos. Sequer tem uma polícia especializada no assunto. E Manaus já foi mais visitada por turistas!

A Fifa não perdoa, exige cumprimento de prazos e de seu caderno de encargos. Se a quesão da mobilidade urbana fica exposta a olhos vistos quando saímos de casa e enfrentamos engarrafamentos injustificáveis, a segurança, ou melhor, a falta dela, nos deixa bastante claro que temos muitas questões a resolver e nenhuma propaganda, por melhor que seja, pode mudar isso.

Fazer a crítica é parte da democracia, mas apontar soluções é exercício de cidadania. E aqui ai uma sugestão: façam exame toxicológico em toda a polícia para detectar, e tratar, os dependentes químicos que estão na segurança pública do Amazonas, sobe pena de termos mais casos como o do policial da Raio, uma força tática especializada que foi preso em um boca de fumo comprando droga. Ele havia sido afastado das funções na rua e, sem autorização, estava armado e usando uma moto da corporação, direito que lhe havia sido retirado.

E que a questão da segurança não seja tratada apenas em função da Copa do Mundo, mas que seja feita de forma peremptória, categórica e permanente, para que nós, cidadãos, não nos sintamos intimidados ante a uma figura que deveria impor respeito e transmitir segurança, e na medo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Matuto

Por Maurício Silva

Há coisas na vida que nos fazem pensar. Repensar. E pensar novamente. Sobre a nossa própria vida, em geral. Sobre nossas amizades, nossas redes sociais. Sobre nosso papel neste mundo.

Por mais incrível que pareça, uma das coisas que mais nos faz pensar na vida é a morte. Pensamos nela em vários momentos. Ao que parece, quanto mais se vive, mais se pensa na morte. E quanto mais próxima a sombra mortalha, mais pensamos a vida em retrospecto. Parafraseando os Titãs, em Epitáfio:

Devia ter amado mais, chorado mais, arriscado mais e até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer. Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o Sol nascer... (queria) ter aceitado as pessoas como elas são / a vida como ela é...

Também costumamos pensar na morte (e na vida) quando alguém próximo de nós se vai.

Foi o que ocorreu comigo, no dia de ontem.

Não me era nenhum grande amigo, o “matuto”. Era um conhecido com quem trocava palavras. Falávamos sobre futebol, geralmente. Amenidades.

O matuto também não era nenhum jovem. Os cabelos brancos e as rugas no rosto e nas mãos calejadas indicavam que já passava dos 50, talvez 60. Parecia estar em boa forma, no entanto, e esbanjava bom humor e disposição.

Também me mandava e-mails engraçados, desde piadas até filosofia de boteco. Mandava também uns e-mails sem conteúdo algum, o que me fazia rir tanto quanto dos outros.

Eu nunca respondia os e-mails do matuto. Talvez tenha chegado a enviar um ou dois de volta, provavelmente alguma baboseira sobre política. Provavelmente nada que o faria rir como ele me fazia.

Mas talvez o que mais me tenha doído sobre a morte do matuto foi a forma com que outras pessoas a encararam. Parecia mais uma fofoca, daquelas recém-saídas do forno. Daquelas que nos fazem pegar o telefone e ligar pra contar pra alguém. O trabalho continuava. A rotina continuava.

Mas não pra mim.

Não estou dizendo que essas outras pessoas estão certas ou erradas. Que são melhores ou piores. No fundo, talvez nunca tenham tido muito contato com o matuto. Talvez nunca tenham recebido uma piada sua, ou uma mensagem sem conteúdo.

O que é triste é que, em não tendo recebido as mensagens sem conteúdo, elas também deixaram de receber a mensagem derradeira do matuto: a vida é frágil, viva hoje.

Este é o “novo” Brasil? PM´s do Amazonas atiram à queima roupa em jovem da periferia

Da Itália
A lembrança torna veloz aos anos 80, ao documento da Escola Superior de Guerra brasileira que, refererindo-se à pobreza, aos sofrimentos e à violência daquele Brasil, falava da necessidade de “eliminar o problema”. A memória torna veloz àquela Manaus, fronteira amazônica e aos seus garotos torturados e assassinados cotidianamente nas delegacia de policia. O crime? Ter roubado uma botija de gás, ter incomodado o comerciante da periferia.

Assassinava-se por um nada naquele país refém de uma hiper inflação e que acabava de sair de uma ditadura que havia destruido inteiras gerações.
As crianças, o bem mais precioso de qualquer nação, estavam sendo extintos. Quando a cola que cheiravam não produzia os estragos nutrindo exércitos de “meninos de rua” era o estado de policia da pós ditadura que os eliminava. Os corpos encontrados nos varadouros, os “desovados”, eram chamados de vítimas de guerras entre gangs.
Se isso tivesse sido verdade Manaus, e boa parte do Brasil, viveu uma verdadeira guerra civil na década de 80.
Hoje dizem que o Brasil está diferente. Cresce, é um dos “grandes” do mundo.
Nunca será se não enfrenta com responsabilidade a desigualdade econômica, o escravismo moderno das classes dominantes. As imagens demonstram nesse vídeo.

Traduzione:
Questo è il “nuovo” Brasile? Poliziotto spara a bruciapelo a ragazzino nella periferia dello stato di Amazonas
La memoria torna veloce agli anni ’80, al documento della scuola superiore di guerra brasiliana che, riferendosi alla povertà, ai disagi e alla violenza di quel Brasile, parlava della necessità di “eliminare il problema”. La memoria torna a quella Manaus, frontiera brasiliana, e ai suoi ragazzini torturati e assassinati nei commissariati di polizia. Il crimine? Aver rubato una bombola di gas o aver dato fastidio al piccolo commerciante locale.
Si uccideva per un nulla in quel paese ostaggio della superinflazione e appena uscito da una dittatura militare che aveva spazzato via intere generazioni.
I bambini, il bene più prezioso di qualsiasi paese, venivano estinti. Quando la colla da sniffare non produceva i suoi danni, nutrendo interi eserciti di “meninos de rua”, toccava allo stato di polizia del dopo dittatura. I cadaveri ritrovati nelle boscaglie venivano bollati come i “desovados”, ovvero le vittime della guerra tra le gang.
Oggi il Brasile è diverso, ci dicono. Cresce, è uno dei grandi del mondo.
Non lo sarà mai se non affronterà con responsabilità la disuguaglianza economica, la schiavitù moderna delle classi dominanti. Le immagini lo dimostrano.
Il video mostra un poliziotto che spara a bruciapelo ad un giovane di un quartiere periferico dello stato di Amazonas/Brasile.

Essa é a segurança que prometeram?

