Quando se houve falar em choque de ordem imagina-se uma série de medidas de grande envergadura, que vá modificar a rotina de uma determinada parcela da sociedade ou toda ela. Hoje a prefeiura, ops, prefeitura de Manaus resolveu aplicar o tal choque de ordem no trânsito. mas o fez em apenas uma rua de um onjunto de classe alta e depois anunciaram que irão fazer em outros bairros, desta vez de lasse média-alta.
Ora, se é para fazer isso, que siga o exemplo do Rio de Janeiro. Quando da aplicação da Lei Seca, o Detran-RJ colocou os seus servidores nas ruas, executando blitz diariamente, em horários e locais alternados, reduzindo dessa maneira não apenas acidentes, mas também o número de vítimas fatais.
Por aqui até que o Detran-AM recebeu do governo federal mais bafômetros, gastaram rolos e rolos de dinheiro em material de campanha, mas pararam por aí. Nada de prático mesmo foi feito. Não se vê nenhuma blitzen nas ruas, a não ser aquelas que servem apenas para achacar os motoristas. Disso aí a população está cansada.
Sei que muitas pessoas apoiarão uma blitz que seja para checar se a pessoa está alcoolizada, se há arma de fogo dentro ou para fazer cumprir as leis vigentes. O cidadão mesmo não se incomoda de entrar em uma batida policial por estar em conformidade com a lei. É um transtorno? Sim, mas ele sabe que está sendo beneficiado porque a lei está sendo cumprida. Aliás, esse é o princípio do Choque de Ordem: cumprir as leis. E não fazer um oba-oba em cima de uma obrigação
Choque de Ordem é coisa séria, feita por pessoas sérias. Não é o caso dessa administração que presenteia os amigos com indenizações milionárias, aluguéis de casas que não são utilizadas. Choque de ordem tem que começar em casa, para servir de exemplo.
Mostrando postagens com marcador Amazonino. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amazonino. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A feira aos feirantes!
A discussão sobre o fim a ser dado a feiras em Manaus vai longe. Mas vamos a questões pontuais. Vi o presidente do Implurb, Manoel Ribeiro, afirmar em entrevista a uma emissora local, que a prefeitura tem conhecimento de que existem pessoas que possuem mais de dez, 20 box nas feiras da cidade e as exploram alugando para feirantes.
Ora, para isso ser possível, é claro que conta com a anuência da prefeitura. Sim claro, naturalmente vão colocar a culpa nas administrações passadas. Só não podem esquecer que tanto Amazonino quanto Ribeiro já foram prefeitos de Manaus e não faz muito tempo, logo, também têm responsabilidades.
Aliás, abrindo um parênteses aqui, vale lembrar que Amazonino, quando governador, escurraçou Ribeiro da prefeitura, inclusive com reação à bala do Manoel Pracinha. Se fosse eu, nunca mais olharia na cara um do outro.
A proposição de Amazonino segue em regime de urgência e, como tem maioria, não deverá ter dificuldade em aprovar a mensagem dando a concessão das feiras e mercados por 30 anos, prorrogáveis por mais 30. Dizem que isso é privatização e a prefeitura diz que é concessão. O fato é que o panavoeiro está armado.
Particularmente eu penso que se for para dar a concessão, que as dêem aos próprios feirantes. Eles sabem do que precisam e de que forma podem administrar. Também vi várias pessoas falando que os feirantes poderiam formar associações ou cooperativas para participar do processo licitatório. Ocorre que, dependendo do formato da licitação, essas cooperativas, por serem recentes, caso sejam constituídas a tempo, não poderão participar tendo em vista o seu curto período de existência.
Por outro lado, o que fazer com as pessoas que acabaram virando empresários das feiras e mercados? Devem ser punidos por formar um monopólio? E quem permitiu fazer esse monopólio, o que acontece com eles?
Você cidadão, tem a obrigação de participar mais efetivamente dessa e tantas outras discussões para que não sejas pego de surpresa por medidas esdrúxulas!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
2014, o número mágico da falácia no Brasil!
Esse texto foi escrito originalmente no dia 18 de maio de 2010, já com uma previsão do que aconteceria. A realidade é do Amazonas, mas é apenas um reflexo do que acontece nas cidades que serão sede da Copa 2014 e ao Regime Diferenciado (RD) se estenderá para os jogos olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Apenas para a Copa, serão mais de R$ 30 milhões, isso sem contar com os termos aditivos de contrato que, legalmente, pode chegar a 25% do valor inicial. Serão mais R$ 7,5 bilhões a mais que vão não para as obras, mas sabemos para quem!.
Não esqueçam que ano que vem tem eleição e é ano que todos precisarão fazer caixa para a campanha eleitoral. Mas os recursos para tanto são feitos desde já. Pensem nisso, prestem atenção no que está acontecendo em relação à copa. Futebol é paixão, mas nem por isso devemos fechar os olhos para as falcatruas que farão em nome disso!
Enquanto não temos um transporte decente e segurança pior ainda, vive-se a panacéia de que a Copa de 2014 irá salvar a lavoura do Amazonas, como se esse ano fosse um divisor de águas e nada mais importasse até que chegue esse ano.É preciso que se faça longas reflexões sobre o real significado da realização da competição mais importante do futebol mundial.
Não esqueçam que ano que vem tem eleição e é ano que todos precisarão fazer caixa para a campanha eleitoral. Mas os recursos para tanto são feitos desde já. Pensem nisso, prestem atenção no que está acontecendo em relação à copa. Futebol é paixão, mas nem por isso devemos fechar os olhos para as falcatruas que farão em nome disso!
Enquanto não temos um transporte decente e segurança pior ainda, vive-se a panacéia de que a Copa de 2014 irá salvar a lavoura do Amazonas, como se esse ano fosse um divisor de águas e nada mais importasse até que chegue esse ano.É preciso que se faça longas reflexões sobre o real significado da realização da competição mais importante do futebol mundial.
Já escrevi antes sobre como Manaus foi escolhida antecipadamente para ser sede e de como isso rendeu uma fortuna para fazer uma campanha para vencer uma disputa que já estava definida! Quer dizer, é um jogo de cartas marcadas. A Fifa também tem seus interesses. Mas ficou por aí. Tanto que no anúncio das sedes da Copa das Confederações Manaus ficou fora. E, mais ainda pode ser dito, caso alguma cidade seja cortada por não cumprimento de prazo para 2013, será simplesmente cortada. Não será substituída. A senha está dada!
Ah sim, os defensores de que Manaus pode ser sede da Copa das Confederações já disseram que isso ainda pode acontecer. Sinceramente não sei como. Mas isso é explicação que eles têm que dar, não eu!
Mas ao invés de pensarem em 2014, os governantes pensam apenas na próxima eleição. As propostas para resolver a questão da mobilidade urbana, monotrilho do estado e BRT da prefeitura, deu uma mostra de que o ego inflado e a megalomania de Eduardo Braga e Amazonino Mendes não deixaria as coisas fluirem como seria necessário. A propalada Ação Conjunta ficou apenas no discurso, como quase tudo por essas plagas.
A Arena da Amazônia, inicialmente orçada em R$ 499,5 milhões, deve seguir o mesmo caminho da ponte sobre o rio Negro e chegar a R$ 1 bilhão. Ou mais. Isso porque o projeto inicial foi recusado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sob suspeitas de superfaturamento e também falhas no projeto. Mas não é isso que deve elevar os custos dessa e das várias obras previstas para a Copa de 2014 e as Olimpíadas 2016. Há uma proposta do governo federal para a criação do Regime Diferenciado de Contratações, conforme revelou a jornalista Mary Zaidan.
