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segunda-feira, 21 de março de 2011

Porque escolhi o PEN!

O ser humano é, por essência, um ser político. É assim quando nem mesmo pensamos que estamos sendo. Seja no trabalho, em casa, na escola, na rua, enfim, em qualquer lugar que estejamos, estamos cometendo atos políticos. Não quer dizer necessariamente política partidária, como se costuma pensar logo que se fala no tema, mas é sim um ato político.

Também é um ato político quando nos queixamos do mau atendimento em um estabelecimento comercial ou repartição pública, ou quando nos manifestamos contra qualquer tipo de injustiças ou medidas dos governantes quando assim as consideramos. Deveríamos exercitar isso sempre, tornar isso um hábito. Sobretudo porque isso é um reflexo do nosso amadurecimento como cidadãos. Aliás, ser cidadão exige em mais do que exercer o direito ao voto, esse engodo que por décadas nos fizeram engolir como se fosse a solução de todos os nossos problemas.

Não é bem assim! Votar é apenas a metade do caminho, pois para fazer a escolha que o processo eleitoral já nos exige o exercício de escolher por aquilo que consideramos ser a melhor alternativa. No entanto, a cultura assistencialista, da falta de discussão dos projetos, até mesmo porque em alguns casos eles sequer existem, do nojo que fizeram a maior parte da população sentir pela política, através do desbotado, mas ainda infalível discurso do: futebol, religião e política não se discute!

Ora, futebol é a paixão nacional e, como toda paixão, é irracional. Mas ainda assim se permite discutir. Religião e política se baseiam na ignorância, que vai no caminho diametralmente oposto de discussão, onde se expõem argumentos e, portanto, se leva a esclarecimentos. De religião falo em um outro momento, pois agora trato de política.

Por toda a minha vida acompanhei política. Participei e vi momentos importantes da política local e nacional. Foi assim na luta pela meia-passagem dos ônibus, dos comícios pelas diretas-já, das inúmeras manifestações grevistas de diversas categorias, sobretudo dos professores. Participar do movimento estudantil era a escola de formação política, de onde se ganhava a prática da discussão e se desenvolvia o poder da oratória, da leitura de teóricos execrados. Ah Bakunin, Malatesta, Proudhon, Nietszche, Foucault, quase nada de Marx. Sim, eu não sou marxista!

Durante esses quase 30 anos de militância política, em algumas campanhas trabalhei em serviço de assessoria, apostando que as coisas poderiam mudar. Por vezes vi as coisas acontecerem, como em 88 quando Arthur Neto venceu Mestrinho, era uma centelha de esperança em um momento delicado, em que as práticas populistas pareciam estar se encerrando. Ledo engano! As forças que mandam, e comandam, a política amazonense ainda são muito fortes.

Mas o tempo passou e sobrevivi a Gilberto Mestrinho e estou vendo os últimos dias de Amazonino Mendes. Bem como vejo um hiato político causado pela última campanha e acentuado pelo anúncio de que o PSD será formado com a cisão do PSB e os dissidentes do PSDB e do DEM. Mas não é isso que me faz tomar a decisão de me filiar a um partido, sobretudo após tantos anos militando e sendo acusado de integrar esse ou aquele partido. Meu caminho é outro. Escolhi o PEN, no qual estou empenhado em colher assinaturas de apoio.

O que me leva a ingressar no Partido Ecológico Nacional é que as pessoas que o integram no Amazonas tem o mesmo pensamento que eu. O partido não é ligado a esse ou aquele grupo, menos ainda tem medalhões da política nacional ou regional! Tem orientação de centro-esquerda. Mas mais que isso, não é um partido novo com velhas práticas, velhas mentalidades, velhas pessoas, mas sim um novo partido, com novas pessoas.

Pessoas que se opõem a oligarquia que impera no Amazonas e no Brasil. Conheci o PEN através do Linvinston Ferreira, quando fui ao Careiro-Castanho para conhecer o município. Fiquei surpreso com o desenvolvimento pelo qual a cidade passou e mais ainda por saber que tinha quase nenhuma verba do estado. Isso depois de passar por uma gestão desastrosa que deixou um rombo de R$ 15 milhões.

Também integra o partido no Amazonas o Marquinhos da Macil, prefeito de Apuí, um outro município que também não é alinhado com o governo estadual. E demonstrou isso na última campanha tendo sido o único no estado que impôs derrota ao grupo que domina. Não à toa tem dificuldades em fazer convênios com o governo.