Violência policial é um assunto que nunca me surpreendeu! Nem por isso eu deixo de me indignar com as ações as quais tomo conhecimento. Quando vi a reportagem na TV A Crítica e depois a versão online não pude deixar de lembrar, e expor, o que mais acontece na briosa Polícia Militar do Amazonas. E digo isso para proteger a história desta centenária instituição que não merece a parte suja que a integra hoje.

Lembro, por exemplo, o assassinato da estudante Ana Délia Albuquerque, em 1992, assaltada, estuprada e assassinada por um policial militar, fardado, que estava de férias. A exemplo do que foi feito no caso do estudante que hoje vive em programa de proteção à testemunha, o comando da PM também negou as acusações e defendeu os criminosos fardados. Menos mal que o estudante sobreviveu e pôde fazer a denúncia.

Não são poucos os números de policiais que são afastados ou sendo investigados por associação ao tráfico, extorsão, concussão, e outros motivos que levam à expulsão da corporação. Mas espera aí, essa e a palavra-chave, da qual deriva corporativismo, que é exatamente onde se baseia o argumento de legítima defesa apresentado pelo comando da PM.

Lembro bem quando do episódio da morte de Ana Délia, questionamos o comando da PM o que estava sendo feito, nos responderam que estavam sendo feitas diligências e tudo o que fosse possível, pois o caso estava tendo uma grande repercussão na imprensa. Eis aí um outro grande motivo de rápida averiguação: a pressão de familiares e amigos junto ao poder público através da imprensa. Mas será que sempre será assim, as coisas por aqui somente funcionam se houver exposição na mídia? Não dá para cumprir o seu dever?

Mas um episódio mais grave ocorreu naquele caso: a PM já estava com o autor do crime contra Ana Délia preso e estava relutante em apresentá-lo. Como a irmã de Ana Délia sobreviveu, identificou o autor, o ex-pm Afonso Araújo de Almeida, e havia pistas sobre o paradeiro dele, temia-se pela integridade física dele. Ora, na época estava em discussão a pena de morte e os amigos e familiares eram, e ainda são, contra. Portanto, essa argumentação é falsa. O mesmo argumento pode estar sendo usado agora mas, como antes, não deve se sustentar.

Lembro bem que o governador Omar Aziz disse, logo após ter sido reeleito, que cuidaria pessoalmente da segurança independente de quem fosse o secretário. Pois bem, ele fez o desafio a si mesmo e sei que não se resolve de uma hora para outra, até porque exige a realização de concursos, treinamento, melhor aparelhamento, inclusive do setor de inteligência e perícia. Mas espera aí, ele já está no governo, ainda que como vice e, por algum tempo como secretário de segurança, e as coisas não melhoraram. A desculpa de que era um outro governo nem pode ser usada aqui.

Foi anunciado pelo próprio Omar investimentos de R$ 200 milhões para a implantação do programa Ronda nos bairros, que foi o grande mote da campanha. Espero que seja realmente bem aplicado. Mas espero também que outras medidas sejam tomadas para que haja uma depuração do atual quadro da segurança pública do Amazonas. Eu já fui parado por policiais visivelmente drogados, já vi policiais recebendo propina, já vi policiais agredindo pessoas sem que nada elas tivessem feito e, se outras pessoas forem questionadas, poderão ter histórias parecidas ou diferentes, mas sempre haverá.
Que não sejam jogados para debaixo do tapete os casos de falta de investimentos como o que foi mostrado nesta terça-feira, 23.03, em que a "viatura" que faz o policiamento é um carro descaracerizado de 2002. Isso é o que é mostrado e contradiz o que divulga a propaganda oficial!

Conheço inúmeras pessoas que tem mais medo da polícia do que de bandidos, pois se forem assaltadas, é só aquilo de material que levam. Claro que existe ainda o trauma que fica. Mas é bem pior encontrar um policial mau intencionado, atrás do “do guaraná”, que pode forjar um flagrante e acabar com a vida de uma pessoa. Esse é o mau maior! E não é essa segurança que queremos, bem como cabe a pergunta: é essa a segurança que nos prometeram?

E para os que pensam que desejo um mau governo a Omar Aziz estão redondamente enganados. Muito ao contrário, desejo que ele faça um governo de avanços no combate à corrupção, sem superfaturamento em obras, que incentive a geração de emprego e renda, que fortaleça a economia do interior, entre tantas outras coisas. É isso!
Post scriptum: sempre converso com colegas da imprensa sobre fazer reportagens abordando o assunto e sempre ouço as mesmas alegações de que o veículo em que trabalha não fará porque tem comprometimento com o poder público ou, pior ainda, temem receber ameaças por parte de policiais.
P.S.2: Quero deixar bem claro que na corporação da briosa Polícia Militar do Amazonas a maioria é de bons policiais e estes, em respeito á farda que usam, deveriam ser os primeiros a pedir pela saída dos maus policiais que enxovalham e desonram a corporação.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Porque escolhi o PEN!

O ser humano é, por essência, um ser político. É assim quando nem mesmo pensamos que estamos sendo. Seja no trabalho, em casa, na escola, na rua, enfim, em qualquer lugar que estejamos, estamos cometendo atos políticos. Não quer dizer necessariamente política partidária, como se costuma pensar logo que se fala no tema, mas é sim um ato político.

Também é um ato político quando nos queixamos do mau atendimento em um estabelecimento comercial ou repartição pública, ou quando nos manifestamos contra qualquer tipo de injustiças ou medidas dos governantes quando assim as consideramos. Deveríamos exercitar isso sempre, tornar isso um hábito. Sobretudo porque isso é um reflexo do nosso amadurecimento como cidadãos. Aliás, ser cidadão exige em mais do que exercer o direito ao voto, esse engodo que por décadas nos fizeram engolir como se fosse a solução de todos os nossos problemas.

Não é bem assim! Votar é apenas a metade do caminho, pois para fazer a escolha que o processo eleitoral já nos exige o exercício de escolher por aquilo que consideramos ser a melhor alternativa. No entanto, a cultura assistencialista, da falta de discussão dos projetos, até mesmo porque em alguns casos eles sequer existem, do nojo que fizeram a maior parte da população sentir pela política, através do desbotado, mas ainda infalível discurso do: futebol, religião e política não se discute!

Ora, futebol é a paixão nacional e, como toda paixão, é irracional. Mas ainda assim se permite discutir. Religião e política se baseiam na ignorância, que vai no caminho diametralmente oposto de discussão, onde se expõem argumentos e, portanto, se leva a esclarecimentos. De religião falo em um outro momento, pois agora trato de política.