Vai aqui um trecho:
O RDC, embutido na Medida Provisória 521 - um engana-trouxa de 53 artigos, dois sobre atividades de médicos residentes e outro sobre gratificações temporárias, apelidada, com precisão, de barriga de aluguel pela jornalista Dora Kramer – é uma autorização expressa para burlar a lei. Confere poderes que seriam públicos às empreiteiras vencedoras de licitações feitas a toque de caixa, que dispensam até mesmo projeto básico. Inventa facilidades para aditar contratos e regalias para atender às necessidades da Fifa.
É um caso raro em que se cria uma lei para infringir a lei.
Como não especifica quais são as obras, o vale tudo não é figura de linguagem. Do treinamento de pessoal ao trem-bala, da reforma ou construção de um novo estádio à compra de computadores para equipar futuras salas de imprensa, e o que mais se quiser. Um saco sem fundo, sem controle. Tudo com licitação frouxa.
Mas o que eu quero saber mesmo é se as heranças que serão deixadas valerão a pena. O governador Omar Aziz disse que não seria preciso resolver a questão da mobilidade urbana para 2014. Claro, tem que resolver para ontem. No quesito segurança os números da violência e criminalidade assustam qualquer um, como se não bastasse a participação de policiais em diversos crimes que vai de extorsão a homicídios passando por tráfico de drogas.
Em várias competições que vejo pelo mundo inteiro, sempre anunciam o quanto será arrecadado. A Fifa já anunciou que deve bater o recorde e arrecadar US$ 600 milhões, aproximadamente R$ 1 bilhão, maior que o da África do Sul. Os governos (federal, estadual e municipal) dizem por aqui que o maior legado será as obras de infra-estrutura para a população. É pouco, não?
Marcadores:
Amazonas,
Amazonino,
Copa 2014,
Eduardo Braga,
Fifa,
Manaus,
mentira tem pernas curtas,
Mobilidade Urbana,
Olimpíadas,
Omar Aziz,
Pilantragem,
Segurança Pública,
Transporte coletivo
terça-feira, 19 de abril de 2011
Mobilidade urbana em Manaus é falácia!
Muito se tem falado sobre mobilidade urbana em Manaus, mas pouco se tem falado sobre um requisito que precede o tema: transparência! O que de fato a Associação Internacional das Federações de Futebol (Fifa) exigiu em seu caderno de encargos? Isso deveria ser posto à disposição e está sendo guardado a sete chaves não se sabe com que intenções.
Sobre mobilidade urbana foi feito uma exigência simples: um transporte rápido e seguro do aeroporto ao local dos jogos e para a rede hoteleira. Não estipulou se seria metrô, monotrilho, trem-bala ou helicóptero. Ora, hoje existem soluções mais práticas que o monotrilho e o BRT, soluções apontadas pela megalomania dos governantes e já devidamente reprovada pelos órgãos controladores (Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União).
Os motivos já foram fartamente expostos pela imprensa: falhas de origem nos projetos e, pasme você, superfaturamento! Gente, isso já foi negado peremptória e categoricamente tanto pelo prefeito Amazonino Mendes quanto pelo ex-governador, Eduardo Braga, e pelo atual, Omar Aziz. Superfaturamento não existe no Amazonas. Existe sobrefaturamento, é bem diferente!
E tem uma coisa que muitas pessoas estão desconsiderando ou, o que é pior, omitindo nessa discussão: o gasoduto que passa por toda a extensão da Constantino Nery. Essa é uma questão muito relevante e que não está sequer sendo posta em discussão. De que forma as obras afetarão o gasoduto? Há um plano de atendimento a emergência em caso de acidentes no gasoduto? Será necessário refazer o gasoduto?
E a rede de transmissão de energia? Já não era tempo de fazer essa rede, pelo menos na Constantino Nery e Djalma Batista, subterrânea? Qual a dificuldade de já se ter feito isso quando das obras do gasoduto? Mas por aqui é assim: arvora-se em beneficiar os amigos empreiteiros agora com uma obra de cada vez. Nem que isso represente ter que refazer a mesma obra duas ou três vezes mais tarde.
Mas voltemos às exigências da Fifa. Um transporte do aeroporto até o estádio e à rede hoteleira nos traz um questionamento: onde fica a rede hoteleira? Bem, temos o Tropical Hotel, na zona Oeste, que pode ser feito de ônibus mesmo. Há os hotéis do Pólo Industrial, que possuem um via até razoável e que pode ser resolvido sem grandes investimentos e em tempo hábil. Outros hotéis estão sendo construídos na região próxima a Arena da Amazônia, que já serão assistido pelo que for feito ligando o aeroporto à arena.
Construir um transporte até o estádio não quer dizer que ele deva ir até o centro histórico de Manaus, até porque vai comprar uma briga feia e desnecessária com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Basta ir até onde hoje fica o terminal 1, não precisa ir até o centro. Para ligar a via principal da Torquato Tapajós à zona Leste, basta ir pela Max Teixeira até a bola do Tancredo Neves e de lá usar um sistema de capilaridade com ônibus.
Aliás, por falar em ônibus, há um princípio básico que não é respeitado aqui em Manaus: se houver um sistema de transporte coletivo confiável, as pessoas deixariam seus carros em casa e teria um trânsito mais fluído na cidade. Pense na seguinte situação: temos uma cidade com uma população de quase dois milhões de habitantes possuir apenas 1.500 ônibus é de uma desproporcionalidade sem tamanho.
A cidade cresceu, a frota de carros igualmente, mas em compensação a frota de ônibus permaneceu, como não foram criadas novas rotas para atender as demandas de uma cidade que cresceu a passos largos nos últimos 20 anos. Ora, se for fazer a regra de três simples (não é preciso fazer malabarismos matemáticos não, viu Marcos Cavalcante?) 1.500 ônibus para 2 milhões pessoas, dá um ônibus para cada 1.334 habitantes. Levando em consideração que são em média 45 lugares sentados, não vai dar outra: ônibus lotado, sobretudo nos horários de pico.
E a tarifa? Ora, há duas semanas uma empresa interessada em implantar o monotrilho em Manaus levou uma delegação de repórteres para a Malásia afim de mostrar as vantagens desse sistema. O Walmir Lima, do Diário do Amazonas, divulgou que lá eles cobram R$ 0,60 e aqui em Manaus o que foi proposto será de R$ 2,50. Precisa falar algo mais?
Para reduzir as tarifas dos ônibus? A prefeitura de Manaus fomenta o cartel. Não é de hoje que defendo que deveriam deixar as cooperativas de transporte operarem no sistema. Isso sim seria concorrência e forçaria os empresários não apenas a oferecer um serviço melhor, mas a manter a tarifa em um patamar aceitável. O motivo? Cooperativas não visam lucro, e sim o bem estar dos cooperados. Hoje elas remuneram 80% mais que as empresas e os motoristas trabalham menos. E operam da mesma maneira. Conversei com o Equias Subrinho, presidente da Federação das Cooperativas de Transporte do Amazonas (Fecootram) e ele me disse o seguinte: "Não estamos operando no sistema urbano porque não deixaram".
Quando começarem a pensar em mobilidade urbana para a população e não apenas para os apaniguados, quem sabe poderemos ter um sistema de transporte coletivo digno.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Se apertar, eles peidam!