Mas se é para ser ecológico, porque não ingressar no PV? Porque penso que é possível sim trazer desenvolvimento e preservar a natureza ao mesmo tempo e não é que o PV prega! Porque sou cooperativista e sei que esse modelo é o ideal para que haja distribuição de renda e geração de emprego para a população. E, pelo que ouvi da própria Marina Silva, há um desconhecimento total dela sobre o assunto.

Antes de tomar essa decisão ouvi várias pessoas e por várias vezes as ouvi me dizendo que seria importante sair uma pouco mais do discurso e partir para a prática. Mas sobretudo ouvi a minha consciência de que o momento para dar a minha contribuição mais efetiva ao desenvolvimento para o Amazonas é agora e por este partido. E assim o será!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Gente que se diz do #bem mas faz mesmo é o mal!

O maniqueísmo sempre foi a forma mais estúpida de separar as pessoas. Trata-se de dizer que quem não estiver a meu favor está, esteve ou estará contra. Isso permeia a humanidade desde que se estabeleceu relação de poder, sem discutir o que é melhor para o conjunto, mas sim o que for melhor para quem estiver no comando, poder. Não vou usar o termo liderança pois este é superior a governante.

Sou usuário das redes sociais não apenas pela febre que ela se tornou, mas sobretudo pelo que podemos manifestar nela, sem a preocupação se ela vai ser publicada ou não por esse ou aquele veículo de comunicação. Aliás, muitos veículos de comunicação tem se pautado por elas.
Mas desde o final de 2009, quando o twitter passou a substituir o Orkut e passou a ser uma forma mais eficiente de divulgar os blogs já existentes, lugar onde as idéias podem ser esmiuçadas bem melhor que nos 140 caracteres do microblog, as ameaças e agressões a tuiteiros passaram a ser freqüentes e de forma mais venal. Passaram da acusação de penas de aluguel a ameaças e dando o endereço dos blogueiros nos sites dos puxa-sacos de plantão.

Mais que isso: passaram a atacar a integridade moral das pessoas e, sem o menor pudor, passar no loca de trabalho e pedir aos empregadores que demitissem os “subversivos”, pura e simplesmente porque estavam emitindo suas opiniões e apontando soluções, questionando ações governamentais, enfim, exercendo cidadania.

Nas eleições do ano passado as coisas pioraram, com o monitoramento das redes sociais mais forte e passando também para monitorar os tuiteiros. Não se podia falar nada do candidato governista ou de algo relacionado a ele, que choviam agressões, no típico ato desesperado de desqualificar a quem faz o questionamento, desviando o foco da questão discutida.

As eleições passaram e a prática continuou. A fábrica de fakes que surgiu na campanha seguiu funcionando e sempre se manifesta quando você está tratando de um assunto ou fala algo de determinadas @s. Surgem logo na sua timeline as defesas mais estapafúrdias possíveis. Isso demonstra o monitoramento virtual. Mas para provar que do virtual passou para o real, vou relatar um fato.

Marcamos um almoço entre várias @s incluindo um prefeito do interior. Como o almoço foi marcado pelo twitter e uma das @s havia falado algo sobre aquela @ que não pode ter seu nome citado (isso é muito Harry Potter, né Lord Valdmort?), estava sob fogo cerrado na timeline. Ao chegar no restaurante foi notada a presença de um policial da Segunda Sessão da Polícia Militar, responsável pela inteligência da PM. Foi um aviso, naturalmente.

Nos últimos dias várias pessoas voltaram a ser ameaçados, alguns de forma velada, ouros de forma mais aberta. Mas justamente por pessoas que se dizem do #bem, sim, com o símbolo grego escopro, largamente conhecido como jogo da velha. Mas como se chamar do bem se vivem fazendo ameaças e agredindo as pessoas que, de alguma forma, fazem uma crítica ao governo e seus representantes.

Como pode alguém se autointitular do bem se incita agressões ou, na pior das hipóteses, não coíbe essas agressões e ameaças? Que maniqueísmo de mentes bitoladas é esse que tenta se instalar no Amazonas, quando o que esses cidadãos querem é que as coisas melhorem? Defender superfaturamento e outros ato de improbidade administrativa não é condizente com quem se diz
do bem. Se ser do bem é isso, prefiro muito mesmo ser do mal! Afinal de contasm, falar a verdade não é falar mal!

domingo, 13 de março de 2011

TSE anula decisão do TRE-AM, de novo!