Por toda a minha vida acompanhei política. Participei e vi momentos importantes da política local e nacional. Foi assim na luta pela meia-passagem dos ônibus, dos comícios pelas diretas-já, das inúmeras manifestações grevistas de diversas categorias, sobretudo dos professores. Participar do movimento estudantil era a escola de formação política, de onde se ganhava a prática da discussão e se desenvolvia o poder da oratória, da leitura de teóricos execrados. Ah Bakunin, Malatesta, Proudhon, Nietszche, Foucault, quase nada de Marx. Sim, eu não sou marxista!

Durante esses quase 30 anos de militância política, em algumas campanhas trabalhei em serviço de assessoria, apostando que as coisas poderiam mudar. Por vezes vi as coisas acontecerem, como em 88 quando Arthur Neto venceu Mestrinho, era uma centelha de esperança em um momento delicado, em que as práticas populistas pareciam estar se encerrando. Ledo engano! As forças que mandam, e comandam, a política amazonense ainda são muito fortes.

Mas o tempo passou e sobrevivi a Gilberto Mestrinho e estou vendo os últimos dias de Amazonino Mendes. Bem como vejo um hiato político causado pela última campanha e acentuado pelo anúncio de que o PSD será formado com a cisão do PSB e os dissidentes do PSDB e do DEM. Mas não é isso que me faz tomar a decisão de me filiar a um partido, sobretudo após tantos anos militando e sendo acusado de integrar esse ou aquele partido. Meu caminho é outro. Escolhi o PEN, no qual estou empenhado em colher assinaturas de apoio.

O que me leva a ingressar no Partido Ecológico Nacional é que as pessoas que o integram no Amazonas tem o mesmo pensamento que eu. O partido não é ligado a esse ou aquele grupo, menos ainda tem medalhões da política nacional ou regional! Tem orientação de centro-esquerda. Mas mais que isso, não é um partido novo com velhas práticas, velhas mentalidades, velhas pessoas, mas sim um novo partido, com novas pessoas.

Pessoas que se opõem a oligarquia que impera no Amazonas e no Brasil. Conheci o PEN através do Linvinston Ferreira, quando fui ao Careiro-Castanho para conhecer o município. Fiquei surpreso com o desenvolvimento pelo qual a cidade passou e mais ainda por saber que tinha quase nenhuma verba do estado. Isso depois de passar por uma gestão desastrosa que deixou um rombo de R$ 15 milhões.

Também integra o partido no Amazonas o Marquinhos da Macil, prefeito de Apuí, um outro município que também não é alinhado com o governo estadual. E demonstrou isso na última campanha tendo sido o único no estado que impôs derrota ao grupo que domina. Não à toa tem dificuldades em fazer convênios com o governo.

Mas se é para ser ecológico, porque não ingressar no PV? Porque penso que é possível sim trazer desenvolvimento e preservar a natureza ao mesmo tempo e não é que o PV prega! Porque sou cooperativista e sei que esse modelo é o ideal para que haja distribuição de renda e geração de emprego para a população. E, pelo que ouvi da própria Marina Silva, há um desconhecimento total dela sobre o assunto.

Antes de tomar essa decisão ouvi várias pessoas e por várias vezes as ouvi me dizendo que seria importante sair uma pouco mais do discurso e partir para a prática. Mas sobretudo ouvi a minha consciência de que o momento para dar a minha contribuição mais efetiva ao desenvolvimento para o Amazonas é agora e por este partido. E assim o será!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Licitação em Manaus, um jogo de cartas marcadas!

Após o escândalo da Consladrões, ops, Consladel, apresentado em reportagem no Fantástico, a atual gestão da prefeitura de Manaus mostrou como trata a coisa pública: disse que manterá e renovou o contrato com a empresa. E você deve estar achando um absurdo, não é? Pois não é! Se você for analisar outros contratos de licitações da prefeitura de Manaus poderá encontrar outros casos mais escabrosos. O bola da vez é o do transporte coletivo, que está em vias de ser anunciado o resultado. Para começo de conversa elimina a tarifa social aos domingos, que é de R$ 1,10. Criada em 2005 pela gestão anterior, permite aos usuários pagar pelo serviço que é prestado, tendo em vista que as empresas reduzem o número de veículos para fazer o transporte da população. Um outro ponto já pré-definido nessa licitação é que o transporte executivo, atualmente feito pelas cooperativas de transporte e mais duas empresas, deixará de ser feito apenas pelas empresas, já credenciadas. Mas o detalhe escabroso não está aí, mas sim na história. Em 2009 Amazonino Mendes tentou passar a tarifa do executivo de R$ 2,0 para R$ 3,00. As cooperativas se recusaram a dar o aumento por um motivo muito simples: prejudicaria a população e colocava em cheque o já combalido sistema. Uma paralização dos motoristas obrigou o alcaide teve que retornar ao preço de R$ 2,50. O prefeito, humilhado, teve que recuar, mas sob a ameaça de tirar a concessão das cooperativas, conseguiu seu objetivo: passagem do executivo em R$ 3,00. Para participar da licitação, as empresas que concorrem ao processo de licitação, precisam dar garantias de que possuem garagem e ônibus em Manaus. Qual não foi a surpresa ao verem que as empresas novas que querem operar aqui apresentaram garagem e ônibus de empresas já existentes e operando na cidade. Ou seja, será trocar seis por meia dúzia! Mudarão apenas os nomes das empresas, os proprietários serão os mesmos!


No começo deste ano, Amazonino prometeu mil ônibus sem que a tarifa fosse elevada. Essa era uma das condições para que as empresas permanecessem operando. Mais uma vez foi palavra jogada ao vento. O aumento vem antes dos ônibus. Mas um detalhe que quase passa despercebido é que tudo que está sendo anunciado, como a elevação da tarifa para R$ 2,80, 26% do valor de R$ 2,25, é um valor que já estava pré-definido. Os cálculos para chegar a esse valor nunca são mostrados. O titular da Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Marcos Cavalcante, já havia anunciado antes que as cooperativas ficariam de fora, disse que o aumento vai para a análise do prefeito. Ora, se o valor já foi passado baseado em uma planilha de custos que ninguém tem acesso, o máximo que poderemos ouvir do prefeito é o seguinte: “O Negão aqui, que é o pai de todos vocês, que está sempre pensando no bem de vocês, não ai ceder aos empresários e não vai dar esse aumento de R$ 2,80 porque é um exagero tal qual queriam me cassar por aquela declaração infeliz. Pensando em vocês, para não ficarem com o problema do troco, a tarifa ficará em R$ 2,75”.