Essa expressão, muito usada nos anos 80, cabe como uma luva na atual situação que vivemos. E quem deu a senha foram justamente quem mais se organizou: os mototaxistas! Foi assim quando começou a ser discutido a regulamentação da categoria a pressão sempre foi grande e começou por Brasília. Há dois meses a categoria encostou o prefeito e os vereadores na parede e conseguiram a agilização do processo de votação na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Na votação desta terça-feira, mais pressão e, de novo, os vereadores cederam. A estratégia dos mototaxistas é bastante simples, tática de guerrilha mesmo: acompanham a pauta de votação, fazem reuniões em locais estratégicos e depois seguem em suas motos para o destino escolhido. Não sem fazer barulho e paralisar o trânsito já caótico. Com uma pauta de reivindicações bem definidas, e não extensas, resolvem rapidamente as questões.
Aí você força um pouco a memória e lembra de uma manifestações dos estudantes que reuniu uns cinco mil alunos devidamente liberados pelos diretores de escolas, gritando palavras de ordem do tipo: 10% do PIB para a educação! Esse não conta porque passou longe de representar legitimamente os estudantes. Sequer foram recebidos pelo prefeito e apenas protocolizaram uma pauta de reivindicações que deve estar engavetada até agora. Isso se não foi para cesta! Sim, essa mesma que você está pensando aí! Esse tipo de barulho é ineficiente por ser uma jogada ensaiada!
O exemplo dos mototaxistas é mais contundente por vir da base, de quem depende realmente daquela oportunidade de trabalho, e de quem está disponível a dar sua contribuição para que o sistema de transporte funcione, ainda que seja um remendo esdrúxulo, um paliativo ou uma opção para pequenas distâncias e para locais onde o sistema de transporte coletivo não alcance. Ou seja, os mototaxistas não são apenas uma categoria, eles são a prova cabal de que tanto a prefeitura quanto estado são inoperantes em resolver a questão dos transporte.
E se pensam que não tenho solução, eis apenas uma: deixem as cooperativas operarem no sistema urbano. Como elas não visam lucro e sim o bem estar dos cooperados, a margem de lucro cai e a tarifa baixa! Ah, esqueci, não é o bem da população que está sendo objetivado, e sim o dos empresários! Tá explicado!
As cooperativas ainda não decidiram ir para as ruas, pois acreditam na força da negociação por exercerem um direito que foi obtido em 2006. Se forem, vai se repetir o que aconteceu em 2009. Afinal, não há nada que atemorize mais um governo do que o povo nas ruas exigindo os seus direitos. Então, moral da história, se pressionar o poder público, indo às ruas, na Câmara, na Assembléia, na prefeitura e na sede do governo, não dá outra, eles peidam!
quinta-feira, 17 de março de 2011
Licitação em Manaus, um jogo de cartas marcadas!
Após o escândalo da Consladrões, ops, Consladel, apresentado em reportagem no Fantástico, a atual gestão da prefeitura de Manaus mostrou como trata a coisa pública: disse que manterá e renovou o contrato com a empresa. E você deve estar achando um absurdo, não é? Pois não é! Se você for analisar outros contratos de licitações da prefeitura de Manaus poderá encontrar outros casos mais escabrosos. O bola da vez é o do transporte coletivo, que está em vias de ser anunciado o resultado. Para começo de conversa elimina a tarifa social aos domingos, que é de R$ 1,10. Criada em 2005 pela gestão anterior, permite aos usuários pagar pelo serviço que é prestado, tendo em vista que as empresas reduzem o número de veículos para fazer o transporte da população. Um outro ponto já pré-definido nessa licitação é que o transporte executivo, atualmente feito pelas cooperativas de transporte e mais duas empresas, deixará de ser feito apenas pelas empresas, já credenciadas. Mas o detalhe escabroso não está aí, mas sim na história. Em 2009 Amazonino Mendes tentou passar a tarifa do executivo de R$ 2,0 para R$ 3,00. As cooperativas se recusaram a dar o aumento por um motivo muito simples: prejudicaria a população e colocava em cheque o já combalido sistema. Uma paralização dos motoristas obrigou o alcaide teve que retornar ao preço de R$ 2,50. O prefeito, humilhado, teve que recuar, mas sob a ameaça de tirar a concessão das cooperativas, conseguiu seu objetivo: passagem do executivo em R$ 3,00. Para participar da licitação, as empresas que concorrem ao processo de licitação, precisam dar garantias de que possuem garagem e ônibus em Manaus. Qual não foi a surpresa ao verem que as empresas novas que querem operar aqui apresentaram garagem e ônibus de empresas já existentes e operando na cidade. Ou seja, será trocar seis por meia dúzia! Mudarão apenas os nomes das empresas, os proprietários serão os mesmos!
No começo deste ano, Amazonino prometeu mil ônibus sem que a tarifa fosse elevada. Essa era uma das condições para que as empresas permanecessem operando. Mais uma vez foi palavra jogada ao vento. O aumento vem antes dos ônibus. Mas um detalhe que quase passa despercebido é que tudo que está sendo anunciado, como a elevação da tarifa para R$ 2,80, 26% do valor de R$ 2,25, é um valor que já estava pré-definido. Os cálculos para chegar a esse valor nunca são mostrados. O titular da Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Marcos Cavalcante, já havia anunciado antes que as cooperativas ficariam de fora, disse que o aumento vai para a análise do prefeito. Ora, se o valor já foi passado baseado em uma planilha de custos que ninguém tem acesso, o máximo que poderemos ouvir do prefeito é o seguinte: “O Negão aqui, que é o pai de todos vocês, que está sempre pensando no bem de vocês, não ai ceder aos empresários e não vai dar esse aumento de R$ 2,80 porque é um exagero tal qual queriam me cassar por aquela declaração infeliz. Pensando em vocês, para não ficarem com o problema do troco, a tarifa ficará em R$ 2,75”.
Post Scriptum: E para quem não lembra, ou não sabe, Marcos Cavalcante já foi presidente da antiga Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU), em 1998, e foi eleito vereador com apoio das empresas do sistema de transporte coletivos. Entre suas realizações foi a quase cassação, após ser objeto de uma CPI presidida pelo ex-vereador Gilson Gonzalez, que apurou três acusações, com destaque para a distribuição de placas de táxis, em Manaus e manutenção de funcionários fantasmas no órgão.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Mobilidade urbana pode deixar Manaus fora da Copa de 2014
O deputado Marcelo Ramos (PSB) foi a Brasília hoje para checar a informação de que Manaus não assinou o termo de compromisso de mobilidade urbana, estabelecido pela Fifa (Associação das Federações Internacionais de Futebol, da sigla em inglês) para a realização da Copa do Mundo de 2014, o que pode deixar Manaus de fora. “Isso é um fato gravíssimo e merece que a informação seja checada junto ao Ministério dos Esportes para que sejam tomadas as devidas providências para que Manaus, em função desse não-compromisso, seja deixada de fora como sede da Copa”, afirmou Ramos.
A informação foi dada ontem no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), quando estava sendo discutido o caso do contrato entre a prefeitura de Manaus e a empresa Consladel, que foi citada como especialista, em reportagem no programa Fantástico, da rede Globo, como uma empresa especialista em participar de licitações fraudulentas. O início da discussão foi feita pelo deputado Marco Antônio Chico Preto.
Segurança e infraestrutura são requisitos considerados fundamentais pela Fifa e passível de cancelamento da cidade como sede da copa. Sem esse compromisso de mobilidade urbana Manaus poderia ser deixada de fora. No momento, tanto o monotrilho quanto o BRT tiveram seus projetos rejeitados pela Controladoria Geral da União por diversos problemas, entre eles
sobrefaturamento do valor da obra.
Há meses vem se arrastando a aprovação dos projetos e o governo do Estado entrou em rota de colisão para ver qual o modelo a ser adotado para melhorar o sistema de transporte, sempre esbarrando na questão dos valores para a realização das obras. Enquanto isso os prazos para as realizações das obras vão diminuindo!
