terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Deixem o roadway em paz!

Nesta terça-feira o Secretário Especial de Portos, Márcio Lima Júnior, chegou em Manaus para fazer uma avaliação da área do Porto de Manaus e da Manaus Moderna. De acordo com a informações passadas para a imprensa, ele fez um vôo pela área e depois foi conhecer a região. Após dez anos sob concessão para a família De Carli, o porto voltou a ser administrado pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (DNIT), atualmente presidido por Afonso Lins Júnior.

O superintendente afirmou que já existe um projeto de revitalização do porto, construído na época da borracha pelos ingleses e que todos conhecem como "Roadway" que inclui também a área da Manaus Moderna. O objetivo será atender os transatlânticos e também os barcos regionais que levam e trazem cargas e passageiros do interior do estado.

Particularmente eu penso que é mais do que necessário essa obra. Também entendo que o Roadway já não comporta mais um fluxo de cargas e passageiros, coisa que, aliás, já não vem acontecendo desde que foi privatizado. E isso se dá por um simples motivo: dinheiro. Quando fizeram a concessão do porto, estabeleceram taxas que acabaram por inviabilizar a permanência da maioria dos barcos na área do Roadway e, mesmo que os armadores pudessem pagar, também já não haveria fisicamente condições de abrigar todos.

O que aconteceu então? Uma boa parte dos barcos passaram a aportar na Manaus Moderna e Educandos, outros vindos do rio Negro passaram a ir para portos improvisados no bairro de São Raimundo e Aparecida e poucos ficaram no roadway.

Na campanha para a prefeitura no ano passado, o então candidato e hoje secretário de educação, Pauderney Avelino, apresentou uma proposta muito interessante para a área da Manaus Moderna:


O projeto foi elaborado pela equipe do ex-prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, chefiada pelo arquiteto Guilherme Takeda, e envolve não apenas o porto que ficaria localizado na Manaus Moderna, como o terminal do BRT que ficaria exatamente ao lado da Feira da Manaus Moderna e ainda teria espaço para o Shopping Popular que abrigaria os camelôs que seriam retirados da área do Centro.


Não sei no que consiste esse projeto elaborado pelo DNIT, mas imagino que, para o bem da cidade e do Estado, unam-se agora o governo federal através do órgão federal, a prefeitura de Manaus e o governo do Estado, para que este projeto seja levado a cabo e vire Manaus de frente para o rio Negro, pois hoje ela está de costas.

Quanto ao Roadway, tenho uma outra sugestão: que ele seja revitalizado mas da seguinte maneira: deixe ele para receber os transatlânticos, com uma infra-estrutura idêntica aos dos aeroportos, com duty free, uma bela área de bares e restaurantes, com pessoal treinado em vários idiomas e, claro, com pratos regionais e atrações culturais com a nossa cara.

Sim, porque a última coisa que quero, e imagino que todos de Manaus queiram, é que este patrimônio histórico que é o Roadway seja destruído, a exemplo do Cine Guarany e de tantos outros prédios que carregaram a nossa história, seja destruído.

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