Post Scriptum: E para quem não lembra, ou não sabe, Marcos Cavalcante já foi presidente da antiga Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU), em 1998, e foi eleito vereador com apoio das empresas do sistema de transporte coletivos. Entre suas realizações foi a quase cassação, após ser ob­jeto de uma CPI pre­si­dida pelo ex-vereador Gilson Gon­zalez, que apurou três acusações, com destaque para a dis­tribuição de placas de táxis, em Manaus e manutenção de fun­cionários fan­tasmas no órgão.



quarta-feira, 16 de março de 2011

Mobilidade urbana pode deixar Manaus fora da Copa de 2014

O deputado Marcelo Ramos (PSB) foi a Brasília hoje para checar a informação de que Manaus não assinou o termo de compromisso de mobilidade urbana, estabelecido pela Fifa (Associação das Federações Internacionais de Futebol, da sigla em inglês) para a realização da Copa do Mundo de 2014, o que pode deixar Manaus de fora. “Isso é um fato gravíssimo e merece que a informação seja checada junto ao Ministério dos Esportes para que sejam tomadas as devidas providências para que Manaus, em função desse não-compromisso, seja deixada de fora como sede da Copa”, afirmou Ramos.

A informação foi dada ontem no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), quando estava sendo discutido o caso do contrato entre a prefeitura de Manaus e a empresa Consladel, que foi citada como especialista, em reportagem no programa Fantástico, da rede Globo, como uma empresa especialista em participar de licitações fraudulentas. O início da discussão foi feita pelo deputado Marco Antônio Chico Preto.
Segurança e infraestrutura são requisitos considerados fundamentais pela Fifa e passível de cancelamento da cidade como sede da copa. Sem esse compromisso de mobilidade urbana Manaus poderia ser deixada de fora. No momento, tanto o monotrilho quanto o BRT tiveram seus projetos rejeitados pela Controladoria Geral da União por diversos problemas, entre eles
sobrefaturamento do valor da obra.
Há meses vem se arrastando a aprovação dos projetos e o governo do Estado entrou em rota de colisão para ver qual o modelo a ser adotado para melhorar o sistema de transporte, sempre esbarrando na questão dos valores para a realização das obras. Enquanto isso os prazos para as realizações das obras vão diminuindo!
Há anos a questão do trânsito em Manaus é questão de difícil solução por parte do poder público e nunca houve real interesse em resolver a questão. O aumento do poder aquisitivo e a facilidade na aquisição de veículos apenas agravou uma situação que se resume a uma coisa: se o transporte coletivo fosse que qualidade e confiável, as pessoas deixariam os carros em casa.

Gente que se diz do #bem mas faz mesmo é o mal!

O maniqueísmo sempre foi a forma mais estúpida de separar as pessoas. Trata-se de dizer que quem não estiver a meu favor está, esteve ou estará contra. Isso permeia a humanidade desde que se estabeleceu relação de poder, sem discutir o que é melhor para o conjunto, mas sim o que for melhor para quem estiver no comando, poder. Não vou usar o termo liderança pois este é superior a governante.

Sou usuário das redes sociais não apenas pela febre que ela se tornou, mas sobretudo pelo que podemos manifestar nela, sem a preocupação se ela vai ser publicada ou não por esse ou aquele veículo de comunicação. Aliás, muitos veículos de comunicação tem se pautado por elas.
Mas desde o final de 2009, quando o twitter passou a substituir o Orkut e passou a ser uma forma mais eficiente de divulgar os blogs já existentes, lugar onde as idéias podem ser esmiuçadas bem melhor que nos 140 caracteres do microblog, as ameaças e agressões a tuiteiros passaram a ser freqüentes e de forma mais venal. Passaram da acusação de penas de aluguel a ameaças e dando o endereço dos blogueiros nos sites dos puxa-sacos de plantão.

Mais que isso: passaram a atacar a integridade moral das pessoas e, sem o menor pudor, passar no loca de trabalho e pedir aos empregadores que demitissem os “subversivos”, pura e simplesmente porque estavam emitindo suas opiniões e apontando soluções, questionando ações governamentais, enfim, exercendo cidadania.

Nas eleições do ano passado as coisas pioraram, com o monitoramento das redes sociais mais forte e passando também para monitorar os tuiteiros. Não se podia falar nada do candidato governista ou de algo relacionado a ele, que choviam agressões, no típico ato desesperado de desqualificar a quem faz o questionamento, desviando o foco da questão discutida.

As eleições passaram e a prática continuou. A fábrica de fakes que surgiu na campanha seguiu funcionando e sempre se manifesta quando você está tratando de um assunto ou fala algo de determinadas @s. Surgem logo na sua timeline as defesas mais estapafúrdias possíveis. Isso demonstra o monitoramento virtual. Mas para provar que do virtual passou para o real, vou relatar um fato.

Marcamos um almoço entre várias @s incluindo um prefeito do interior. Como o almoço foi marcado pelo twitter e uma das @s havia falado algo sobre aquela @ que não pode ter seu nome citado (isso é muito Harry Potter, né Lord Valdmort?), estava sob fogo cerrado na timeline. Ao chegar no restaurante foi notada a presença de um policial da Segunda Sessão da Polícia Militar, responsável pela inteligência da PM. Foi um aviso, naturalmente.

Nos últimos dias várias pessoas voltaram a ser ameaçados, alguns de forma velada, ouros de forma mais aberta. Mas justamente por pessoas que se dizem do #bem, sim, com o símbolo grego escopro, largamente conhecido como jogo da velha. Mas como se chamar do bem se vivem fazendo ameaças e agredindo as pessoas que, de alguma forma, fazem uma crítica ao governo e seus representantes.

Como pode alguém se autointitular do bem se incita agressões ou, na pior das hipóteses, não coíbe essas agressões e ameaças? Que maniqueísmo de mentes bitoladas é esse que tenta se instalar no Amazonas, quando o que esses cidadãos querem é que as coisas melhorem? Defender superfaturamento e outros ato de improbidade administrativa não é condizente com quem se diz
do bem. Se ser do bem é isso, prefiro muito mesmo ser do mal! Afinal de contasm, falar a verdade não é falar mal!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Palavra de usuário vale?

Post originalmente publicado no www.naosenhor.com.br no dia 27 de maio de 2010


Atrazonino, ops, Amazonino falou que faria administração moderna. Alguém tem que apresentar a ele o conceito de modernidade e dizer que ouvir os usuários de qualquer serviço que a prefeitura tenha gerência faz parte desta tal modernidade.

Por Robson Franco.

Não sei se o prefeito anda pelas ruas da cidade. Me parece, pelas medidas anunciadas nos últimos dois dias, que não. Aliás, abro um parenteses aqui para recordar uma notícia que vi no Jornal do Amazonas semana passada, em que o Prefeito ordenou que o IMTT tomasse providência em relação ao trânsito em uma determinada área porque ele ficou 20 minutos preso em um engarrafamento. Isso dá a exata medida de como ele está interesado em resolver os problemas da cidade. Não o afeta, não é com ele.