Há anos a questão do trânsito em Manaus é questão de difícil solução por parte do poder público e nunca houve real interesse em resolver a questão. O aumento do poder aquisitivo e a facilidade na aquisição de veículos apenas agravou uma situação que se resume a uma coisa: se o transporte coletivo fosse que qualidade e confiável, as pessoas deixariam os carros em casa.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Palavra de usuário vale?
Post originalmente publicado no www.naosenhor.com.br no dia 27 de maio de 2010
Atrazonino, ops, Amazonino falou que faria administração moderna. Alguém tem que apresentar a ele o conceito de modernidade e dizer que ouvir os usuários de qualquer serviço que a prefeitura tenha gerência faz parte desta tal modernidade.
Por Robson Franco.
Não sei se o prefeito anda pelas ruas da cidade. Me parece, pelas medidas anunciadas nos últimos dois dias, que não. Aliás, abro um parenteses aqui para recordar uma notícia que vi no Jornal do Amazonas semana passada, em que o Prefeito ordenou que o IMTT tomasse providência em relação ao trânsito em uma determinada área porque ele ficou 20 minutos preso em um engarrafamento. Isso dá a exata medida de como ele está interesado em resolver os problemas da cidade. Não o afeta, não é com ele.
Quem me acompanha no tuiter sabe que eu sempre falei que se a Pefeitura contratar um engenheiro de tráfego já resolve 80% dos problemas de trânsito em Manaus. Mas tem certas coisas que já não tem mais como consertar, como passagens subterrâneas sem acostamento e novas vias que ligam nada a lugar nenhum. Tudo, naturalmente, feito a peso de ouro e por empresas já previamente escolhidas.
O transporte coletivo em Manaus tem solução que requer medidas drásticas e não-corruptas. Abrir o mercado para outras empresas, se bem que isto já não depende do cartel do transporte que existe em Manaus, mas do que manda no Brasil. Cobrar as metas estipuladas nas concessões às empresas que operam em Manaus, como a renovação das frotas e a manutenção dos carros que circulam atualmente. Tá certo que uns já deveriam ter sido aposentados e tirados de circulação. Alguns veículos trafegam em Manaus oferecendo condições desumanas a seus usuários. Algumas linhas como 611, 604, 353 e tantas outras que servem a Zona Norte e Zona Leste são vergonhosas.
Claro que não há compromisso da prefeitura, gestora do sistema, com o usuário. Na última greve dos ônibus, ficou patente a ingerência do alcaide na questão e ele deve ter ficado fulo da vida porque o Ministério Público do Trabalho tomou a frente e chegou a um termo entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sinetram. Amazonino não pôde ficar de salvador da pátria. Menos mal para nós!
Quando faço uma crítica, costumo apontar soluções. Ano passado, quando o alcaide tentou instalar o caos no sistema de tansporte quis fazê-lo dando um aumento na tarifa dos alternativos, em sua maioria feito por cooperativas. O Aumento na tarifa cobrecarregaria o já estrangulado sistema coletivo e pediria uma medida mais drástica do poder público, como intervenção e eventual contratação sem licitação. Não funcionou porque as cooperativas, ao contrário das outras empresas, não visam lucro, mas sim o bem estar de seus cooperados. Amazonino teve que recuar. Este ano, já escaldado, aumentou a tarifa e ameaçou cancelar a concessão das cooperativas. Só assim aceitaram o aumento.
Mas tem um problema no trânsito que as cooperativas poderiam resolver, sem ter que esperar pela tal licitação que virou novela para aumentar a frota de ônibus alternativos. Conversei com o Equias Subrinho, presidente da Federação das Cooperativas de Transportes do Amazonas (Fecootram) e sugeri que ele fizesse uma proposta às escolas particulares para fazer transporte escolar. Isso reduziria sensivelmente as filas duplas em várias vias de acesso no horário de pico do trânsito em Manaus. Não apenas isso, reduziria custos para os pais e também contratempos. Nenhum pai ou mãe teria que sair correndo do trabalho para ir buscar ou deixar os filhos na escola. Menos carros no trânsito, menos nervosismo nas ruas!
Ônibus climatizado em Manaus é necessidade básica. Me questionaram uma vez se uma mulher com cinco filhos, todos gripados, entrando no ônibus, qual seria o procedimento? É para tratar da regra ou da exceção?
Porque os ônibus são tão mal-cuidados em Manaus? Basta os empresários cuidarem melhor de seus funcionários, oferecerem condições mais dignas de trabalho e eles não vão depredar os veículos. Já vi alguns fazendo isso. Não concordo com o pensamento deles, mas entendo e sempre pondero que isso não resolve nada e é feito por minoria. Quer aumento de salário, engrosse o coro do seu sindicato, fortaleça a sua entidade representativa e terás poder de nogociação com os patrões.
Minha pequena contribuição ao debate sobre o sistema de transporte coletivo em Manaus. Não existem soluções mágicas, mas é preciso que se abram as discussões e o principal interessado, o usuário seja ouvido. Prefeito, faça um pesquisa, de preferência use o Instituto de Pesquisas do Departamento de Estatística da Ufam, que vai sair mais barato e mais confiável! Ainda lá na Ufam, na Faculdade de Tecnologia, existe um departamento que cuida de tânsito. Seja humilde e busque auxílio com quem sabe!
Atrazonino, ops, Amazonino falou que faria administração moderna. Alguém tem que apresentar a ele o conceito de modernidade e dizer que ouvir os usuários de qualquer serviço que a prefeitura tenha gerência faz parte desta tal modernidade.
Por Robson Franco.
Não sei se o prefeito anda pelas ruas da cidade. Me parece, pelas medidas anunciadas nos últimos dois dias, que não. Aliás, abro um parenteses aqui para recordar uma notícia que vi no Jornal do Amazonas semana passada, em que o Prefeito ordenou que o IMTT tomasse providência em relação ao trânsito em uma determinada área porque ele ficou 20 minutos preso em um engarrafamento. Isso dá a exata medida de como ele está interesado em resolver os problemas da cidade. Não o afeta, não é com ele.
Quem me acompanha no tuiter sabe que eu sempre falei que se a Pefeitura contratar um engenheiro de tráfego já resolve 80% dos problemas de trânsito em Manaus. Mas tem certas coisas que já não tem mais como consertar, como passagens subterrâneas sem acostamento e novas vias que ligam nada a lugar nenhum. Tudo, naturalmente, feito a peso de ouro e por empresas já previamente escolhidas.
O transporte coletivo em Manaus tem solução que requer medidas drásticas e não-corruptas. Abrir o mercado para outras empresas, se bem que isto já não depende do cartel do transporte que existe em Manaus, mas do que manda no Brasil. Cobrar as metas estipuladas nas concessões às empresas que operam em Manaus, como a renovação das frotas e a manutenção dos carros que circulam atualmente. Tá certo que uns já deveriam ter sido aposentados e tirados de circulação. Alguns veículos trafegam em Manaus oferecendo condições desumanas a seus usuários. Algumas linhas como 611, 604, 353 e tantas outras que servem a Zona Norte e Zona Leste são vergonhosas.
Claro que não há compromisso da prefeitura, gestora do sistema, com o usuário. Na última greve dos ônibus, ficou patente a ingerência do alcaide na questão e ele deve ter ficado fulo da vida porque o Ministério Público do Trabalho tomou a frente e chegou a um termo entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sinetram. Amazonino não pôde ficar de salvador da pátria. Menos mal para nós!
