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sábado, 16 de abril de 2011

Páscoa solidária: ação cidadã!

Não tem como não se sensibilizar. Não tem como não se envolver. Não tem como não participar. Não em como se promover. Não tem como deixa de fazer. Assim eu imagino essa ação cidadã que ganhou o nome de Páscoa Solidária. Serão distribuídos 874 ovos em uma comunidade da periferia de Manaus.


Foi uma união de forças lindas que dá gosto de ver, mais ainda de participar. Pessoas de diferentes idades, classes sociais, religiões, profissões, mas todas com o mesmo objetivo: dar alegria a crianças que sequer conhecem. E fomos além da expectativa. A idéia era fazer 500 ovos e foi arrecadado dinheiro para 900. Os outros 26 ovos serão entregues no abrigo Monte Salém.


Foram três dias de intensa atividade de tuiteiros sob a batuta da médica Bianca Abinader e da Islânia Lima. foram dezenas de pessoas que fizeram doação em dinheiro e participaram da produção dos ovos de páscoa. Uma lição de humildade, desprendimento, de vontade de ajudar ao próximo, de dar alegrias a crianças que certamente não receberiam ovos se não fosse essa iniciativa.


Não entendo que, ainda assim, algumas pessoas que se dizem do bem, fizeram críticas à iniciativa. Talvez porque estava sendo feito por pessoas que mantém uma postura crítica frente aos problemas que enfrentamos diariamente. Mas o fato é de que isso incomoda pelo simples motivo de que foi vedado a autopromoção! Nunca foi esse o objetivo. Infelizmente, sequer pudemos divulgar o local onde acontecerá a entrega e nem onde foi feito. Por questões de segurança.


Mas deixemos isso de lado e façamos valer o nosso direito de cidadãos e mostrar que a humanidade ainda tem esperança.  

Post scriptum: Uma coisa é certa, quem não sabia, aprendeu a trabalhar com chocolate!
P.S.2: Sabe, não importa se nenhum veículo de comunicação vai cobrir ou não. Isso nem importa mesmo! Quem tem que saber que estão sendo doados ovos de páscoa são as crianças beneficiadas e quem ajudou a fazê-los. Quem faz um ato beneficente não quer holofotes. Corrigindo. Quer sim as luzes dos holofotes! Mas holofotes diferentes, daqueles que somente é possível ver nos olhos e nos sorrisos de crianças felizes. Desses holofotes queremos sim as luzes! Queremos todo esse brilho. 
E todo o esforço de coletar o dinheiro, de tirar um pouco ou todo o final de semana para construir essa realidade, valeu muito a pena. É muito, mas muito diferente mesmo se doar dessa forma do que pura e simplesmente usar o "prestígio" para fazer um pouco mais. Como diz a música do Beto Guedes e Ronaldo Bastos, Canção de índio, não preciso dizer mais nada: 
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho 
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor



segunda-feira, 7 de março de 2011

Solidariedade em cadeia nacional



A luta pela vida é algo inerente a todo e qualquer ser vivente! Nos seres humanos algumas dessas lutas tornam-se dramáticas e ganham uma mobilização impressionante pela forma arrebatadora com que acontecem.

Foi assim com a pequena Ana Luiza Evelim Medeiros Coelho Leite, filha de Carolina Coelho Varella e Marcos Varella. Não os conheço pessoalmente. A bem da verdade, conheci a Carol através do microblog Twitter, em 2009, quando as pessoas em Manaus discutiam diversos temas abertamente, em um saudável exercício de cidadania. Naturalmente que isso provocou incômodos, e ainda causa, aos governantes dessa cidade.

A própria Carolina foi vítima de perseguição por ter, a exemplo de todos, suas próprias opiniões. Chegaram a enviar pedidos para os seus empregadores para demitirem-na ou não contratar os serviços de fisioterapeuta que ela é. Não foram atendidos porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. E também porque Carol não cedeu às pressões e pediu apoio dos amigos virtuais, muitos deles da vida real que a conhecem bem. E recebeu apoio não apenas em Manaus, mas de outros estados. Isso é uma demonstração da retidão de caráter de Carol.

Em setembro de 2010 Carol recebeu a notícia que nenhuma mãe espera receber: sua filha, Ana Luiza, de sete anos, estava doente. E não era uma doença comum. Um câncer raro e bastante agressivo que só o nome assusta: rabdomiossarcoma.