Quem me acompanha no tuiter sabe que eu sempre falei que se a Pefeitura contratar um engenheiro de tráfego já resolve 80% dos problemas de trânsito em Manaus. Mas tem certas coisas que já não tem mais como consertar, como passagens subterrâneas sem acostamento e novas vias que ligam nada a lugar nenhum. Tudo, naturalmente, feito a peso de ouro e por empresas já previamente escolhidas.

O transporte coletivo em Manaus tem solução que requer medidas drásticas e não-corruptas. Abrir o mercado para outras empresas, se bem que isto já não depende do cartel do transporte que existe em Manaus, mas do que manda no Brasil. Cobrar as metas estipuladas nas concessões às empresas que operam em Manaus, como a renovação das frotas e a manutenção dos carros que circulam atualmente. Tá certo que uns já deveriam ter sido aposentados e tirados de circulação. Alguns veículos trafegam em Manaus oferecendo condições desumanas a seus usuários. Algumas linhas como 611, 604, 353 e tantas outras que servem a Zona Norte e Zona Leste são vergonhosas.

Claro que não há compromisso da prefeitura, gestora do sistema, com o usuário. Na última greve dos ônibus, ficou patente a ingerência do alcaide na questão e ele deve ter ficado fulo da vida porque o Ministério Público do Trabalho tomou a frente e chegou a um termo entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sinetram. Amazonino não pôde ficar de salvador da pátria. Menos mal para nós!

Quando faço uma crítica, costumo apontar soluções. Ano passado, quando o alcaide tentou instalar o caos no sistema de tansporte quis fazê-lo dando um aumento na tarifa dos alternativos, em sua maioria feito por cooperativas. O Aumento na tarifa cobrecarregaria o já estrangulado sistema coletivo e pediria uma medida mais drástica do poder público, como intervenção e eventual contratação sem licitação. Não funcionou porque as cooperativas, ao contrário das outras empresas, não visam lucro, mas sim o bem estar de seus cooperados. Amazonino teve que recuar. Este ano, já escaldado, aumentou a tarifa e ameaçou cancelar a concessão das cooperativas. Só assim aceitaram o aumento.

Mas tem um problema no trânsito que as cooperativas poderiam resolver, sem ter que esperar pela tal licitação que virou novela para aumentar a frota de ônibus alternativos. Conversei com o Equias Subrinho, presidente da Federação das Cooperativas de Transportes do Amazonas (Fecootram) e sugeri que ele fizesse uma proposta às escolas particulares para fazer transporte escolar. Isso reduziria sensivelmente as filas duplas em várias vias de acesso no horário de pico do trânsito em Manaus. Não apenas isso, reduziria custos para os pais e também contratempos. Nenhum pai ou mãe teria que sair correndo do trabalho para ir buscar ou deixar os filhos na escola. Menos carros no trânsito, menos nervosismo nas ruas!

Ônibus climatizado em Manaus é necessidade básica. Me questionaram uma vez se uma mulher com cinco filhos, todos gripados, entrando no ônibus, qual seria o procedimento? É para tratar da regra ou da exceção?

Porque os ônibus são tão mal-cuidados em Manaus? Basta os empresários cuidarem melhor de seus funcionários, oferecerem condições mais dignas de trabalho e eles não vão depredar os veículos. Já vi alguns fazendo isso. Não concordo com o pensamento deles, mas entendo e sempre pondero que isso não resolve nada e é feito por minoria. Quer aumento de salário, engrosse o coro do seu sindicato, fortaleça a sua entidade representativa e terás poder de nogociação com os patrões.

Minha pequena contribuição ao debate sobre o sistema de transporte coletivo em Manaus. Não existem soluções mágicas, mas é preciso que se abram as discussões e o principal interessado, o usuário seja ouvido. Prefeito, faça um pesquisa, de preferência use o Instituto de Pesquisas do Departamento de Estatística da Ufam, que vai sair mais barato e mais confiável! Ainda lá na Ufam, na Faculdade de Tecnologia, existe um departamento que cuida de tânsito. Seja humilde e busque auxílio com quem sabe!

Prometer e não cumprir é pior do que mentir!

Post originalmente publicado no www.naosenhor.com.br no dia 19 de julho de 2010

O título já rendeu mote de campanhas eleitorais passadas, mas revi hoje de novo em plena manifestação dos mototaxistas que se sentiram ludibriados pelo alcaide abelha, ops, prefeito Amazonino Mendes na questão da regulamentação do setor! Prometeu de público que iria delimitar as áreas de atuação, mas deve ter prometido outras coisas a portas fechadas!

Por Robson Franco

Não fiquei surpreso ao ver a manifestação dos mototaxistas no viaduto da Recife, na manhã desta segunda-feira. Também não me surpreendeu a reação de uma passageira do ônibus que eu estava. Com toda a indignação que ela podia ter, afirmou categoricamente que aquilo era cupla do prefeito Amazonino por não cumprir com as promessas que fez durante a campanha e também manteve o ritmo após ter assumido!

Meus dedos já estão calejados escrever sobre o que ele prometeu para o transporte coletivo! Também assim o fez no caso das cooperativas de transporte executivo. Parece que quer mesmo o caos o sistema de transporte para justificar uma intervenção! Só pode!

Pode dizer que estou sendo cruel ao me manifestar desta forma, mas devo lembrar que, como diz o caboco, quem planta vento colhe tempestade. Os mototaxistas prometem fazer mais manifestações até o final de semana. E eles são bem mais organizados que os motoristas de ônibus e os cooperados do transporte executivo! Com certeza ainda vai ter muito barulho sendo feito pelas ruas da cidade! é uma boa justificativa para uma intervenção!

Quem fez a promessa de regulamentar o setor foi o próprio alcaide! Cabe a ele cumprir sua palavra, se é que a tem! Se não em respeito aos mototaxistas, que seja então em respeito aos usuários ou, como eu mesmo sugiro, in memorian a sua própria biografia! Fica feio para alguém que já foi prefeito da cidade e governador do estado ter um ocaso deste! Reage abelha!

Depois não venha com a pachorra de dizer que afastou mais de 300 mil votos para o Omar, pelo amor de mim! Prometer e não cumprir, como diria Beth Azize, é pior do que mentir realmente!

Este Negão é um brincante!