Quando faço uma crítica, costumo apontar soluções. Ano passado, quando o alcaide tentou instalar o caos no sistema de tansporte quis fazê-lo dando um aumento na tarifa dos alternativos, em sua maioria feito por cooperativas. O Aumento na tarifa cobrecarregaria o já estrangulado sistema coletivo e pediria uma medida mais drástica do poder público, como intervenção e eventual contratação sem licitação. Não funcionou porque as cooperativas, ao contrário das outras empresas, não visam lucro, mas sim o bem estar de seus cooperados. Amazonino teve que recuar. Este ano, já escaldado, aumentou a tarifa e ameaçou cancelar a concessão das cooperativas. Só assim aceitaram o aumento.
Mas tem um problema no trânsito que as cooperativas poderiam resolver, sem ter que esperar pela tal licitação que virou novela para aumentar a frota de ônibus alternativos. Conversei com o Equias Subrinho, presidente da Federação das Cooperativas de Transportes do Amazonas (Fecootram) e sugeri que ele fizesse uma proposta às escolas particulares para fazer transporte escolar. Isso reduziria sensivelmente as filas duplas em várias vias de acesso no horário de pico do trânsito em Manaus. Não apenas isso, reduziria custos para os pais e também contratempos. Nenhum pai ou mãe teria que sair correndo do trabalho para ir buscar ou deixar os filhos na escola. Menos carros no trânsito, menos nervosismo nas ruas!
Ônibus climatizado em Manaus é necessidade básica. Me questionaram uma vez se uma mulher com cinco filhos, todos gripados, entrando no ônibus, qual seria o procedimento? É para tratar da regra ou da exceção?
Porque os ônibus são tão mal-cuidados em Manaus? Basta os empresários cuidarem melhor de seus funcionários, oferecerem condições mais dignas de trabalho e eles não vão depredar os veículos. Já vi alguns fazendo isso. Não concordo com o pensamento deles, mas entendo e sempre pondero que isso não resolve nada e é feito por minoria. Quer aumento de salário, engrosse o coro do seu sindicato, fortaleça a sua entidade representativa e terás poder de nogociação com os patrões.
Minha pequena contribuição ao debate sobre o sistema de transporte coletivo em Manaus. Não existem soluções mágicas, mas é preciso que se abram as discussões e o principal interessado, o usuário seja ouvido. Prefeito, faça um pesquisa, de preferência use o Instituto de Pesquisas do Departamento de Estatística da Ufam, que vai sair mais barato e mais confiável! Ainda lá na Ufam, na Faculdade de Tecnologia, existe um departamento que cuida de tânsito. Seja humilde e busque auxílio com quem sabe!
Prometer e não cumprir é pior do que mentir!
Post originalmente publicado no www.naosenhor.com.br no dia 19 de julho de 2010
O título já rendeu mote de campanhas eleitorais passadas, mas revi hoje de novo em plena manifestação dos mototaxistas que se sentiram ludibriados pelo alcaide abelha, ops, prefeito Amazonino Mendes na questão da regulamentação do setor! Prometeu de público que iria delimitar as áreas de atuação, mas deve ter prometido outras coisas a portas fechadas!
Por Robson Franco
Não fiquei surpreso ao ver a manifestação dos mototaxistas no viaduto da Recife, na manhã desta segunda-feira. Também não me surpreendeu a reação de uma passageira do ônibus que eu estava. Com toda a indignação que ela podia ter, afirmou categoricamente que aquilo era cupla do prefeito Amazonino por não cumprir com as promessas que fez durante a campanha e também manteve o ritmo após ter assumido!
Meus dedos já estão calejados escrever sobre o que ele prometeu para o transporte coletivo! Também assim o fez no caso das cooperativas de transporte executivo. Parece que quer mesmo o caos o sistema de transporte para justificar uma intervenção! Só pode!
Pode dizer que estou sendo cruel ao me manifestar desta forma, mas devo lembrar que, como diz o caboco, quem planta vento colhe tempestade. Os mototaxistas prometem fazer mais manifestações até o final de semana. E eles são bem mais organizados que os motoristas de ônibus e os cooperados do transporte executivo! Com certeza ainda vai ter muito barulho sendo feito pelas ruas da cidade! é uma boa justificativa para uma intervenção!
Quem fez a promessa de regulamentar o setor foi o próprio alcaide! Cabe a ele cumprir sua palavra, se é que a tem! Se não em respeito aos mototaxistas, que seja então em respeito aos usuários ou, como eu mesmo sugiro, in memorian a sua própria biografia! Fica feio para alguém que já foi prefeito da cidade e governador do estado ter um ocaso deste! Reage abelha!
Depois não venha com a pachorra de dizer que afastou mais de 300 mil votos para o Omar, pelo amor de mim! Prometer e não cumprir, como diria Beth Azize, é pior do que mentir realmente!
O título já rendeu mote de campanhas eleitorais passadas, mas revi hoje de novo em plena manifestação dos mototaxistas que se sentiram ludibriados pelo alcaide abelha, ops, prefeito Amazonino Mendes na questão da regulamentação do setor! Prometeu de público que iria delimitar as áreas de atuação, mas deve ter prometido outras coisas a portas fechadas!
Por Robson Franco
Não fiquei surpreso ao ver a manifestação dos mototaxistas no viaduto da Recife, na manhã desta segunda-feira. Também não me surpreendeu a reação de uma passageira do ônibus que eu estava. Com toda a indignação que ela podia ter, afirmou categoricamente que aquilo era cupla do prefeito Amazonino por não cumprir com as promessas que fez durante a campanha e também manteve o ritmo após ter assumido!
Meus dedos já estão calejados escrever sobre o que ele prometeu para o transporte coletivo! Também assim o fez no caso das cooperativas de transporte executivo. Parece que quer mesmo o caos o sistema de transporte para justificar uma intervenção! Só pode!
Pode dizer que estou sendo cruel ao me manifestar desta forma, mas devo lembrar que, como diz o caboco, quem planta vento colhe tempestade. Os mototaxistas prometem fazer mais manifestações até o final de semana. E eles são bem mais organizados que os motoristas de ônibus e os cooperados do transporte executivo! Com certeza ainda vai ter muito barulho sendo feito pelas ruas da cidade! é uma boa justificativa para uma intervenção!
Quem fez a promessa de regulamentar o setor foi o próprio alcaide! Cabe a ele cumprir sua palavra, se é que a tem! Se não em respeito aos mototaxistas, que seja então em respeito aos usuários ou, como eu mesmo sugiro, in memorian a sua própria biografia! Fica feio para alguém que já foi prefeito da cidade e governador do estado ter um ocaso deste! Reage abelha!
Depois não venha com a pachorra de dizer que afastou mais de 300 mil votos para o Omar, pelo amor de mim! Prometer e não cumprir, como diria Beth Azize, é pior do que mentir realmente!
Este Negão é um brincante!
Post originalmente publicado no http://www.naosenhor.com.br/ no dia 11 de junho de 2010
Aumento da tarifa de ônibus é uma coisa muito séria e deveria ser tratada com respeito pelos gestores desta província! O alcaide brinca com coisa séria! Como está refém de quem ajuda a bancar suas campanhas, não pode dizer não aos empresários que, por sua vez, não se veem na obrigação de cumprir com o que é exigido no contrato de concessão de serviço público. Já havia escrito em outra oportunidade sobre o assunto anteriormente, colocando a minha palavra de usuário e penso que isto apenas é o começo de uma discussão que deve ser perene, para sempre avançarmos.
Por Robson Franco.
Passei alguns minutos para digerir a notícia de que teríamos aumento na tarifa de ônibus para R$ 2,25. E olha que receber uma notícia dessas, logo no café da manhã e vendo a qualidade dos coletivos que circulam pela cidade, é intragável mesmo! Chega a dar congestão sem ter comido nada.