Soube da história através de um post no blog de outro amigo que conheci no Twitter, Ismael Benigno, contando não apenas do drama pelo qual Carol estava passando, mas também de que forma aquilo lhe afetava. Por ser pai, mas sobretudo por ser amigo de Carol, aquele post foi o início de uma corrente que antes era apenas para que Ana Luiza se recuperasse, foi aumentando conforme progredia a luta incansável da pequena gigante que se mostrou esta criança.

Neste final de semana, que foi decisiva para Ana Luiza pois fez uma operação delicada e de transplante autólogo de medula, retirada dela mesma, e precisaria de sangue para suprir a necessidade que o corpo de Ana Luiza passaria a ter, pois até a medula “pegar” e começar a produzir o próprio sangue. Inicialmente previsto para necessitar apenas de 12 doadores para repor o que já havia sido feito pela transfusão, uma pneumonia fúnguica, fez com ela fosse transferida para a UTI pediátrica e passou a receber duas bolsas de sangue e uma de plaquetas

A campanha que era apenas para conseguir 12 doadores se ampliou para uma quantidade indefinida em função da necessidade diária de Ana Luiza. Não precisou de coordenação nem nada, pura e simplesmente as pessoas em Manaus passaram a usar a tag #ForcaAnaLuzia. e, de fora, sem ninguém pedir, foi posatdo um vídeo no Youtube. No sábado, 05.03, a mobilização foi intensa e a tag ficou por várias horas no entre as três colocações no TTBr, o que pode ser considerado um fenômeno, tendo em vista a relevância dos assuntos que por lá passam! Algumas pessoas de outros países que nasceram no Amazonas, como a Ana Antony, de Londres, e Astrid Lima, de Roma, deram sua contribuição.

O jornal o Estado de S. Paulo mostrou interatividade no microblog e fez uma matéria que foi veiculada no sábado à noite. Depois o portal D24am a reproduziu e A Crítica publicou uma neste domingo. Nesses momentos, pelo menos para mim que sou comunicador e sempre busquei sair na frente com a notícia, o furo passa a ser irrelevante, sobretudo se é parar somar esforços para salvar uma urgentemente, e outras que serão beneficiadas.

Neste domingo consegui falar com Carol pela internet. Me disse que não conseguia acreditar no tanto de pessoas que se mobilizaram e na repercussão que o caso de Ana Luzia estava tendo. A única palavra que tem é: obrigado. Não Carol. Nós é que agradecemos a você e, mais ainda, à gigante, à guerreira Ana Luiza, por ter nos mostrado o quanto somos pequenos e egoístas a ponto de achar que temos todos os problemas do mundo! Obrigado por mostrar que não somos tão duros quanto imaginamos. Por mostrar que ainda temos muito de humanos, de solidários!

Até a publicação desse post, 30 pessoas haviam doado sangue e outras mais doarão, o que vai ajudar não apenas a pequena gigante Ana Luiza, mas muitas outras pessoas que precisam. Várias pessoas famosas como Gustavo Borges, Cláudia Leitte, William Bonner e milhares de cidadãos comuns se juntaram a essa luta. Foi uma verdadeira solidariedade em cadeia nacional! Assim é o povo brasileiro, mais ainda o nortista, em especial o amazonense!

Segue mais informações para doação que eu tomei a liberdade de pegar no blog que Carol criou para falar mais sobre a doença de Ana Luiza.


As pessoas que quiserem doar sangue (de qualquer tipo) e ajudar Ana Luiza nessa fase do tratamento podem fazê-lo em qualquer um destes endereços, bastando informar seu nome completo (Ana Luiza Evelim Medeiros Coelho Leite):

Hospital A C Camargo
Rua Prof. Antônio Prudente, 211 – Liberdade.
Fone: (11) 21895122

Hospital do Coração
Rua Abílio Soares, 176 – Paraíso
Fone: 3053 5537

Clínica de Sangue de São Paulo
Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2533 – Jd Paulista.
Fone: (11) 3372 6611

A doação de plaquetas pode ser feita na Clínica de Sangue de São Paulo, preferencialmente do tipo sanguíneo A(-) ou qualquer outro tipo, de fator Rh negativo.