Post originalmente publicado no http://www.naosenhor.com.br/ no dia 11 de junho de 2010


Aumento da tarifa de ônibus é uma coisa muito séria e deveria ser tratada com respeito pelos gestores desta província! O alcaide brinca com coisa séria! Como está refém de quem ajuda a bancar suas campanhas, não pode dizer não aos empresários que, por sua vez, não se veem na obrigação de cumprir com o que é exigido no contrato de concessão de serviço público. Já havia escrito em outra oportunidade sobre o assunto anteriormente, colocando a minha palavra de usuário e penso que isto apenas é o começo de uma discussão que deve ser perene, para sempre avançarmos.

Por Robson Franco.

Passei alguns minutos para digerir a notícia de que teríamos aumento na tarifa de ônibus para R$ 2,25. E olha que receber uma notícia dessas, logo no café da manhã e vendo a qualidade dos coletivos que circulam pela cidade, é intragável mesmo! Chega a dar congestão sem ter comido nada.

Alegar que as empresas estão quebradas é álibi sem-vergonha! Se elas estivessem quebradas mesmo, os empresários já teriam se retirado do serviço há muito tempo. Não conheço, em nenhum setor empresarial, nenhum caso de empresa que esteja operando no prejuízo. Sobretudo se é um setor essencial com planilhas de custos que nunca são mostradas, como é o caso do transporte coletivo em Manaus.

Lembro bem que, o hoje deputado federal Francisco Praciano, então vereador, cansou de questionar os números lançados na famigerada planilha de custos. Nunca foi revelado ou, como dizem os que gostam de clichês, jamais abriram a caixa-preta da tarifa de ônibus em Manaus. De tanto questionar e pesquisar sobre o tema duas coisas aconteceram com Praciano.

A primeira é que ele virou especialista no assunto e me falou certa vez que tem alguns dados a serem considerados na tal planilha, como Taxa de consumo médio por percurso rodado. A segunda é que de tanto martelar sobre a questão que atinge centenas de milhares de pessoas, acabou se elegendo deputado federal. Portanto Negão, presta atenção no serviço porque deste jeito tu acabas sendo o maior cabo eleitoral da oposição. Se bem que, neste caso, tenho que reconhecer que é um bom serviço que nos presta.

Mas em se tratando de Atrazonino, ops, Amazonino Mendes, eu até que entendo! Não aceito, mas entendo. Trata-se de uma coisa que o @BlogdoBentes chama com um termo bem apropriado: vendeta! Para quem não sabe, vendeta é italiano e significa vingança. Este sentimento que mostra o quanto a pessoa é tacanha, há muito vem consumindo o alcaide e piorou desde que o Ministério Público do Trabalho fez o seu serviço e mediou as negociações entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sinetram, a respeito da greve que paralisou Manaus por algumas horas.

E como em toda vendeta tem que ter sempre um lado que ficará bem mal, este lado será o da população manauara (me recuso a usar o termo manauense. Quando convencerem um marajoara a aceitar ser chamado de marajoense, me avisem!). A tarifa vai subir, mas o que mais me preocupou foi o fato de não ver nenhuma das chamadas lideranças da sociedade civil organizada, como Diretório Central do Estudantes (DCE), União Municipal dos Estudantes (UMES) ou qualquer outra entidade que se esconda atrás desta categoria chamada estudante. Ao invés disso, todos ligados na abertura da Copa. Nada contra, hein!?

O Negão tá ficando velho, não besta! Deveria conceder este reajuste logo após o Sinetram ter aceitado dar a migalha de 4% de aumento aos rodoviários e mais 2,5% de benefícios indiretos, mas pegaria mal demais. Esperou um momento mais oportuno, sabedor que é da paixão que tem o povo por futebol, para fazer o anúncio. Escolheu a abertura da copa. Bem apropriado para ele, que não viu resistência sequer na coletiva de imprensa. Nenhuma pergunta do tipo: Se as empresas estão quebradas, porque não se retiraram então? Ou ainda: Se os ônibus estão velhos, porque a prefeitura,via IMTT, não multa as empresas por não cumprirem o que está no contrato de concessão de serviços?

Mas nada... Nenhuma centelha sequer de reação de nenhum setor. Como não me calo, lá vou eu dar uma de exército de Brancaleone ou exército de um homem só e cutucar a ferida. Mas me sinto como aquele rapaz que ficou na frente dos tanques na Praça da Paz Celestial, em Pequim, há uns anos atrás. Quem quiser que se junte e vamos discutir esta tal planilha de custos da tarifa de ônibus. E com transparência, por favor!

Post Scriptum: E não me venha o senhor alcaide núbio me dizer que a culpa é da administração passada porque ele mesmo falou, tão logo assumiu o cargo, com todas as letras, que “resolveria o problema do sistema de transporte em 90 dias”. Já se passaram 524 e nada foi feito. Aliás, foi feito sim: conseguiram piorar o que já era ruim!

domingo, 13 de março de 2011

TSE anula decisão do TRE-AM, de novo!

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devolveu, por falhas processuais, ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) o processo do ex-prefeito do Careiro, Hamilton Alves Villar. Ele foi condenado em primeira instância, por abuso de poder econômico, e teve seu diploma cassado e os direitos políticos suspensos por oito anos . No processo ainda respondem também o atual presidente da Câmara Municipal do Careiro, João Doza de Oliveira Neto e Euclides Bendahan Macedo. O processo é referente às eleições de 2008, em que Avillar disputava a reeleição.

O TSE ainda manteve a decisão em primeira instância, em que o juiz da comarca do Careiro decidiu pela cassação do diploma, sem o qual Villar não poderia assumir o cargo, bem como João Doza. A defesa recorreu ao TRE-AM, onde o juiz, em decisão monocromática, revogou a decisão. O Ministério Público Eleitoral (MPE) recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e saiu a decisão reenviando para novo julgamento, por falhas processuais, tendo em vista que não foi respeitada a ampla defesa.

Mas se não foi dado o direito a ampla defesa, como então, ainda assim, foi dada a sentença favorável a Hamilton Villar? A resposta pode ser entendida a partir do que decidiu o Tribunal de Contas do Estado, uma semana depois. O conselheiro Josué Filho condenou as contas prestadas pela Prefeitura de Careiro Castanho que, em 2008, tinha à frente o prefeito Hamilton Alves Villar, multado em R$ 16.800, além de responder por débitos aos cofres públicos superiores a R$ 15 milhões. Para quem sabe fazer conta fica fácil entender! Se Villar foi acusado de abuso de poder econômico...


quinta-feira, 10 de março de 2011

Careiro 2 x 0 Manaus. MEC dará recursos para creches em Manaus

Passados dois anos de mandato, a promessa de campanha do atual prefeito, Amazonino Mendes, de construir mil creches ficou apenas na promessa, mas em sessão realizada nesta quinta-feira, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) recebeu a informação de que o governo federal liberou recursos para a construção de cinco creches na capital amazonense. Enquanto isso, no Careiro-Castanho, foi firmado convênio para a construção da segunda creche. Os recursos virão através do Ministério da Educação (MEC) pelo Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).