Alegar que as empresas estão quebradas é álibi sem-vergonha! Se elas estivessem quebradas mesmo, os empresários já teriam se retirado do serviço há muito tempo. Não conheço, em nenhum setor empresarial, nenhum caso de empresa que esteja operando no prejuízo. Sobretudo se é um setor essencial com planilhas de custos que nunca são mostradas, como é o caso do transporte coletivo em Manaus.
Lembro bem que, o hoje deputado federal Francisco Praciano, então vereador, cansou de questionar os números lançados na famigerada planilha de custos. Nunca foi revelado ou, como dizem os que gostam de clichês, jamais abriram a caixa-preta da tarifa de ônibus em Manaus. De tanto questionar e pesquisar sobre o tema duas coisas aconteceram com Praciano.
A primeira é que ele virou especialista no assunto e me falou certa vez que tem alguns dados a serem considerados na tal planilha, como Taxa de consumo médio por percurso rodado. A segunda é que de tanto martelar sobre a questão que atinge centenas de milhares de pessoas, acabou se elegendo deputado federal. Portanto Negão, presta atenção no serviço porque deste jeito tu acabas sendo o maior cabo eleitoral da oposição. Se bem que, neste caso, tenho que reconhecer que é um bom serviço que nos presta.
Mas em se tratando de Atrazonino, ops, Amazonino Mendes, eu até que entendo! Não aceito, mas entendo. Trata-se de uma coisa que o @BlogdoBentes chama com um termo bem apropriado: vendeta! Para quem não sabe, vendeta é italiano e significa vingança. Este sentimento que mostra o quanto a pessoa é tacanha, há muito vem consumindo o alcaide e piorou desde que o Ministério Público do Trabalho fez o seu serviço e mediou as negociações entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sinetram, a respeito da greve que paralisou Manaus por algumas horas.
E como em toda vendeta tem que ter sempre um lado que ficará bem mal, este lado será o da população manauara (me recuso a usar o termo manauense. Quando convencerem um marajoara a aceitar ser chamado de marajoense, me avisem!). A tarifa vai subir, mas o que mais me preocupou foi o fato de não ver nenhuma das chamadas lideranças da sociedade civil organizada, como Diretório Central do Estudantes (DCE), União Municipal dos Estudantes (UMES) ou qualquer outra entidade que se esconda atrás desta categoria chamada estudante. Ao invés disso, todos ligados na abertura da Copa. Nada contra, hein!?
O Negão tá ficando velho, não besta! Deveria conceder este reajuste logo após o Sinetram ter aceitado dar a migalha de 4% de aumento aos rodoviários e mais 2,5% de benefícios indiretos, mas pegaria mal demais. Esperou um momento mais oportuno, sabedor que é da paixão que tem o povo por futebol, para fazer o anúncio. Escolheu a abertura da copa. Bem apropriado para ele, que não viu resistência sequer na coletiva de imprensa. Nenhuma pergunta do tipo: Se as empresas estão quebradas, porque não se retiraram então? Ou ainda: Se os ônibus estão velhos, porque a prefeitura,via IMTT, não multa as empresas por não cumprirem o que está no contrato de concessão de serviços?
Mas nada... Nenhuma centelha sequer de reação de nenhum setor. Como não me calo, lá vou eu dar uma de exército de Brancaleone ou exército de um homem só e cutucar a ferida. Mas me sinto como aquele rapaz que ficou na frente dos tanques na Praça da Paz Celestial, em Pequim, há uns anos atrás. Quem quiser que se junte e vamos discutir esta tal planilha de custos da tarifa de ônibus. E com transparência, por favor!
Post Scriptum: E não me venha o senhor alcaide núbio me dizer que a culpa é da administração passada porque ele mesmo falou, tão logo assumiu o cargo, com todas as letras, que “resolveria o problema do sistema de transporte em 90 dias”. Já se passaram 524 e nada foi feito. Aliás, foi feito sim: conseguiram piorar o que já era ruim!
Aumento da tarifa de ônibus é uma coisa muito séria e deveria ser tratada com respeito pelos gestores desta província! O alcaide brinca com coisa séria! Como está refém de quem ajuda a bancar suas campanhas, não pode dizer não aos empresários que, por sua vez, não se veem na obrigação de cumprir com o que é exigido no contrato de concessão de serviço público. Já havia escrito em outra oportunidade sobre o assunto anteriormente, colocando a minha palavra de usuário e penso que isto apenas é o começo de uma discussão que deve ser perene, para sempre avançarmos.
Por Robson Franco.
Passei alguns minutos para digerir a notícia de que teríamos aumento na tarifa de ônibus para R$ 2,25. E olha que receber uma notícia dessas, logo no café da manhã e vendo a qualidade dos coletivos que circulam pela cidade, é intragável mesmo! Chega a dar congestão sem ter comido nada.
Alegar que as empresas estão quebradas é álibi sem-vergonha! Se elas estivessem quebradas mesmo, os empresários já teriam se retirado do serviço há muito tempo. Não conheço, em nenhum setor empresarial, nenhum caso de empresa que esteja operando no prejuízo. Sobretudo se é um setor essencial com planilhas de custos que nunca são mostradas, como é o caso do transporte coletivo em Manaus.
Lembro bem que, o hoje deputado federal Francisco Praciano, então vereador, cansou de questionar os números lançados na famigerada planilha de custos. Nunca foi revelado ou, como dizem os que gostam de clichês, jamais abriram a caixa-preta da tarifa de ônibus em Manaus. De tanto questionar e pesquisar sobre o tema duas coisas aconteceram com Praciano.
A primeira é que ele virou especialista no assunto e me falou certa vez que tem alguns dados a serem considerados na tal planilha, como Taxa de consumo médio por percurso rodado. A segunda é que de tanto martelar sobre a questão que atinge centenas de milhares de pessoas, acabou se elegendo deputado federal. Portanto Negão, presta atenção no serviço porque deste jeito tu acabas sendo o maior cabo eleitoral da oposição. Se bem que, neste caso, tenho que reconhecer que é um bom serviço que nos presta.
Mas em se tratando de Atrazonino, ops, Amazonino Mendes, eu até que entendo! Não aceito, mas entendo. Trata-se de uma coisa que o @BlogdoBentes chama com um termo bem apropriado: vendeta! Para quem não sabe, vendeta é italiano e significa vingança. Este sentimento que mostra o quanto a pessoa é tacanha, há muito vem consumindo o alcaide e piorou desde que o Ministério Público do Trabalho fez o seu serviço e mediou as negociações entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sinetram, a respeito da greve que paralisou Manaus por algumas horas.
E como em toda vendeta tem que ter sempre um lado que ficará bem mal, este lado será o da população manauara (me recuso a usar o termo manauense. Quando convencerem um marajoara a aceitar ser chamado de marajoense, me avisem!). A tarifa vai subir, mas o que mais me preocupou foi o fato de não ver nenhuma das chamadas lideranças da sociedade civil organizada, como Diretório Central do Estudantes (DCE), União Municipal dos Estudantes (UMES) ou qualquer outra entidade que se esconda atrás desta categoria chamada estudante. Ao invés disso, todos ligados na abertura da Copa. Nada contra, hein!?
O Negão tá ficando velho, não besta! Deveria conceder este reajuste logo após o Sinetram ter aceitado dar a migalha de 4% de aumento aos rodoviários e mais 2,5% de benefícios indiretos, mas pegaria mal demais. Esperou um momento mais oportuno, sabedor que é da paixão que tem o povo por futebol, para fazer o anúncio. Escolheu a abertura da copa. Bem apropriado para ele, que não viu resistência sequer na coletiva de imprensa. Nenhuma pergunta do tipo: Se as empresas estão quebradas, porque não se retiraram então? Ou ainda: Se os ônibus estão velhos, porque a prefeitura,via IMTT, não multa as empresas por não cumprirem o que está no contrato de concessão de serviços?
