Na Zona Norte de Manaus existe uma comunidade rural chamada Novo Paraíso, com famílias que moram lá há cinco, dez e até 30 anos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), afirma que a comunidade é uma Área de Preservação Ambiental (APA) e entrou com recurso na justiça para fazer a retirada dos moradores que, por definiçlão, já são considerados de populações tradicionais.
A exemplo do que ocorreu em Pinheirinho, uma medida judicial federal que determina a permanência dos moradores que lá estão. A briga é antiga e um dos envolvidos é o empresário Alcione Pigmata Bonfim, dono de uma empresa de construção civil, a Eletroferro. Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas, os moradores pediram que a área fosse regularizada.
Também no mesmo caminho de Pinherinho, houve confronto. Mas não apenas da polícia com os moradores. Mas de seguranças de Bomfim com os moradores. O resultado foi duas mortes de seguranças. Os moradores afirmaram à época que esses mesmos seguranças foram atrás de moradores mais antigos e que possuem a escritura do terreno que Bom fim afirma ser dele.
A Semmas, por sua vez, afirma que o terreno é do municípío e por isso o transformou em APA. Não explica, no entanto, porque deu autorização para a empresa da filha de Bomfim extrair areia do local confomre mostra as fotos abaixo:

Agora preste atenção no estrago que estão causando em uma Área de Preservação Ambiental (APA):


Ok, a Semmas se exime dizendo que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) foi quem autorizou a retirada de areia na área em que ela se diz responsável. Mas esquece de dizer que a área em que os moradores da comunidade Novo Paraíso estão em um terreno rico em areia e seixo, material indisénsável para suprir o mercado da construção civil que está em plena expansão em Manaus e que provavelmente este é o motivo da disputa.
No ano passado, em dezembro, foi feita uma outra reintegração onde não apenas derrubaram as casas dos moradores como os fiscais da Semmas levaram animais e frutos que estavam para serem colhidos e até mesmo eletrodomésticos. "Foi um absurdo já terem derrubado as casas, e ainda levaram animais, produtos rurais e de alguns levaram aparelhos domésticos", denunciou uma moradora que preferiu não se identificar para evitar retaliações.
Na semana passada, nova reintegração de posse e os moradores novamente acusam de levarem seus pertences para o depósito da Eletroferro no bairro da Compensa, zona Oeste de Manaus. Novo momento de terror para uma comunidade que quer apenas fazer jus ao seu nome: Novo Paraíso.
E se você acha que é só0 em Manaus ou São Paulo, pode procurar que pelo menos em cada capital ou cidade de porte considerável tem seu Pinheirinho ou Novo Paraíso! Eu poderia ainda citar aqui a comunidade Águas Claras, Carbrás, e por aí vai!
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