A representante da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a deputada Conceição Sampaio (PP), aproveitando o embalo, pediu que fosse encaminhado requerimento para o Palácio do Planalto e essas verbas fossem estendidas para a construção de creches nos demais municípios do Amazonas.

O governo federal mantém um projeto de convênios com prefeituras para a construção de creches. Mas no Amazonas, apenas um, o Careiro-Castanho, dos 62 municípios, firmou convênio para a construção de creches padrões de 224 crianças Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que é um programa de assistência financeira ao Distrito Federal e aos municípios para a construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil. E não apenas uma, mas sim duas, que está em processo de licitação e a primeira já está na fase final de construção.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Solidariedade em cadeia nacional



A luta pela vida é algo inerente a todo e qualquer ser vivente! Nos seres humanos algumas dessas lutas tornam-se dramáticas e ganham uma mobilização impressionante pela forma arrebatadora com que acontecem.

Foi assim com a pequena Ana Luiza Evelim Medeiros Coelho Leite, filha de Carolina Coelho Varella e Marcos Varella. Não os conheço pessoalmente. A bem da verdade, conheci a Carol através do microblog Twitter, em 2009, quando as pessoas em Manaus discutiam diversos temas abertamente, em um saudável exercício de cidadania. Naturalmente que isso provocou incômodos, e ainda causa, aos governantes dessa cidade.

A própria Carolina foi vítima de perseguição por ter, a exemplo de todos, suas próprias opiniões. Chegaram a enviar pedidos para os seus empregadores para demitirem-na ou não contratar os serviços de fisioterapeuta que ela é. Não foram atendidos porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. E também porque Carol não cedeu às pressões e pediu apoio dos amigos virtuais, muitos deles da vida real que a conhecem bem. E recebeu apoio não apenas em Manaus, mas de outros estados. Isso é uma demonstração da retidão de caráter de Carol.

Em setembro de 2010 Carol recebeu a notícia que nenhuma mãe espera receber: sua filha, Ana Luiza, de sete anos, estava doente. E não era uma doença comum. Um câncer raro e bastante agressivo que só o nome assusta: rabdomiossarcoma.

Soube da história através de um post no blog de outro amigo que conheci no Twitter, Ismael Benigno, contando não apenas do drama pelo qual Carol estava passando, mas também de que forma aquilo lhe afetava. Por ser pai, mas sobretudo por ser amigo de Carol, aquele post foi o início de uma corrente que antes era apenas para que Ana Luiza se recuperasse, foi aumentando conforme progredia a luta incansável da pequena gigante que se mostrou esta criança.

Neste final de semana, que foi decisiva para Ana Luiza pois fez uma operação delicada e de transplante autólogo de medula, retirada dela mesma, e precisaria de sangue para suprir a necessidade que o corpo de Ana Luiza passaria a ter, pois até a medula “pegar” e começar a produzir o próprio sangue. Inicialmente previsto para necessitar apenas de 12 doadores para repor o que já havia sido feito pela transfusão, uma pneumonia fúnguica, fez com ela fosse transferida para a UTI pediátrica e passou a receber duas bolsas de sangue e uma de plaquetas

A campanha que era apenas para conseguir 12 doadores se ampliou para uma quantidade indefinida em função da necessidade diária de Ana Luiza. Não precisou de coordenação nem nada, pura e simplesmente as pessoas em Manaus passaram a usar a tag #ForcaAnaLuzia. e, de fora, sem ninguém pedir, foi posatdo um vídeo no Youtube. No sábado, 05.03, a mobilização foi intensa e a tag ficou por várias horas no entre as três colocações no TTBr, o que pode ser considerado um fenômeno, tendo em vista a relevância dos assuntos que por lá passam! Algumas pessoas de outros países que nasceram no Amazonas, como a Ana Antony, de Londres, e Astrid Lima, de Roma, deram sua contribuição.

O jornal o Estado de S. Paulo mostrou interatividade no microblog e fez uma matéria que foi veiculada no sábado à noite. Depois o portal D24am a reproduziu e A Crítica publicou uma neste domingo. Nesses momentos, pelo menos para mim que sou comunicador e sempre busquei sair na frente com a notícia, o furo passa a ser irrelevante, sobretudo se é parar somar esforços para salvar uma urgentemente, e outras que serão beneficiadas.

Neste domingo consegui falar com Carol pela internet. Me disse que não conseguia acreditar no tanto de pessoas que se mobilizaram e na repercussão que o caso de Ana Luzia estava tendo. A única palavra que tem é: obrigado. Não Carol. Nós é que agradecemos a você e, mais ainda, à gigante, à guerreira Ana Luiza, por ter nos mostrado o quanto somos pequenos e egoístas a ponto de achar que temos todos os problemas do mundo! Obrigado por mostrar que não somos tão duros quanto imaginamos. Por mostrar que ainda temos muito de humanos, de solidários!

Até a publicação desse post, 30 pessoas haviam doado sangue e outras mais doarão, o que vai ajudar não apenas a pequena gigante Ana Luiza, mas muitas outras pessoas que precisam. Várias pessoas famosas como Gustavo Borges, Cláudia Leitte, William Bonner e milhares de cidadãos comuns se juntaram a essa luta. Foi uma verdadeira solidariedade em cadeia nacional! Assim é o povo brasileiro, mais ainda o nortista, em especial o amazonense!

Segue mais informações para doação que eu tomei a liberdade de pegar no blog que Carol criou para falar mais sobre a doença de Ana Luiza.


As pessoas que quiserem doar sangue (de qualquer tipo) e ajudar Ana Luiza nessa fase do tratamento podem fazê-lo em qualquer um destes endereços, bastando informar seu nome completo (Ana Luiza Evelim Medeiros Coelho Leite):

Hospital A C Camargo
Rua Prof. Antônio Prudente, 211 – Liberdade.
Fone: (11) 21895122

Hospital do Coração
Rua Abílio Soares, 176 – Paraíso
Fone: 3053 5537

Clínica de Sangue de São Paulo
Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2533 – Jd Paulista.
Fone: (11) 3372 6611

A doação de plaquetas pode ser feita na Clínica de Sangue de São Paulo, preferencialmente do tipo sanguíneo A(-) ou qualquer outro tipo, de fator Rh negativo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mas quem é tu mesmo, hein?