Mas nada... Nenhuma centelha sequer de reação de nenhum setor. Como não me calo, lá vou eu dar uma de exército de Brancaleone ou exército de um homem só e cutucar a ferida. Mas me sinto como aquele rapaz que ficou na frente dos tanques na Praça da Paz Celestial, em Pequim, há uns anos atrás. Quem quiser que se junte e vamos discutir esta tal planilha de custos da tarifa de ônibus. E com transparência, por favor!
Post Scriptum: E não me venha o senhor alcaide núbio me dizer que a culpa é da administração passada porque ele mesmo falou, tão logo assumiu o cargo, com todas as letras, que “resolveria o problema do sistema de transporte em 90 dias”. Já se passaram 524 e nada foi feito. Aliás, foi feito sim: conseguiram piorar o que já era ruim!
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O tempo é outro senhor!

Até bem pouco tempo atrás, antes de as mídias sociais virarem uma verdadeira febre, o fluxo de informações era basicamente o que o poder público permitisse sair. Sim, era, e ainda é, uma censura nem sempre velada, mas acontece.
A grosso modo, pode ser feito um processo evolutivo. Nos anos de chumbo, acontecia assim: os censores iam nos veículos de comunicação e diziam que não podiam dar a matéria da bomba que ia explodir em uma banca ou em uma escola em determinado horário. A notícia era censurada antes de acontecer.
Depois a censura passou a ser política, com os veículos não podendo apoiar este ou aquele candidato e, portanto, não deveria divulgar um evento em que a pessoa estivesse participando.
Por outro lado, a sociedade foi se organizando e ocupando os seus espaços, realizando manifestações, mesmo que pagando um preço alto, com vidas, perda de liberdade e, na minha opinião, o mais cruel de todos os castigos: ser degredado, mandado embora de sua nação e de perto das pessoas que se ama. Foi assim desde os festivais de música até as greves dos metalúrgicos em São Paulo, diretas já e, mais tarde, o Fora Collor.
Pode parecer romantismo, mas não é. Digo isso com a propriedade de quem brigou enfrentando a polícia pela meia passagem em meados dos anos 80, o comício das diretas, apoio à campanha dos professores e depois a luta pela democratização na comunicação, defendendo as rádios comunitárias no começo dos anos 90.
Enquanto isso, sempre que possível o poder constituído arranja um jeito de tentar dificultar o acesso da população às informações. Ultimamente era o poder econômico, tendo em vista que as verbas publicitárias tiveram suas fatias devidamente engordadas nos últimos anos e ainda é uma poderosa ferramenta para que os meios de comunicação ao menos dessem uma aliviada nas notícias, quando saírem.
Só que os avanços tecnológicos provocaram uma ampliação do acesso à informação, senão da maioria da população, mas ao menos nos setores mais críticos. Com o advento da internet, este processo se acelerou e ganhou proporções inusitadas após o surgimento das redes sociais.
O caso da derrubada de Rosni Mubarak, no Egito, e, localmente, no tétrico "então morra. morra", do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.
O vídeo, inicialmente mostrado em uma versão editada de um minuto, mostra o quanto a arrogância e a prepotência de uma figura pública. Caiu na rede e logo virou o assunto das mídias sociais em Manaus. A Secretaria Municipal de Comunicação tentou consertar colocando o vídeo na íntegra e acionou os meios de comunicação para que a idéia de que as frases infelizes perdessem força ao se alegar que foram usadas fora de contexto.
Se Manaus tivesse uma internet de qualidade, o vídeo poderia ter sido mostrado no íntegra e não a versão editada. Na versão integral, o concerto saiu pior que o soneto. Ficou mais evidente a estupidez com que o prefeito trata seu eleitorado. Do ignorar os apelos dos moradores, que aguardavam até com alegria, e isto pode ser ouvido pelo ensaio de um "Amazonino, cadê você", passando pelo "não diga besteira".
E quem ver o vídeo na íntegra, vai perceber as contradições de Amazonino, que chega dizendo que não dinheiro, não tem lugar, não tem material, fez a besteira, e saiu prometendo que ia ser o pai daquela comunidade, que ia dar madeira, lugar e, por fim, dizendo que "quem vai invadir é o Negão". Mas essa análise só se torna possível porque ao dar acesso à informação completa, deu a opotunidade de encaminhar a veículos de comunicação da chamada grande mídia, ganhando repercussão de proporções nacionais e mundiais.
É uma pena que o Amazonas, um estado que traz em seu currículo algumas conquistas consideráveis como ter sido o primeiro estado a abolir a escravidão quatro anos antes de a Princesa Isabel assinar a lei Áurea, o primeiro a fazer uma greve no país, o primeiro a ter iluminação pública, a ter um cabo transcontinental ligando Manaus a Londres para ter a cotação da borracha, ainda tenha que depender dos veículos de massa de São Paulo e Rio de Janeiro, para que estes desmandos e rompantes de arrogância e prepotência sejam mostrados.
Após as mídias sociais, os meios de comunicação, sobretudo os provincianos, têm que se reinventar e se adaptar a esta nova realidade. Mais ainda quando o acesso à internet, que hoje pode ser feito pelo telefone celular, for popularizado. O morador desabrigado da Zona Leste dirá, via tuíter, para o prefeito ou governador: O tempo é outro senhor!
Depois a censura passou a ser política, com os veículos não podendo apoiar este ou aquele candidato e, portanto, não deveria divulgar um evento em que a pessoa estivesse participando.
Por outro lado, a sociedade foi se organizando e ocupando os seus espaços, realizando manifestações, mesmo que pagando um preço alto, com vidas, perda de liberdade e, na minha opinião, o mais cruel de todos os castigos: ser degredado, mandado embora de sua nação e de perto das pessoas que se ama. Foi assim desde os festivais de música até as greves dos metalúrgicos em São Paulo, diretas já e, mais tarde, o Fora Collor.
Pode parecer romantismo, mas não é. Digo isso com a propriedade de quem brigou enfrentando a polícia pela meia passagem em meados dos anos 80, o comício das diretas, apoio à campanha dos professores e depois a luta pela democratização na comunicação, defendendo as rádios comunitárias no começo dos anos 90.
Enquanto isso, sempre que possível o poder constituído arranja um jeito de tentar dificultar o acesso da população às informações. Ultimamente era o poder econômico, tendo em vista que as verbas publicitárias tiveram suas fatias devidamente engordadas nos últimos anos e ainda é uma poderosa ferramenta para que os meios de comunicação ao menos dessem uma aliviada nas notícias, quando saírem.
Só que os avanços tecnológicos provocaram uma ampliação do acesso à informação, senão da maioria da população, mas ao menos nos setores mais críticos. Com o advento da internet, este processo se acelerou e ganhou proporções inusitadas após o surgimento das redes sociais.
O caso da derrubada de Rosni Mubarak, no Egito, e, localmente, no tétrico "então morra. morra", do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.
O vídeo, inicialmente mostrado em uma versão editada de um minuto, mostra o quanto a arrogância e a prepotência de uma figura pública. Caiu na rede e logo virou o assunto das mídias sociais em Manaus. A Secretaria Municipal de Comunicação tentou consertar colocando o vídeo na íntegra e acionou os meios de comunicação para que a idéia de que as frases infelizes perdessem força ao se alegar que foram usadas fora de contexto.
