quarta-feira, 16 de março de 2011
Gente que se diz do #bem mas faz mesmo é o mal!
Sou usuário das redes sociais não apenas pela febre que ela se tornou, mas sobretudo pelo que podemos manifestar nela, sem a preocupação se ela vai ser publicada ou não por esse ou aquele veículo de comunicação. Aliás, muitos veículos de comunicação tem se pautado por elas.
Mas desde o final de 2009, quando o twitter passou a substituir o Orkut e passou a ser uma forma mais eficiente de divulgar os blogs já existentes, lugar onde as idéias podem ser esmiuçadas bem melhor que nos 140 caracteres do microblog, as ameaças e agressões a tuiteiros passaram a ser freqüentes e de forma mais venal. Passaram da acusação de penas de aluguel a ameaças e dando o endereço dos blogueiros nos sites dos puxa-sacos de plantão.
Mais que isso: passaram a atacar a integridade moral das pessoas e, sem o menor pudor, passar no loca de trabalho e pedir aos empregadores que demitissem os “subversivos”, pura e simplesmente porque estavam emitindo suas opiniões e apontando soluções, questionando ações governamentais, enfim, exercendo cidadania.
Nas eleições do ano passado as coisas pioraram, com o monitoramento das redes sociais mais forte e passando também para monitorar os tuiteiros. Não se podia falar nada do candidato governista ou de algo relacionado a ele, que choviam agressões, no típico ato desesperado de desqualificar a quem faz o questionamento, desviando o foco da questão discutida.
As eleições passaram e a prática continuou. A fábrica de fakes que surgiu na campanha seguiu funcionando e sempre se manifesta quando você está tratando de um assunto ou fala algo de determinadas @s. Surgem logo na sua timeline as defesas mais estapafúrdias possíveis. Isso demonstra o monitoramento virtual. Mas para provar que do virtual passou para o real, vou relatar um fato.
Marcamos um almoço entre várias @s incluindo um prefeito do interior. Como o almoço foi marcado pelo twitter e uma das @s havia falado algo sobre aquela @ que não pode ter seu nome citado (isso é muito Harry Potter, né Lord Valdmort?), estava sob fogo cerrado na timeline. Ao chegar no restaurante foi notada a presença de um policial da Segunda Sessão da Polícia Militar, responsável pela inteligência da PM. Foi um aviso, naturalmente.
Nos últimos dias várias pessoas voltaram a ser ameaçados, alguns de forma velada, ouros de forma mais aberta. Mas justamente por pessoas que se dizem do #bem, sim, com o símbolo grego escopro, largamente conhecido como jogo da velha. Mas como se chamar do bem se vivem fazendo ameaças e agredindo as pessoas que, de alguma forma, fazem uma crítica ao governo e seus representantes.
Como pode alguém se autointitular do bem se incita agressões ou, na pior das hipóteses, não coíbe essas agressões e ameaças? Que maniqueísmo de mentes bitoladas é esse que tenta se instalar no Amazonas, quando o que esses cidadãos querem é que as coisas melhorem? Defender superfaturamento e outros ato de improbidade administrativa não é condizente com quem se diz
do bem. Se ser do bem é isso, prefiro muito mesmo ser do mal! Afinal de contasm, falar a verdade não é falar mal!
quinta-feira, 3 de março de 2011
Mas quem é tu mesmo, hein?
Por conta desses ataques, abro um parênteses aqui para dizer que elas não foram as únicas, e provavelmente não serão as últimas a serem atacadas por Tiradentes, aquele que já se comparou com um juiz. Mas quem é Ronaldo Tiradentes? Já foi contado um pouco da história dele em livro pelo jornalista Marcos Losekan e também já apareceu em vídeo mostrando como ele usa, e abusa, da sua rádio para fazer pressão inclusive sobre secretários municipais. Também mandou “dar uns cascudos”, lá no Rio de Janeiro, no José Ribamar Bessa Freire, tirou fotos e mandou para o Babá, certo de sua impunidade. Isso é uma prova inconteste da truculência do Alferes. Chegou a ligar para a empresa onde Carolina Coelho trabalha pedindo que a demitissem.
Mas o conheci quando era operador de áudio na rádio Amazonas FM e ele apresentava o “Clube do Rei”, que recebia dezenas de cartas que eram lidas no ar. Sim, as pessoas dedicavam um tempo para contar suas experiências, boas ou não, a pessoas que elas mal conheciam e eram ídolos. Soubessem o que acontecia nos bastidores jamais o fariam. Não posso falar por outros locutores da época, mas sobre Ronaldo Tiradentes eu posso.
Posso porque eu vi, várias vezes, o processo de seleção das cartas e os comentários a cerca dos casos e das pessoas. Algo do tipo: “olha isso, leva chifre e ainda manda carta para rádio para que todo mundo saiba. Só mesmo em Manaus” Ou então: “E essa aqui, reclama que não namora faz tempo. Deve ser feia que dói e não fode há sei lá quanto tempo”. Isso momentos antes de ler no ar a mesma carta e dar um conselho para a ouvinte. Pode parecer pouco, mas é justamente com as pequenas coisas que se conhece o verdadeiro caráter de uma pessoa. Assim é Ronaldo Tiradentes.
Quanto a Bianca Abinader, vive assustada hoje com ameaças e alguns atentados sofridos. O que ela faz para se defender? Tenta expor seu caso através da imprensa local, mas não obtém êxito porque os mesmo não têm compromisso com a informação. Tem tido mais resultado nos veículos de fora, onde não se tem o rabo preso com esse ou aquele grupo político. Conta com o apoio de quem já teve a vida enxovalhada e com outros tantos através das redes sociais. Não podem nos calar! Não podem nos parar!
Enquanto Tiradentes vai de mentira, vamos com a verdade. Os fatos não podem ser ocultados. Ele que tanto se diz jornalista, dessa forma enxovalha a faculdade onde se formou, desonra-a ao não cumprir o que lhe foi passado na academia. Primeiro por não ouvir o outro lado e, depois, por não dar direito de resposta, não reparar o erro cometido. Tiradentes prefere por em prática o que aprendeu em outra escola: a política que se faz no Amazonas, onde os desmandos acontecem e nada é feito, não se é punido.
Mas esse tempo está acabando! Antes não tínhamos onde nos manifestar, de expor nossas idéias e, desta forma, nos defender. Como escrevi em outro post: o tempo é outro senhor. As coisas mudaram e o cidadão tem onde e como expor suas idéias. Nem que isso tenha que ser ensinada da mesma forma que Tiradentes está acostumado. Se for assim que seja então!