Venho acompanhando o sofrimento de duas pessoas que conheci através do microblog twitter as quais, mesmo antes de conhecer, aprendi a respeitar por elas terem, e defenderem, as suas opiniões. A Carolina Coelho, e a Bianca Abinader. São duas pessoas comuns, com suas profisssões, família formada, círculo social bem definido. Mais uma coisa em comum que elas possuem: tiveram sua honra manchada e foram linchadas moral e publicamente pelo Ronaldo Tiradentes, proprietário de uma emissora de rádio que detém a marca da Rádio CBN.

Por conta desses ataques, abro um parênteses aqui para dizer que elas não foram as únicas, e provavelmente não serão as últimas a serem atacadas por Tiradentes, aquele que já se comparou com um juiz. Mas quem é Ronaldo Tiradentes? Já foi contado um pouco da história dele em livro pelo jornalista Marcos Losekan e também já apareceu em vídeo mostrando como ele usa, e abusa, da sua rádio para fazer pressão inclusive sobre secretários municipais. Também mandou “dar uns cascudos”, lá no Rio de Janeiro, no José Ribamar Bessa Freire, tirou fotos e mandou para o Babá, certo de sua impunidade. Isso é uma prova inconteste da truculência do Alferes. Chegou a ligar para a empresa onde Carolina Coelho trabalha pedindo que a demitissem.

Mas o conheci quando era operador de áudio na rádio Amazonas FM e ele apresentava o “Clube do Rei”, que recebia dezenas de cartas que eram lidas no ar. Sim, as pessoas dedicavam um tempo para contar suas experiências, boas ou não, a pessoas que elas mal conheciam e eram ídolos. Soubessem o que acontecia nos bastidores jamais o fariam. Não posso falar por outros locutores da época, mas sobre Ronaldo Tiradentes eu posso.

Posso porque eu vi, várias vezes, o processo de seleção das cartas e os comentários a cerca dos casos e das pessoas. Algo do tipo: “olha isso, leva chifre e ainda manda carta para rádio para que todo mundo saiba. Só mesmo em Manaus” Ou então: “E essa aqui, reclama que não namora faz tempo. Deve ser feia que dói e não fode há sei lá quanto tempo”. Isso momentos antes de ler no ar a mesma carta e dar um conselho para a ouvinte. Pode parecer pouco, mas é justamente com as pequenas coisas que se conhece o verdadeiro caráter de uma pessoa. Assim é Ronaldo Tiradentes.

Quanto a Bianca Abinader, vive assustada hoje com ameaças e alguns atentados sofridos. O que ela faz para se defender? Tenta expor seu caso através da imprensa local, mas não obtém êxito porque os mesmo não têm compromisso com a informação. Tem tido mais resultado nos veículos de fora, onde não se tem o rabo preso com esse ou aquele grupo político. Conta com o apoio de quem já teve a vida enxovalhada e com outros tantos através das redes sociais. Não podem nos calar! Não podem nos parar!

Enquanto Tiradentes vai de mentira, vamos com a verdade. Os fatos não podem ser ocultados. Ele que tanto se diz jornalista, dessa forma enxovalha a faculdade onde se formou, desonra-a ao não cumprir o que lhe foi passado na academia. Primeiro por não ouvir o outro lado e, depois, por não dar direito de resposta, não reparar o erro cometido. Tiradentes prefere por em prática o que aprendeu em outra escola: a política que se faz no Amazonas, onde os desmandos acontecem e nada é feito, não se é punido.

Mas esse tempo está acabando! Antes não tínhamos onde nos manifestar, de expor nossas idéias e, desta forma, nos defender. Como escrevi em outro post: o tempo é outro senhor. As coisas mudaram e o cidadão tem onde e como expor suas idéias. Nem que isso tenha que ser ensinada da mesma forma que Tiradentes está acostumado. Se for assim que seja então!


quarta-feira, 2 de março de 2011

2014: estudo diz que cinco estádios podem virar 'elefantes brancos'

Para Sinaenco, campos de Brasília, Cuiabá, Manaus, Natal e Recife devem ser pouco aproveitados após a Copa do Mundo no Brasil

Por Agências de notícias

Rio de Janeiro

Cinco dos 12 estádios que serão usados na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, correm o risco de se transformarem em "elefantes brancos", já que serão construídos em cidades com baixa quantidade de público para partidas locais, divulgou um estudo citado nesta terça-feira pela "Agência Brasil".

Isso inclui os estádios de Brasília, Cuiabá, Manaus, Natal e Recife, que já estão em obras ou já foram licitados, segundo o estudo elaborado pelo Sindicato Nacional de Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco).

Os cinco estádios, com elevados custos de manutenção, provavelmente ficarão vazios depois da Copa, já que as cidades em que estão sendo construídos não contam com clubes de futebol muito populares ou não têm um número de habitantes que justifiquem seu tamanho.

Segundo o mesmo estudo, as obras para reformar ou construir cinco dos estádios (Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro) foram ou estão sendo investigadas por tribunais regionais de contas por supostas irregularidades.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma linha de crédito para oferecer até R$ 400 milhões no financiamento de cada um dos estádios. Até agora os consórcios responsáveis por três estádios já obtiveram o crédito público: Cuiabá, Fortaleza e Salvador.

Segundo o estudo do Sinaenco, as irregularidades no processo de licitação e as falhas estruturais que comprometem a cobertura ameaçam a possibilidade que o Maracanã, sede da final da Copa do Mundo, seja entregue na data prevista, em dezembro de 2012.

Apesar do Tribunal de Contas da União investigar supostas irregularidades no processo de licitação, as obras de reforma não foram suspensas. Por sua vez, o estádio do Corinthians, que será construído na cidade de São Paulo e onde será realizada a cerimônia de abertura do Mundial, ainda não saiu do papel devido a divergências em torno de seu financiamento.

A construção que está mais atrasada é o do novo estádio da cidade de Natal, cuja licitação inicial não atraiu nenhum interessado e que voltará a ser oferecido em concessão em um leilão previsto para esta semana.

O novo estádio da cidade de Fortaleza está em obras, mas seus construtores já fizeram um acordo com a Fifa que entregarão em abril de 2013, ou seja, dois meses antes da Copa das Confederações.

O início das obras de construção da Arena Pernambuco está previsto para este mês, mas o Sinaenco considera que se os três grandes clubes da cidade (Sport, Náutico e Santa Cruz) não chegarem a um acordo para compartilhá-lo, o estádio possivelmente se transformará em outro 'elefante branco'.

Segundo o estudo, o estádio cujas obras de remodelação mais avançaram é o Mineirão, que será entregue em dezembro de 2012. Igualmente estão dentro do cronograma e avançam satisfatoriamente as obras da Arena da Baixada, em Curitiba, e do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.