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devolveu, por falhas processuais, ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) o processo do ex-prefeito do Careiro, Hamilton Alves Villar. Ele foi condenado em primeira instância, por abuso de poder econômico, e teve seu diploma cassado e os direitos políticos suspensos por oito anos . No processo ainda respondem também o atual presidente da Câmara Municipal do Careiro, João Doza de Oliveira Neto e Euclides Bendahan Macedo. O processo é referente às eleições de 2008, em que Avillar disputava a reeleição.

O TSE ainda manteve a decisão em primeira instância, em que o juiz da comarca do Careiro decidiu pela cassação do diploma, sem o qual Villar não poderia assumir o cargo, bem como João Doza. A defesa recorreu ao TRE-AM, onde o juiz, em decisão monocromática, revogou a decisão. O Ministério Público Eleitoral (MPE) recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e saiu a decisão reenviando para novo julgamento, por falhas processuais, tendo em vista que não foi respeitada a ampla defesa.

Mas se não foi dado o direito a ampla defesa, como então, ainda assim, foi dada a sentença favorável a Hamilton Villar? A resposta pode ser entendida a partir do que decidiu o Tribunal de Contas do Estado, uma semana depois. O conselheiro Josué Filho condenou as contas prestadas pela Prefeitura de Careiro Castanho que, em 2008, tinha à frente o prefeito Hamilton Alves Villar, multado em R$ 16.800, além de responder por débitos aos cofres públicos superiores a R$ 15 milhões. Para quem sabe fazer conta fica fácil entender! Se Villar foi acusado de abuso de poder econômico...


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Como Manaus se tornou sede da copa do mundo

Este post foi originalmente publicado em www.oavesso.com.br/omalfazejo


A escolha de Manaus como sede da copa antecede a atual gestão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, por conseqüência, a do presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF). É uma prova de como andam entrelaçados os interesses políticos e os esportivos são deixados de lado.

Teixeira domina com mão-de-ferro o futebol brasileiro há muito tempo. Distribuindo mimos aos presidentes de federações mais periféricas como a do Amazonas e atendendo aos interesses das mais abonadas como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul, se reelegeu com facilidade e fez algo um pouco mais grotesco, do ponto de vista jurídico e ético.

Com o mandato expirando em 2012, terá ele automaticamente extendido até 2014. Isso foi decidido em 2007, quando da última eleição realizada durante a Aseembléia Geral da entidade. Os outros dirigentes, incluindo o do Amazonas, copiaram a fórmula e também tiveram seus mandatos igualmente dilatados. Teixeira argumentou que uma mudança de comando poderia alterar o calendário estipulado pela Fifa para ter o seu caderno de intenções estipulados aos países, e por conseqüência as cidades-sedes, atendidos.

Já se sabia, antes mesmo do mundial de 2006 na Alemanha, devido ao rodízio de continentes imposto pela Fifa para sediar as copas, que sairia do continente americano o país-sede de 2014. Os atentados de 2001 aos EUA os tiraram do páreo no quesito segurança. Disputar com a Venezuela seria pule de dez para o Brasil vencer este páreo fácil. Teixeira, raposa felpuda e melhor cria de João Havelange, tinha conhecimento disso e pensou em se manter no poder um tempo mais.

Com esta informação na mão e com os votos de todos os presidentes de federações no bolso, Teixeira não teve dificuldades em fazer as mudanças necessárias no estatuto. Francisco das Chagas Valério Tomáz, o Dissica, também querendo ganhar alguns pontos no cenário político do Amazonas, se articulou com o governador Eduardo Braga para que Manaus fosse sub-sede. Com o discurso de ecologista de primeira linha, aproveitando a fama de pólo industrial sem chaminés, e portanto não poluidor, e mais o fato de não se ter investido no interior nada nos últimos 43 anos, daí o baixo índice de desmatamento, não foi difícil formatar o discurso de esta ser a Copa Ecológica.

Não à toa Braga foi defender a candidatura, única aliás, para o Brasil sediar a copa de 2014, na Suiça. Manaus já estava definida como subsede. Isto já tinha virado moeda de troca. Em 2008 houve apenas a homologação da escolha. Mais motivo para gastar uma fortuna em uma campanha de publicidade desnecessária. Como se ainda houvesse alguma dúvida de que Manaus não seria subsede. Talvez não seja, mas não por falta de manobras políticas para isto se tornar realidade. Talvez Manaus não seja em função do não cumprimento das exigências da Fifa. Mas isto, pouco vai importar para quem já amealhou uma pequena fortuna em alimentar as frustrações deste povo amazonense.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A força do interior!