Se Manaus tivesse uma internet de qualidade, o vídeo poderia ter sido mostrado no íntegra e não a versão editada. Na versão integral, o concerto saiu pior que o soneto. Ficou mais evidente a estupidez com que o prefeito trata seu eleitorado. Do ignorar os apelos dos moradores, que aguardavam até com alegria, e isto pode ser ouvido pelo ensaio de um "Amazonino, cadê você", passando pelo "não diga besteira".
E quem ver o vídeo na íntegra, vai perceber as contradições de Amazonino, que chega dizendo que não dinheiro, não tem lugar, não tem material, fez a besteira, e saiu prometendo que ia ser o pai daquela comunidade, que ia dar madeira, lugar e, por fim, dizendo que "quem vai invadir é o Negão". Mas essa análise só se torna possível porque ao dar acesso à informação completa, deu a opotunidade de encaminhar a veículos de comunicação da chamada grande mídia, ganhando repercussão de proporções nacionais e mundiais.
É uma pena que o Amazonas, um estado que traz em seu currículo algumas conquistas consideráveis como ter sido o primeiro estado a abolir a escravidão quatro anos antes de a Princesa Isabel assinar a lei Áurea, o primeiro a fazer uma greve no país, o primeiro a ter iluminação pública, a ter um cabo transcontinental ligando Manaus a Londres para ter a cotação da borracha, ainda tenha que depender dos veículos de massa de São Paulo e Rio de Janeiro, para que estes desmandos e rompantes de arrogância e prepotência sejam mostrados.
Após as mídias sociais, os meios de comunicação, sobretudo os provincianos, têm que se reinventar e se adaptar a esta nova realidade. Mais ainda quando o acesso à internet, que hoje pode ser feito pelo telefone celular, for popularizado. O morador desabrigado da Zona Leste dirá, via tuíter, para o prefeito ou governador: O tempo é outro senhor!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Descontruindo um discurso com mentiras
Nos poucos momentos da manhã que eu me dedico a ver televisão, sempre que posso procuro ver o que fazem nossos representantes. Na manhã desta segunda-feira, 21 de fevereiro, já ouço de cara a reclamação do meu irmão de que cortaram a transmissão de um especial sobre o Teatro Amazonas para a sessão da Câmara Municipal de Manaus.
Eu como gosto de política, fui assistir no quarto enquanto meu irmao buscava algo mais interessante para assistir. Não, ele não é alienado, apenas não tem paciência para as sandices ditas nos parlamentos. E ele tem razão!
Vi o vereador Mário Frota, alegando defender-se da tribuna de ofensas que o presidente da Superintendência de Transportes Urbanos de Manaus, Marcos Cavalcante, teria feito a ele no programa da Baby Rizzato, na TV A Crítica, em relação ao fato de o edil ter entrado com uma ação para que a licitação dos transportes coletivos fosse alterada para que as cooperativas de transportes pudessem participar do processo, respaldado por uma lei federal sancionada pelo presidente Lula no dia 15 de dezembro.
As cooperativas, já anunciou Marcos Cavalcante, ficarão de fora da licitação por uma razão muito simples: no final de 2009, Amazonino tentou aumentar a tarifa do serviço de transporte executivo de R$ 2,50 para R$ 3,00. As cooperativas, como não visam lucro, se negaram a aumetar a tarifa e, depois de dois dias, conseguiram fazer com que Amazonino recuasse e retornasse à tarifa anterior. Duas semanas depois, após ameaçar tirar a concessão das cooperativas, Amazonino conseguiu que a tarifa fosse para R$ 3,0o para beneficiar duas emrpesa e prejudicar uma boa parte da população!
Até aí nada demais, mas o que veio depois foi um achincalhe à inteligência de qualquer um. O vereador Homero de Miranda Leão Neto, presidente da Frente Parlamentar Cooperativista de Manaus (Frencoop Manaus), deveria endossar a palavra de Frota, mas ao contrário, atacou como se ele estivesse condenando todo o processo licitatório, no que foi acompanhado logo a seguir peloo vereador Leonel Feitosa, ambos da base governista.
Ambos, Homero Neto e Feitosa distorceram o que Frota falou e, ao ouvir o vereador do PDT pedir direito de resposta, tentaram cercear a réplica a que tinha direito com a seguinte argumentação: ele não teria direito por ter sido citado, caso contrário teriam que dar direito de resposta até ao dizer bom dias aos outros colegas.
O fato é que, sem ter argumentos para defender, usaram a mais antiga e vil das táticas: desqualificação do crítico! essa estratégia, hoje em dia, se mostra tão ineficiente quanto um ato de desespero. Não foi ele quem disse que as cooperativas estariam fora da licitação, assim como não foi ele quem disse que as cooperativas tem o direito garantido por lei federal de participar deste processo. Mas foi o desqualificado! Ou pelo menos tentaram! Homero Neto, por ser da base aliada e, sobretudo, por ser presidente da Frencoop Manaus, tem a obrigação de apoiar e pedir a revisão do edital. E não atacar quem defende esta tese! Assim se faz política em Manaus!
Eu como gosto de política, fui assistir no quarto enquanto meu irmao buscava algo mais interessante para assistir. Não, ele não é alienado, apenas não tem paciência para as sandices ditas nos parlamentos. E ele tem razão!
Vi o vereador Mário Frota, alegando defender-se da tribuna de ofensas que o presidente da Superintendência de Transportes Urbanos de Manaus, Marcos Cavalcante, teria feito a ele no programa da Baby Rizzato, na TV A Crítica, em relação ao fato de o edil ter entrado com uma ação para que a licitação dos transportes coletivos fosse alterada para que as cooperativas de transportes pudessem participar do processo, respaldado por uma lei federal sancionada pelo presidente Lula no dia 15 de dezembro.
As cooperativas, já anunciou Marcos Cavalcante, ficarão de fora da licitação por uma razão muito simples: no final de 2009, Amazonino tentou aumentar a tarifa do serviço de transporte executivo de R$ 2,50 para R$ 3,00. As cooperativas, como não visam lucro, se negaram a aumetar a tarifa e, depois de dois dias, conseguiram fazer com que Amazonino recuasse e retornasse à tarifa anterior. Duas semanas depois, após ameaçar tirar a concessão das cooperativas, Amazonino conseguiu que a tarifa fosse para R$ 3,0o para beneficiar duas emrpesa e prejudicar uma boa parte da população!
Até aí nada demais, mas o que veio depois foi um achincalhe à inteligência de qualquer um. O vereador Homero de Miranda Leão Neto, presidente da Frente Parlamentar Cooperativista de Manaus (Frencoop Manaus), deveria endossar a palavra de Frota, mas ao contrário, atacou como se ele estivesse condenando todo o processo licitatório, no que foi acompanhado logo a seguir peloo vereador Leonel Feitosa, ambos da base governista.
Ambos, Homero Neto e Feitosa distorceram o que Frota falou e, ao ouvir o vereador do PDT pedir direito de resposta, tentaram cercear a réplica a que tinha direito com a seguinte argumentação: ele não teria direito por ter sido citado, caso contrário teriam que dar direito de resposta até ao dizer bom dias aos outros colegas.
O fato é que, sem ter argumentos para defender, usaram a mais antiga e vil das táticas: desqualificação do crítico! essa estratégia, hoje em dia, se mostra tão ineficiente quanto um ato de desespero. Não foi ele quem disse que as cooperativas estariam fora da licitação, assim como não foi ele quem disse que as cooperativas tem o direito garantido por lei federal de participar deste processo. Mas foi o desqualificado! Ou pelo menos tentaram! Homero Neto, por ser da base aliada e, sobretudo, por ser presidente da Frencoop Manaus, tem a obrigação de apoiar e pedir a revisão do edital. E não atacar quem defende esta tese! Assim se faz política em Manaus!
Assinar:
Postagens (Atom)