Manaus, esta cidade-estado, tem uma importância fundamental não apenas na economia do Amazonas, mas também no âmbito político. Nestas eleições, no entanto, terá a forte concorrência do interior. Com o acesso à informação, os mais longes rincões estão mais antenados no que acontece na capital e vice-versa!

Por Robson Franco

Estava dando uma olhando os jornais velhos e me chamou a atenção o título de uma manchete: “Omar diz que fez mais em seis meses que Alfredo em sete anos”. Até aí nada demais porque quem tem boca vaia Roma e fala a bobagem que quiser. Inclusive eu! Até mesmo porque papel e gravador aceitam tudo mesmo! Mas mostra algo que precisamos sempre estar atentos!

Já faz tempo que ouço várias pessoas, de várias camadas da sociedade, falando do exagero que é a campanha institucional do governo do Estado. Quem vem de fora ou chegou há pouco tempo em Manaus, há de pensar que está tudo as mil maravilhas no Amazonas. Não que esteja ruim, bem longe disso, levando em consideração outros estados vizinhos e da vizinha região Nordeste. Mas tem algumas coisas que não devem deixar de ser registradas.

Poderia falar de violência, transporte coletivo, Copa 2014, mas como tem uma campanha eleitoral em andamento e com várias farpas sendo atiradas de lado a lado, bom manter o foco e ver como se configura esta disputa. Aliás, não consigo entender como tem gente que desvincula política do cotidiano e não percebe que está tudo imbricado. Como se as decisões dos parlamentares e dirigentes não causassem nenhum efeito em suas vidas.

Vai ser uma briga de cachorro grande, como se diz popularmente. Mas pode-se dizer que, a bem da verdade, vai ser briga de cachorro mesmo, pelo que se tem visto! Freqüentador assíduo das malhadeiras sociais e observador atento da realidade que me cerca, não me furto a perceber que o interior vai definir muitas coisas. Mesmo Manaus sendo uma cidade-estado e com um grau de politização maior, será nos grandes colégios eleitorais do interior (Parintins, Maués, Manacapuru, Itacoatiara, Coari, Tefé, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Humaitá e Manicoré), que as coisas esquentam.

Somados, estes municípios chegam a 600 mil habitantes e cerca de 350 mil eleitores. É um número a ser considerado. E há casos em que algumas eleições tiveram seus resultados alterados justamente com os resultados que vieram do interior. Em 1986, o hoje vereador Mário Frota foi dormir deputado federal e acordou nada. O pesquisador Marcus Barros também viu seu mandato de senador passar para as mãos do Gilberto Boto Mestrinho em 98, comprovando porque teve sua fama do cetáceo amazônida. Tá certo que estes resultados eram de quando as urnas no interior eram de pano. Há registro de que foram vistos boiando pelos rios Madeira, Amazonas e Negro algumas das ditas urnas.

O programa de rádio do Omar Aziz vem sendo reforçado para os municípios da calha do Madeira, sobretudo depois te terem sido apreendidos rabetas e implementos agrícolas no município de Apuí. Mas isto não é à toa e não apenas por isso! Braga, quando governador, foi lá e prometeu mundos e fundos ao prefeito daquele município, isto em agosto do ano passado! Num total de R$ 17 milhões, mas do qual o município não viu um centavo sequer. Tenho isto em vídeo e, graças à excepcional qualidade da internet em Manaus, não vou conseguir postá-lo aqui hoje, mas prometo fazê-lo assim que possível!

Alfredo Nascimento, por sua vez, limita-se a dizer que é o candidato do Lula e insiste em bater na tecla da BR-319! Venhamos e convenhamos, é um discurso muito fraco! Já deveria, já que se propõe a ser oposição ao atual governo do estado, ser mais contundente. Primeiro reconhecendo, como eu mesmo faço, as coisas boas que esta gestão fez, mas também colocando o dedo na ferida. Superfaturamento e obras fantasmas no Solimões são algumas destas coisas que merecem ser colocadas na pauta do dia, afinal de contas, é do dinheiro do imposto que todos paganmos que estamos falando! E isto merece pelo menos o respeito de ser colocado às claras, como quer Serafim Correa e colocou isto como condição para se aliar a Alfredo nesta campanha: transparência!

Estamos na era da supervelocidade da informação e não é mais como alguns anos atrás, em que as coisas aconteciam no interior e, quando sabíamos, já era tarde demais para ter efeito algum no momento mais importante em um processo eleitoral. Hoje, mesmo com esta internet de baixíssima qualidade que temos, é possível saber quase que em tempo real o que acontece pelo interior do Amazonas!

É isso!